Divagando – entre o sério e o frívolo
Enquanto o País aguarda o dia 18 para voltar a votar no PSD, que privatizou a REN, ou no que quer privatizar tudo (IL), os ministros do costume, os que andaram a defender negócios do PM, afadigaram-se hoje a branquear o colapso do Governo. E apareceram com ar triunfal! Veja-se o Rangel e o Amaro.
Com o governo à deriva, o inefável Moedas, andou nas
emissoras de rádio a demonstrar que era bluff a sua hilariante promessa
de que Lisboa enfrentaria qualquer catástrofe, após um fraco terramoto; ontem, aconselhou
os funcionários camarários a ficar hoje em casa e a não enviarem os filhos à
escola; hoje, gabou-se de ter um telemóvel ligado ao satélite e de ter distribuído
3.500 litros de combustível aos hospitais 😊.
O Governo inventou um Quartel-General da Saúde a funcionar num
hospital do Porto, sob a liderança da ministra da Saúde, qual Otelo de saias, a
comandar a Saúde como o saudoso militar as operações do MFA, em 25 de Abril, no
quartel da Pontinha.
Só faltou ao ministro Amaro insistir na atribuição do
problema aos russos e a justificar a fuga da ministra da Administração Interna ao
problema da sua inteira (in) competência.
Com tamanho ruído e propaganda ninguém discute o crime da
privatização da REN e a verdadeira razão de faltar a energia com vento, sol e barragens
cheias. Não interessa a capacidade de produzir energia com o fornecimento entregue
à discricionariedade do mercado e à maximização diária do lucro.
Da lição de ontem aprendi que a primeira compra a fazer é um
rádio a pilhas e foi bom ter notícias sem Marcelo, Montenegro e cardeais em
Roma a enodoarem o televisor.
E logo que houve televisão, para comprovar que a Saúde está
melhor, vi Montenegro na Maternidade Alfredo da Costa, o principal sítio onde
se dá à luz, para receber o homem cuja gravidez se ignorava e de quem foi tão
breve o parto que logo saltou para todos os canais televisivos a fazer o
puerpério em campanha eleitoral.
Atenção, grávidas, mandem engravidar os maridos, para não encontrarem maternidades fechadas.

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