Apertar o cinto
Tenho dúvidas de que Sócrates consiga levar até ao fim a campanha de moralização que se propôs contra injustificadas acumulações de vencimentos e pensões. Há enorme resistência do próprio PS onde a sofreguidão de lugares supera a firmeza de convicções.
No entanto, mal seria que os sacrifícios atingissem apenas os do costume e que as disparidades de remunerações na função pública continuassem a acentuar-se. O País ficou a saber que sub-repticiamente se criaram vencimentos milionários, regalias obscenas e sinecuras vergonhosas.
Nos corpos especiais da função pública até cabem os funcionários dos matadouros das Regiões Autónomas. Conviria saber quem foi responsável.
Terminar com a iniquidade é uma atitude de esquerda e um acto de higiene política. Aguardemos, pois, o desenrolar dos acontecimentos e o comportamento dos que se dizem socialistas quando já todos interiorizámos que não pode continuar o regabofe.
Posto isto, há alguns comentários a fazer:
– A campanha contra o ministro das Finanças é vergonhosa. É injusta a reforma milionária que seis anos de Banco de Portugal podem conferir. É inaceitável que não haja um tecto às acumulações do Estado de tal modo que, em nenhuma circunstância, possam ultrapassar o vencimento do P.R.. A denúncia da situação é legítima mas corre o risco de servir apenas para desacreditar a moralização que se impõe e de constranger o ministro que pretende pôr-lhes cobro.
– A menção ao Presidente da República é pusilânime. Uma reforma particular, a expensas próprias, da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, nada tem a ver com dinheiro do Estado. É semelhante ao PPR feito numa companhia de seguros ou a rendimentos prediais, por exemplo. A alusão ao PR é o patamar normal da canalhice.
– As referências depreciativas ao Banco de Portugal e ao seu Governador, por quem conhece o funcionamento dos bancos centrais, revela uma tentativa de subversão das instituições do Estado e uma forma velhaca de lançar o descrédito sobre uma das mais prestigiadas.
– O recente artigo de Bagão Félix, no Público, procurou abafar o seu desastroso Orçamento ridicularizando as previsões até às centésimas do Banco de Portugal (6,83%), quando o Governo que integrou corrigiu, em Setembro em 2003, a previsão anterior do défice até às milésimas, para 2,944%.
– No entanto, Bagão Félix teve o mérito de, indirectamente, confirmar que enganou a Assembleia da República sobre as contas públicas, atitude que noutros países levaria à demissão e à desonra do sofrível cidadão e medíocre governante.
O actual Governo, ao tentar pôr ordem nas contas públicas, vai criar situações difíceis a muitos portugueses que legitimamente têm direito a revoltar-se, mas faz justiça e acaba com privilégios a outros que podem e devem suportá-los.
Carlos Esperança
No entanto, mal seria que os sacrifícios atingissem apenas os do costume e que as disparidades de remunerações na função pública continuassem a acentuar-se. O País ficou a saber que sub-repticiamente se criaram vencimentos milionários, regalias obscenas e sinecuras vergonhosas.
Nos corpos especiais da função pública até cabem os funcionários dos matadouros das Regiões Autónomas. Conviria saber quem foi responsável.
Terminar com a iniquidade é uma atitude de esquerda e um acto de higiene política. Aguardemos, pois, o desenrolar dos acontecimentos e o comportamento dos que se dizem socialistas quando já todos interiorizámos que não pode continuar o regabofe.
Posto isto, há alguns comentários a fazer:
– A campanha contra o ministro das Finanças é vergonhosa. É injusta a reforma milionária que seis anos de Banco de Portugal podem conferir. É inaceitável que não haja um tecto às acumulações do Estado de tal modo que, em nenhuma circunstância, possam ultrapassar o vencimento do P.R.. A denúncia da situação é legítima mas corre o risco de servir apenas para desacreditar a moralização que se impõe e de constranger o ministro que pretende pôr-lhes cobro.
– A menção ao Presidente da República é pusilânime. Uma reforma particular, a expensas próprias, da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, nada tem a ver com dinheiro do Estado. É semelhante ao PPR feito numa companhia de seguros ou a rendimentos prediais, por exemplo. A alusão ao PR é o patamar normal da canalhice.
– As referências depreciativas ao Banco de Portugal e ao seu Governador, por quem conhece o funcionamento dos bancos centrais, revela uma tentativa de subversão das instituições do Estado e uma forma velhaca de lançar o descrédito sobre uma das mais prestigiadas.
– O recente artigo de Bagão Félix, no Público, procurou abafar o seu desastroso Orçamento ridicularizando as previsões até às centésimas do Banco de Portugal (6,83%), quando o Governo que integrou corrigiu, em Setembro em 2003, a previsão anterior do défice até às milésimas, para 2,944%.
– No entanto, Bagão Félix teve o mérito de, indirectamente, confirmar que enganou a Assembleia da República sobre as contas públicas, atitude que noutros países levaria à demissão e à desonra do sofrível cidadão e medíocre governante.
O actual Governo, ao tentar pôr ordem nas contas públicas, vai criar situações difíceis a muitos portugueses que legitimamente têm direito a revoltar-se, mas faz justiça e acaba com privilégios a outros que podem e devem suportá-los.
Carlos Esperança
Comentários
Parece um Obituário!
Já só falta o PInochet.
Quando morrer o Pinochet eu próprio lhe apresentarei pêsames em homenagem ao sentimento que o sinistro ditador lhe desperta.
Embora o sr Gov BP nos tenha habituado a uma excelente imagem,que tenho partilhado, continuo a ser surpreendido pela realidade á nossa volta. Ingenuidade tardia.
Tratando-se de um socialista ou social-democrata, tanto melhor.
O que tenho ouvido à minha volta é alguns a 'saudar' um certo professor do antigamente.
Outra surpresa?
nalguns casos é demasiado...... até o Beirão se havia de rir......
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