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A mostrar mensagens de dezembro, 2018

Notas Soltas – dezembro/2018

OE-2019 – A aprovação do último OE provou a sensatez dos partidos que apoiaram o Governo nos últimos três anos e cuja legitimidade só a débil formação democrática de Cavaco e Passos Coelho permitiu pôr em dúvida. Vacinas – A aprovação pela AR das vacinas contra a meningite B, o rotavírus e o vírus do papiloma humano (HPV), para os rapazes, no PNV é uma decisão infeliz, ainda que útil e legítima, pois as decisões técnicas cabem à DGS e não ao Parlamento. VOX – Pior do que a entrada em força no parlamento da Andaluzia, em Espanha, com programa abertamente fascista, que inclui a eliminação dos partidos, das autonomias, e a expulsão dos imigrantes, é a anuência dos partidos da direita em negociar com ele. Máfia – A prisão do alegado sucessor do ‘padrinho’ Totò Riina, Settimio Mineo, é um rude golpe para a Cúpula da Cosa Nostra que voltou a reunir-se após a morte do ‘capo de capos’ e elegeu um velho chefe, mas a Máfia siciliana é como a Hidra de Lerna. Aquecimento global – As evid

Quo vadis, Europa?

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Conserva o nome da bela princesa fenícia que num dos longos passeios com as amigas, foi raptada por Zeus que, do Olimpo, ignorando as flores que colhia, ofuscado por tanta beleza, a raptou, disfarçado de touro, e a levou para Creta, onde intensamente a amou. Hoje, a península ocidental da Eurásia, ignorada dos deuses, não tem quem a ame. Não há quem a queira, já não digo o deus dos deuses, bastava um deus menor, que a cobrisse de carícias, embevecido pela História, no enlevo despertado pelo sortilégio do amor ao farol de esperança e reduto da civilização greco-romana que séculos de cultura moldaram. Nos tempos que correm há apenas poderosos primatas desejosos de a violarem, dentro e fora do seu espaço, enquanto os povos que a integram se digladiam. O Renascimento, o Iluminismo e a Revolução Francesa são ignorados pelos brutos que tomam o poder. De longe, quais abutres, espreitam Trump, Putin e Xi Jinping, que não sabem o que é amar, só lhes interessam os negócios. Na velha Euro

Coerência ideológica

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Dos grunhidos televisivos, aos uivos radiofónicos, aos vómitos na imprensa, às ameaças do então PR, aos ecos das redes sociais, os dirigentes do PSD e do CDS eram unânimes em considerar ilegítimo um governo [este] formado no único órgão que o legitima com os votos de PS, BE, PCP e PEV, de acordo com a CRP. Ganiram imprecações, anunciaram vapores de enxofre em telúricas fendas diabólicas e não se conformaram. Só Paulo Portas, mais inteligente e culto, viu o ridículo, e deixou a Dr.ª Assunção Cristas a vociferar impropérios, o ora catedrático Passos Coelho a lamber feridas e Cavaco Silva a ruminar ódios e ressentimentos. Nos últimos tempos pensei que o PSD e o CDS viessem acusar o PP e o Ciudadanos, os partidos homólogos espanhóis, do atentado à democracia por se unirem contra o PSOE, vencedor das eleições na Andaluzia, e, sobretudo, por terem pedido auxílio a um partido abertamente fascista [VOX] que advoga a proibição dos partidos políticos e combate a democracia. Com o descara

CDS

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«O Estado falhou» (Assunção Cristas)

Reflexão avulsa (de fim-de-ano) …

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Aproveitar o fim do ano de 2018 para fazer uma curta – e sempre incompleta – reflexão sobre uma correlação entre a corrupção e o advento dos ‘populismos’ pode ser considerado uma ‘liturgia’ mas, acima de tudo, trata-se de uma necessidade, mesmo se acabamos por repisar conceitos e ideias 'com barbas' (à 'Pai Natal'). A primeira constatação é que o Mundo está cada vez mais desigual e criou um ‘legião de deserdados’ (descamisados, oprimidos, explorados, etc.) que não conseguem ver a luz ao fundo do túnel estando, por esse motivo, permeáveis a todo o tipo de doutrinas ‘populistas’ que tendem a dispensar modelos representativos, para se centrarem em chefes ditatoriais e despóticos. A segunda questão diz respeito à oportunidade do momento. Nas vésperas da tomada de posse de Jair Bolsonaro, como presidente do Brasil, algumas reflexões sobre populismo e corrupção vêm à tona e fazem todo o sentido. Voltemos aos primórdios da questão. Os excluídos, isto é, os cidadão

