Breve nota à margem da crise grega...
Alguns dirigentes europeus têm expressado – nos últimos tempos - múltiplas e divergentes opiniões sobre a ‘crise grega’ e predito os seus efeitos sobre a Zona Euro e a UE. link; link; link; etc…
Existem, nestas distintas opiniões (e muitas outras que têm sido debitadas nas últimas horas), dois factos essenciais:
1) O permanente levantar do espectro de que a Grécia venha a abandonar a Zona Euro (e concomitantemente a UE) a par de ‘volúveis’ desejos acerca do interesse da sua permanência, num cíclico e sinuoso arremesso de recados aos gregos (políticos e cidadãos);
2) A clara percepção – dos cidadãos europeus - que tão desencontradas manifestações públicas dos dirigentes políticos europeus só é possível porque, desde há muito tempo, esses (cidadãos) não são consultados sobre decisões (políticas, financeiras e fiscais) que as instituições europeias querem transformar em diktats.
É indubitável que o segundo factor condiciona o primeiro. A legitimidade não pode ser exclusivamente institucional. Tem de ser participada e partilhada, mesmo que ‘isso’ seja um incómodo. Mas, decididamente, as eleições para o Parlamento Europeu de 4 em 4 anos, não bastam.
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