A coerência cavaquista e as eleições legislativas
O pior Governo e a pior maioria do regime democrático não são apenas o epifenómeno que levou Passos Coelho a PM, através das redes sociais e de falsos perfis criados pela central de intoxicação da direita, chefiada por Miguel Relvas e Marco António. São os resíduos tóxicos do sistema democrático.
Este Governo e esta maioria foram ungidos pelo pior PR democraticamente eleito, com rudimentar cultura democrática e provado desamor à Constituição, disfarçado, de motu próprio ou por razões ocultas, em membro suplente do governo que assiste.
Em julho de 2013, a troco da vassalagem do PS ao Governo, dispunha-se a antecipar as eleições legislativas para o verão de 2014. Tendo o PS recusado a indecorosa cedência, vinga-se agora no álibi do prazo constitucional para deixar o País, muito provavelmente, sem o OE-2016 aprovado. Não terá um economista que o avise dos riscos da situação e do desastre a cuja dimensão o seu Governo não é alheio e de que o PR será responsável?
Como é que um Orçamento de Estado, a aprovar até 15 de outubro, pode ser preparado por um Governo saído de eleições que marcará «entre 14 de setembro e 14 de outubro», como consta da CRP e já ameaçou cumprir, quando há menos de dois anos se propunha antecipá-las cerca de 15 meses? Por que motivo nega agora a antecipação dos meses que então acrescentava a 1 ano, por causa do OE anual?
Não ocorre ao pior PR desta República que, das eleições, pode não resultar uma maioria que permita formar Governo? Ou está convencido de que o seu Governo lhe sobreviverá com 116 deputados para o PSD/CDS?
Basta ter pela Pátria o amor que nutre pelo seu património para pôr os interesses do País acima da derradeira afirmação de poder pessoal, numa vertigem suicidária da dignidade própria e dos interesses do país.
Este Governo e esta maioria foram ungidos pelo pior PR democraticamente eleito, com rudimentar cultura democrática e provado desamor à Constituição, disfarçado, de motu próprio ou por razões ocultas, em membro suplente do governo que assiste.
Em julho de 2013, a troco da vassalagem do PS ao Governo, dispunha-se a antecipar as eleições legislativas para o verão de 2014. Tendo o PS recusado a indecorosa cedência, vinga-se agora no álibi do prazo constitucional para deixar o País, muito provavelmente, sem o OE-2016 aprovado. Não terá um economista que o avise dos riscos da situação e do desastre a cuja dimensão o seu Governo não é alheio e de que o PR será responsável?
Como é que um Orçamento de Estado, a aprovar até 15 de outubro, pode ser preparado por um Governo saído de eleições que marcará «entre 14 de setembro e 14 de outubro», como consta da CRP e já ameaçou cumprir, quando há menos de dois anos se propunha antecipá-las cerca de 15 meses? Por que motivo nega agora a antecipação dos meses que então acrescentava a 1 ano, por causa do OE anual?
Não ocorre ao pior PR desta República que, das eleições, pode não resultar uma maioria que permita formar Governo? Ou está convencido de que o seu Governo lhe sobreviverá com 116 deputados para o PSD/CDS?
Basta ter pela Pátria o amor que nutre pelo seu património para pôr os interesses do País acima da derradeira afirmação de poder pessoal, numa vertigem suicidária da dignidade própria e dos interesses do país.
Comentários
O que 'impede' o PR de convocar eleições em tempo útil (para a democracia) é o 'compromisso' com a actual maioria de conceder espaço para concluir o 'trabalho encomendado'.
Na realidade, falta empobrecer ainda mais o País e privatizar os transportes urbanos, a TAP e as águas (para só falar das situações mais visíveis).
Estas as motivações ocultas que aparecem travestidas pelo PR como sendo a "normalidade democrática".
A par das motivações espúrias aparece à luz do dia uma imensa e tacanha hipocrisia política manifestada através do desejo súbito de 'cumprir a Constituição', quando passou o seu mandato a assobiar para o lado...
Haja decência!
Estas as motivações ocultas que aparecem travestidas pelo PR como sendo a "normalidade democrática".»
Está tudo dito.