SNS e ideologia

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Quem entrou na função pública sem a mínima assistência médica ou medicamentosa, o que sucedeu ainda na maior parte da década de sessenta do século passado, exceto para a tuberculose, com um desconto obrigatório, sentiu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS), preconizado pelo MFA, e institucionalizado na Lei nº 56/79, universal e gratuito, era a continuação da Revolução de Abril, que conduziu Portugal aos melhores índices de saúde dos países civilizados, deixando os mais vergonhosos lugares na mortalidade infantil e materno-fetal terceiro-mundistas a que se resignara. Foi, aliás, na educação, com apenas quatro anos de escolaridade obrigatória, e na saúde, que as maiores conquistas foram alcançadas. Foi difícil instituir o SNS, onde tubarões da medicina, alguns do PS, tudo fizeram para o impedir. Opuseram-se os deputados do PSD e do CDS, incluindo Marcelo Nuno Rebelo de Sousa, homónimo do atual PR, o que não invalida o papel decisivo do secretário de Estado da Saúde, Albino Aroso, qu

Recordar obriga a pensar

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O passado e o presente

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Desejo a tod@s um Feliz Solstício de Inverno

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Quando os deuses e deusas eram criados à medida das necessidades humanas, eram bem mais diversificados na forma e na substância com que eram idealizados, e diferentes as latitudes e culturas da sua criação. Foi na Idade de Bronze que patriarcas de tribos nómadas inventaram o deus único, para todas as angústias e medos, sonhos e pesadelos, amores e ódios, criado à sua imagem e semelhança, a exigir imolações bárbaras, para acabar resignado a orações e aos óbolos necessários para alimentar a multidão de funcionários que lhe preservaram a memória e a moldaram ao longo da História, ao sabor dos tempos. Há dois mil e vinte e tal anos, em data ignorada e local diferente do que lhe atribuíram, foi registado na Palestina o único deus verdadeiro, à semelhança de deuses mais antigos, parido de mãe virgem, no solstício de inverno, judeu circuncidado, desembaraçado em pregações e milagres. Quem diria que, da primeira cisão triunfante do judaísmo, do golpe de génio de Paulo de Tarso e da nec

Comparação

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A Dr.ª Cristas está para a democracia como a «Pedra sábia» para a meteorologia. Pedra sábia

Portugal – Ensaio e fracasso dos coletes amarelos

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Embalados pelo êxito francês onde, à multidão de revoltados, se juntaram marginais a destruir montras, saquear estabelecimentos e lançar o caos, também a extrema-direita autóctone quis aproveitar o mimetismo para fazer provocações e provocar a desordem. Entre dezenas de manifestantes, desolados perante o fracasso, os jornalistas e os polícias rivalizaram em número, apesar dos diretos televisivos a incitar a desordem, para fabricar audiências. O líder do PNR lá estava com a tristeza de quem não conseguiu que o mal-estar do país, fustigado com greves da função pública, e indiferente ao apelo da central de intoxicação de extrema-direita e das redes sociais se transformasse numa manifestação de violência. Foi com brandura que o líder do partido neonazi foi afastado por dois polícias, para ser protagonista do tempo de antena que constitucionalmente é atribuído na RTP a todos os delinquentes organizados em partido político. Do fracasso dos exaltados fascistas podem orgulhar-se todos

ALERTA AMARELO, com ou sem coletes (de salvação)…

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As manifestações dos ‘ coletes amarelos ’ em Portugal tiveram uma expressão reduzida e foram um manifesto fracasso link .   Independentemente do leitmotiv que levou um grupo de cidadãos a convocar uma manifestação para expressar o descontentamento (salário mínimo, corrupção e impostos) e que acabou por não se materializar em termos de expressão popular, o balanço residual é a existência de uma ‘larvar insatisfação com a política nacional’ que, em larga medida, é endereçada às forças partidárias e sociais (sindicatos e associações) no terreno, mas que na sua origem terá causas múltiplas e de alguma complexidade (que não cabem numa imagem de whatsapp e nas curtas mensagens das redes sociais que estiveram na origem das malogradas manifestações).   Não tirar ilações desta ocorrência cívica e desvalorizá-la - reduzindo-a - à volta de eventuais conotações de repúdio para com uma Extrema-Direita caceteira e sociologicamente residual, saudosista de um anacrónico salazarismo e, até

