20 de dezembro de 1973

Luis Carrero Blanco, presidente do Governo espanhol e cúmplice do maior genocida de todos os tempos na Península Ibérica, saía da missa, há 46 anos, bem rezado, benzido e comungado, quando 100 quilos de Goma-2, postos no túnel laboriosamente construído pela ETA, elevaram o carro blindado em que se deslocava a uma altura de cinco andares, deixando-o mais perto do Céu.

Na queda, o carro caiu no pátio de um convento. Nunca foi tão santa e desejada a morte de um carrasco.

Comentários

Jaime Santos disse…
Parece que aqui atrasado uma estudante que postou em Espanha um comentário com o ditoche 'Arriba Franco, mas alto que Carrero Blanco' se viu processada por apelo a não sei o quê. Não há dúvida que o Franquismo deixou uma tradição de repressão aqui ao lado que o 25 de Abril se encarregou, felizmente, de remover entre nós...

A violência política é uma arma de último recurso, mas se considero que o único mal do atentado contra Salazar foi que os seus executores tiveram azar e falharam o alvo, o mesmo se pode dizer, com maior razão, em relação à contra-parte espanhola do nosso ditador de Santa Comba.

Um homem que subjuga, tortura e mata, coloca-se à margem da Lei dos Povos e a sua remoção pela força, se necessário, é um ato de alta coragem. Aliás, há ainda outro dia 20 que merece ser comemorado, o 20 de Julho, quando um grupo de Alemães, a maioria deles Conservadores, tentou eliminar Hitler...

Nós, republicanos, não devemos ignorar que as atrocidades e injustiças cometidas durante a Guerra Civil Espanhola não foram monopólio dos Franquistas. Mas Franco e os seus eram tiranos de outro escol.

Viva pois a Inteligência e abaixo a morte!

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