Operação Influencer:

«Desembargadores concluíram que não há provas de pressão do ex-primeiro-ministro para acelerar o projeto do Data Center de Sines. E que o alegado “plano criminoso” defendido pelo Ministério Público não passa de “um conjunto de meras proclamações assentes em deduções e especulações». (Expresso)

E se houvesse provas de pressão? – pergunto eu. Onde estava o crime?

Que legitimidade tem o MP para interferir nos atos políticos do Governo? – Esta é a pergunta que um leigo pode fazer.

Cavaco Silva pode ter feito pressão para que os alemães instalassem em Palmela uma fábrica de automóveis, pode até ter concedido benefícios fiscais ou outros e não se vê que uma coisa boa pudesse ter sido objeto de investigação judicial. E mesmo que tivesse sido uma decisão ruinosa só ao eleitorado caberia julgá-la – penso eu.

É difícil perceber a legitimidade de qualquer escrutínio de atos do Governo de que não há a mínima suspeita de benefício pessoal. E, no entanto, há sérias suspeitas do interesse do Ministério Público em querer condicionar os atos governativos.

O Data Center de Sines, que já permitiu excelentes fotografias ao atual governo, era um investimento desejado por António Costa e foi das coisas boas que lhe ficámos a dever. Por que raio havia de ser vigiado? Com que legitimidade? 

Há qualquer coisa de podre na deriva justicialista do Ministério Público português.


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