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

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A divisa da Revolução Francesa foi o corolário iluminista de um movimento que está na génese das democracias constitucionais europeias, ora em perigo, e que foi mencionada na Constituição francesa de 1946 e 1958. A Liberdade existe, aliás, bem usada por quem a quer coartar. A Igualdade é a utopia cada vez mais longínqua, à medida que a igualdade de oportunidades é tanto menor quanto maiores forem as desigualdades sociais. A Fraternidade é, como sempre foi, um desejo que fenece quando os interesses individuais são beliscados e a inveja se sobrepõe à solidariedade. As pessoas que tiveram educação e saúde pagas por todos, raramente recordam a dívida da sua formação e acham-se no direito de reclamar privilégios. O neoliberalismo acorda a ambição e a inveja exacerba-a. Assim, as desigualdades, longe de se atenuarem, como deviam, acentuam-se com a criação de riqueza, de que se apropriam os mais aptos. É cada vez menos a pobreza que leva às reivindicações e cada vez mais a ganância, q

Efeméride – 20 de dezembro de 1973

Há 45 anos, Luis Carrero Blanco, cúmplice do maior genocida de sempre, da Península Ibérica, era o presidente do Governo espanhol quando saiu da missa, bem rezado, comungado, incensado e abendiçoado. Graças a 100 quilos de Goma-2, colocados no túnel dedicadamente construído pela ETA, o carro blindado em que se deslocava foi projetado a uma altura de cinco andares, ficando mais perto do Céu. Na queda, o carro caiu no pátio de um convento. Foi santa e desejada a morte do carrasco. E, por toda a Península Ibérica, ecoou um grito entusiástico: “Arriba, arriba Franco, mais alto do que Carrero Blanco”.

Feridas da guerra colonial

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A guerra que o desvario de um ditador fascista e os interesses da CUF e outras empresas alimentaram durante 13 anos deixaram feridas cujas cicatrizes se mantêm nos povos que lutaram pela autodeterminação, nos militares obrigados a combater numa guerra injusta e inútil e nos portugueses que, depois da longa guerra, foram obrigados a deixar os seus haveres numa debandada inevitável nas grandes convulsões. É preciso não ter sentimentos para ignorar os dramas do regresso de muitos portugueses e a vinda de alguns que nunca tinham vindo a Portugal. Foi a catástrofe comum a todos os países colonialistas, o destino fatídico de um milhão de portugueses, depois da morte de 7481 jovens, 1852 amputados, 220 paraplégicos e mais de 50 mil sobreviventes que transportam ainda os traumas e a memória dolorosa da guerra sem sentido. Há, no entanto, numerosas tragédias dentro da tragédia que foi a guerra colonial, em três frentes, mulheres e namoradas que abandonaram os involuntários emigrantes arma

D. Cristas – Da política à arruaça

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A Dr.ª Cristas esqueceu-se rapidamente do governo onde votou a resolução do BES a pedido de uma amiga, sem saber do que se tratava, da defesa dos eucaliptos que julgava as árvores mais adequadas à prevenção dos incêndios, do dinheiro dos submarinos que entrou nas contas do CDS, e das malfeitorias que assinava a mando de Portas, por quem nutria uma inabalável sedução política. Do governo que integrou, trouxe a paixão do fado e das touradas, com o secreto desejo de fazer do CDS um grande partido e suceder a António Costa. Aproveitando a luta que se trava no interior do PSD, onde a honestidade de Rui Rio representa um risco para os negócios de grupos organizados em torno de Passos Coelho, e a indecisão dos donos da comunicação social sobre quem vai liderar a direita, aparece em todos os noticiários, na TV e na Rádio, nos jornais e nas redes sociais, com um destaque que rivaliza com o Dr. Marta Soares e a bastonária dos Enfermeiros. Abençoada oposição onde as exigências não seriam p

Pensando em meu pensamento...

Pela mesma razão que entendo que o/a ministro/a da Defesa não deve ser um militar, defendo que o/a PGR não deve ser um magistrado, muito menos oriundo do Ministério Público. Nesta ofensiva contra o Estado de Direito salvou a honra Rui Rio, contra a opinião do alegado moço de recados do PR, Marques Mendes.

