Aliança Menezes - CGTP

Só garantido o imobilismo do Estado, só levando o incipiente Estado social à ruptura poderemos atingir o grande objectivo de Menezes: "desmantelar o Estado em seis meses".
É por isso que entre os ultra-ortodoxos do sindicalismo, alguma esquerda preconceituosa (que só olha a esquemas ideológicos pré-concebidos e esquece o cidadão)e a direita neoliberal há uma clara comunhão de objectivos: manter tudo como está, conduzir ao descrédito dos sistemas de protecção social, destruir a escola pública, corromper a imagem de autoridade de Estado, o respeito pelas instituições.
Depois será fácil dar a machadada final: faz-se eleger um Barroso ou um Menezes ou um Santana avulso e as receitas cansadas da Escola de Chicago conduzirão ao "desmantelamento" dos nossos serviços públicos.
Com a esquerda progressista garantimos serviços com melhor gestão, a luta contra o desperdício, a exigência profissional nos serviços de saúde e educação, damos voz ao cidadão (aos pais, às associações de doentes), coloca-se a prestação de qualidade e sem discriminações como o centro da política.
Pode haver erros, podem alguns Ministros ter mais dificuldades em fazer passar a mensagem, mas não tenho dúvidas de que a união entre Menezes e a CGTP é o melhor garante de que as políticas deste Governo visam melhorar e reforçar o Estado social.

Comentários

Anónimo disse…
A CGTP-IN, organização de classe, unitária, democrática, independente e de massas, tem as suas raízes e assenta os seus princípios nas tradições de organização e de luta da classe operária e dos trabalhadores portugueses.
Homens de esquerda? Criticam uma organização de esquerda? E Menezes aliado da CGTP? E que diz o Sócrates.
Parece-me uma cultura política de sarjeta com formação permanente americana. Qualquer dos partidos americanos está à extrema-direita do mais retrógrado reaccionário português.
Anónimo disse…
Aliança?! Lá vem a manipulação tão característica dos sócretinos. Não há aliança nenhuma. Menezes limita-se a procurar tirar proveito político do descontentamento social, tal qual como o sócretino (antes de ser primeiro-ministro) que na pré-campanha e em campanha eleitoral afirmou que iria combater o aumento do desemprego verificado durante o governo PSD. Só que com este novo governo a taxa de desemprego tornou-se das mais elevadas na Europa. Mas o sócretino já reafirmou que irá cumprir a sua «promessa» em criar 150000 empregos. Coerência não falta aos sócretinos: a falta de vergonha e a manipulação são permanentes no seu discurso.
Presente no discurso desta esquerda «progressista» ao serviço do progresso e desenvolvimento do neoliberalismo está também o espírito anti-sindical: os sindicatos são as novas forças de bloqueio. São os representantes dos verdadeiros «privilegiados» da sociedade, e que esta esquerda sem preconceitos ideológicos (eufemismo para vazio ideológico) entende ser seu dever combater.
Reconheça-se que esta «esquerda» é de facto nova: tão nova e original que se apropria de um discurso e de conceitos (e preconceitos) sempre associados à direita liberal. Por isso, ser da nova «esquerda progressista» é ser da velha direita neoliberal. Não se estranhe, pois, a dificuldade de Menezes em fazer oposição e em se afirmar, nem os recentes elogios do Santana ao sócretino: há convergência ideológica entre o PSD e o neo-PS, o que não há é convergência de interesses partidários (como é óbvio). O seu penúltimo parágrafo é bem revelador do que eu estou a dizer, já que qualquer neoliberal defensor do Estado mínimo o subscreveria - basta substituir a expressão «esquerda progressista» por «direita liberal».
A desmantelação do Estado Social foi iniciada pelos sócretinos, e por isso podem reclamar, em mais uma sessão de propaganda semelhante à da assinatura do Tratado Europeu, que estão a fazer história. A eventual machadada final dada pelo PSD não precisa de ser muito forte, pois a resistência à destruição do estado Social já está a ser combatida pela «esquerda» moderna e «progressista». O trabalho mais difícil já estará feito.
Em suma, o único erro (ou melhor, equívoco) na comunicação (ou melhor, propaganda) do sócretinos é a sua afirmação de que são de esquerda - já para não dizer socialistas. Mas como manipular é enganar as pessoas não se pode falar propriamente de erros. As pessoas é que começam a acordar do embuste sócretino, e isto está a irritar e a assustar os Vitais Moreiras e os seus papagaios de serviço.

PS: Este é um blogue também «dedicado» ao que se passa em Coimbra, não é? O «Ponte Europa» não tem nada a dizer àcerca da manifestação de ontem à noite dos cerca de 2500 professores (perdão, comunistas, ultra-ortodoxos, imobilistas, privilegiados e preconceituosos)?
Anónimo disse…
Subscrevo e aplaudo o racicionio.
É isso tudo.
"Eles" (a direita dos interesses) andam por aí disfarçados para tomar conta do bolo... coligados, pasme-se, com uma "esquerda" gasta e enquistada no estalinismo feito da constante politica da terra queimada - para que não fique pedra sobre pedra.

É triste mas em verdade, em Fevereiro de 2008 a esquerda estalinista anda de braço dado com a direita neo-liberal - hoje, sem vergonha na face são eles os "desmanteladores" oficiais do Esatdo Social.
Não, não estou de luto... estou na luta contra esta aberração.
Anónimo disse…
Caro Andre Pereira
Admito que se sinta obrigado a defender
esta politica dita de esquerda do actual PS, mas acusar a CGTP de aliança com a direita lembra aquela estória do "Quem não é por mim é contra mim".
Confesso que não esperava um texto destes no PONTE EUROPA
Cumprimentos do Zédalmeida
Anónimo disse…
É o que dá chamar os bois pelos nomes. A situação é a que descreve e a prova de que tem razão é o gorgolejar aflito dos pré-socráticos e seus amigos que deixaram o Estado a precisar de uma cura tão radical como necessária. Mas os chamados interesses instalados há longo tempo (quase 80 anos) ainda vão babar a sua peçonhazita mais uns tempos. Só é pena termos, entretanto, que aturar o ruído de fundo que produzem...

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