Eugénio de Andrade
(Foto do Público de 18-03-90)
Poema XVIII
Impetuoso, o teu corpo é como um rio
onde o meu se perde.
Se escuto, só oiço o teu rumor.
De mim, nem o sinal mais breve.
Imagem dos gestos que tracei,
irrompe puro e completo.
Por isso, rio foi o nome que lhe dei.
E nele o céu fica mais perto.
Eugénio de Andrade
Faleceu hoje, aos 82 anos, um dos grandes poetas da língua portuguesa que viveu em Coimbra e a cuja memória se manteve sempre fiel.
Carlos Esperança
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