18-12-1961 – A descolonização já tinha começado

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É inútil referir o Mapa Cor-de-Rosa, basta recordar os enclaves de Dadrá e Nagar-Aveli, sete anos depois da independência da Índia, em 1954, para perceber que as colónias dos impérios europeus iriam tomar novos rumos. Só em Lisboa, um ditador que sobreviveu à derrota do nazi/fascismo, não compreendeu o rumo da História. No final da guerra de 1939/45, quando os indianos reclamaram a independência, logo os goeses se lhe juntaram, tendo o salazarismo, ao contrário dos ingleses, usado a violência na repressão. Em 1 de agosto de 1961, no início da guerra em Angola e antes da queda dos territórios indianos, Portugal perdeu ainda o forte de São João de Ajudá, onde os dois únicos residentes foram obrigados a retirar e, à boa maneira salazarista, incendiaram a fortaleza num ato quixotesco de quem preferiu queimar a memória dos descobrimentos a abdicar de um símbolo imperial. Há 57 anos, em 18 de dezembro de 1961, sem declaração de guerra e – diga-se –, contra o direito internacional em

Aonde vamos 'parar'?...

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‘ Paragem ’ é a palavra de ordem do momento. Há poucos dias alertei para a perigosidade uma situação que informa a ‘greve cirúrgica’ dos enfermeiros sobre uma mirabolante pretensão de parar o SNS link . Parar o SNS é relativamente fácil comparado com as complexidades de o fazer funcionar bem. Fiquemos por aqui. Pelo meio surgiu o Sr. Jaime Marta Soares a querer parar a Proteção Civil porque julga que a existência de uma estrutura nacional de proteção e segurança colide com os interesses dos bombeiros link . É a ‘rebelião dos coletes vermelhos’ cujas consequências são imprevisíveis mas já começaram a aflorar, como no caso em investigação num incêndio em Cascais, que já transitaram para a Procuradoria-Geral da República. Agora, surge um movimento de ‘coletes amarelos portugueses’ a querer parar o País link . Ao que sabemos um grupo de operadores de telemarketing, um pasteleiro e um instrutor de artes marciais da zona Oeste do País, serão os mentores de uma ‘revolta’ anunci

No estertor da ditadura – (Crónica)

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Após 3652 dias de docência no ensino primário, incluindo quatro anos e quatro dias de tropa [26 meses na guerra colonial], e dois anos mais como vendedor de matérias primas e agente comercial, entrei para uma multinacional farmacêutica onde terminei a minha vida profissional de 44 anos. Tinha 30 anos de idade nesse mês de abril de 1973, um mês integralmente passado em formação para as funções a que concorrera na multinacional suíça. Eram pesados os horários e vasta a matéria a aprender, mas generoso o tempo destinado aos almoços. Ter cumprido o serviço militar obrigatório era condição necessária para a admissão na Empresa, tendo todos os candidatos passado por um dos teatros da guerra que a ditadura nos impôs. A maioria tinha percebido que a guerra estava perdida, e era com todo o à-vontade que, perante os poucos indecisos, condenávamos a obstinação criminosa da ditadura. Alterávamos com frequência o sítio de almoço e num dos dias fomos ao restaurante que ficava ao cimo do Parq

Nova Lei de Bases da Saúde: apontamentos preliminares…

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 A Lei de Bases da Saúde (Lei 48/90 de 24/08/1990  link ) que tem vigorado até agora é uma peça legislativa da autoria do Governo de Cavaco. Vinda de um Governo de Direita, que sempre teve dificuldades em engolir um serviço público de saúde, cumpriu a sua missão: debilitou o serviço púbico e ‘agigantou’ a intervenção das instituições privadas.  O enfraquecimento do serviço público é hoje, com a distanciação histórica existente (quase 30 anos), muito evidente e subsidiário de várias circunstâncias (negativas) que a Lei de Bases de 1990 teve a ‘preocupação’, umas de abrir, outras de acentuar: subfinanciamento crónico, instituições hospitalares SA (primeiro, logo depois EPE), parcerias público privadas (unidades de ‘missão’) e uma política de recursos humanos redutora, desmotivadora e errática. Mais tarde, - em 2002, um governo da Direita barrosista viria a rever a Lei 48/90 como um novo diploma (Lei 27/2002 link ) que pouco acrescenta em termos de princípios base mas inclui um a

