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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
A opinião de Daniel Bessa, mostra uma outra coisa. A substituição de Campos Correia significa, sob a pressão popular (o ministro mais impopular), a morte de um certo tipo de gestão da Saúde.
Que venha outro tipo de gestão nesta área. À Esquerda.
Estou cansado de ouvir que a Esquerda não sabe gerir. Na Europa os melhores modelos de gestão social foram conseguidos por governos de Esquerda, com políticas de Esquerda (sociais- democratas) e com homens de esquerda (Olof Palm, Helmut Schmidt e outros).
A inovação deve chegar a todo o lado.
Precisamos de tempo e sossego para reflectir sobre esta experiência pragmática (pouco socialista) de gerir o sensível sector da Saúde, que terá sido enterrada com Correia de Campos.
Grande aferidor da sua política será a qualidade das vozes que se levantam, e vão continuar a levantar, a seu favor e, obviamente, contra.
Infelizmente há uma Esquerda que não evolui, uma Esquerda que estagnou nos modelos dos anos 70. Estagnou no pós - Palme,Schmitt, etc.
Uma Esquerda que não admite Felipe Gonzalez, et alli., reformadores de esquerda.
Pergunto será que o modelo nórdico/germânico dos anos 60 /70 seria hoje (anos 2000) implementado por Scmitt ou Palme, em face das novas exigências do mumdo actual?!
Em face da Globalização?
Da abertura dos mercados e da livre concorrência agressiva?
Da produção especializada e das vantagens competitivas?
Da politica de oportunidades para os "novos países"?
Será que Palme e Scmitt conseguiriam fazer Estado Providência à lá 70's em Pleno Sec. XXI? Com as actuais condições socio-demograficas e economicas?
Com uma população envelhecida, com uma maior esperança de vida, com a necessidade de mais, e mais exigentes cuidados (tecnologicos) de saúde?
Á presão brutal da emigração sobre a Europa e sobre os seus sistemas de apoio/integração social?
Acham que era possivel fazer o mesmo?
Eu acho que não.Palme e Scmitt (por ex.) talvez tivessem que fazer de outra forma.
Por isso temos que nos adaptar às novas exigências, adapatar os nossos meodelos de protecção social.
Por isso temos que adaptar o nosso Estado Social, o Modelo Social Europeu... SE não o adaptarmos para o salvar... com a ganância que campeia (e sempre campeou) pela Europa e pelo Mundo, abre-se o caminho para o mais violento Neo-Liberalismo... relesmente disfarçado com um suposto "rosto humano".
Temos que nos adaptar. A insustentabilidade economica levará à Falência inexorável do Estado Social e este ao seu retalhamento pelos grandes interesses financeiros. É preciso dizer nomes?