Vamos ter saudades dos EUA

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Não há impérios eternos nem paz definitiva e, no ocaso do maior império da História, abreviado pela inépcia de Trump, a desconfiança no mitómano ignorante e a ausência de uma estratégia global, longe de tranquilizar o mundo, aumenta os receios da guerra e da insegurança a nível universal. É surpreendente que os países europeus, a gozarem o mais longo período de paz da sua história, a maior prosperidade de todos os tempos, um aumento notável da esperança de vida, o estabelecimento de democracias, a fruição dos direitos humanos e a progressiva igualdade de sexos, recusem os valores humanistas que moldaram a sua identidade. A democracia está em perigo. Kaczynnski (Polónia), Orban (Hungria), Le Pen (França), Hofer (Aústria), Salvini (Itália), Farage (Reino Unido), Petry (Alemanha) e a erupção nacionalista em diversos outros países, não são meros sintomas, são sinais evidentes da enfermidade que atingiu o Continente.   Há quem veja na emergência da provável e próxima superpotência, a

Cavaco Silva e a Pide

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A iníqua montagem de um pretenso cartão de “Informador” da sinistra polícia política, com a fotografia do político que mais tempo ocupou o poder na 2.ª República, pode ser obra de apaniguados que, com a mentira grosseira, impedem a investigação do obscuro passado do político, de quem nunca deixou de ser salazarista e tanto deve ao 25 de Abril. A revista Visão n.º 1344 de 6 a 12/12/2018, na tentativa meritória de desmontar calúnias torpes, de que são alvo figuras políticas de primeiro plano, refere-se Cavaco e denuncia – e bem –, a falsidade do cartão de ‘Informador’, que só engana quem ignora o carácter anónimo dos esbirros pagos de um qualquer saco azul que o ‘honesto’ Salazar permitia à sua polícia política. No que a Cavaco Silva diz respeito, e era importante, fazem-se afirmações sem provas, numa mera presunção: “Cavaco foi obrigado a prestar declarações atestando que estava integrado no regime político do Estado Novo, mas nunca pertenceu ou colaborou com a PIDE”. Dizer que “Com

Allahu Akbar!

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“A jihad [guerra santa] é o teu dever sob qualquer governante, seja ele ímpio ou devoto” (hadith, geralmente invocado para justificar ataques aos infiéis e apóstatas). “Deus é grande” não é só o grito selvagem que precede uma carnificina, é a apoteose da demência mística, o sintoma da intoxicação divina pelo mais boçal dos livros sagrados. Deus podia ter sido uma ideia interessante, mas converteu-se num pesadelo cujo nome, em árabe, remete para o mais implacável dos homólogos que alimentam o proselitismo dos desvairados da fé. Alá consegue ser o pior dos avatares monoteístas. O islamismo, plágio tosco do judaísmo e do cristianismo, ditado pelo arcanjo Gabriel ao “beduíno analfabeto e amoral”, como lhe chamou Atatürk, ao longo de vinte anos, entre Meca e Medina, deu origem à mais sombria mutação do deus abraâmico. O islamismo já foi mais tolerante do que o judaísmo e o cristianismo, o primeiro com a única vantagem de não ser prosélito, mas a decadência da civilização árabe tra

Bombeiros e ‘o seu a seu dono’…

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O Sr. Jaime Marta Soares, na qualidade de presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), resolveu intrometer-se na política e de arrastão envolver os bombeiros. A primeira coisa a fazer será distinguir as pretensões políticas do Sr. Jaime Soares das preocupações e do trabalho humanitário dos bombeiros portugueses. O Sr. Soares decidiu assumir um papel que ninguém lhe confiou. A segurança dos portugueses não pode ser objeto de disputa ou enxotada de um lado para outro. Quando a LBP sob a batuta de Jaime Soares abandona a estrutura nacional de proteção civil marginaliza-se embora possa prometer segurança a tudo e a todos (ninguém compreende como).  Por esse caminho a Drª. Assunção Cristas perde um dos seus mais relapsos argumentos: “O Estado falhou…”. Passará a dizer: “O Sr. Soares falhou”…   A Proteção Civil deve integrar as corporações de bombeiros - ninguém tem dúvidas acerca disso - mas a segurança das populações, isto é, o âmbito da proteção civil está para além dis