Aliança Menezes - CGTP
Só garantido o imobilismo do Estado, só levando o incipiente Estado social à ruptura poderemos atingir o grande objectivo de Menezes: "desmantelar o Estado em seis meses".
É por isso que entre os ultra-ortodoxos do sindicalismo, alguma esquerda preconceituosa (que só olha a esquemas ideológicos pré-concebidos e esquece o cidadão)e a direita neoliberal há uma clara comunhão de objectivos: manter tudo como está, conduzir ao descrédito dos sistemas de protecção social, destruir a escola pública, corromper a imagem de autoridade de Estado, o respeito pelas instituições.
Depois será fácil dar a machadada final: faz-se eleger um Barroso ou um Menezes ou um Santana avulso e as receitas cansadas da Escola de Chicago conduzirão ao "desmantelamento" dos nossos serviços públicos.
Com a esquerda progressista garantimos serviços com melhor gestão, a luta contra o desperdício, a exigência profissional nos serviços de saúde e educação, damos voz ao cidadão (aos pais, às associações de doentes), coloca-se a prestação de qualidade e sem discriminações como o centro da política.
Pode haver erros, podem alguns Ministros ter mais dificuldades em fazer passar a mensagem, mas não tenho dúvidas de que a união entre Menezes e a CGTP é o melhor garante de que as políticas deste Governo visam melhorar e reforçar o Estado social.
É por isso que entre os ultra-ortodoxos do sindicalismo, alguma esquerda preconceituosa (que só olha a esquemas ideológicos pré-concebidos e esquece o cidadão)e a direita neoliberal há uma clara comunhão de objectivos: manter tudo como está, conduzir ao descrédito dos sistemas de protecção social, destruir a escola pública, corromper a imagem de autoridade de Estado, o respeito pelas instituições.
Depois será fácil dar a machadada final: faz-se eleger um Barroso ou um Menezes ou um Santana avulso e as receitas cansadas da Escola de Chicago conduzirão ao "desmantelamento" dos nossos serviços públicos.
Com a esquerda progressista garantimos serviços com melhor gestão, a luta contra o desperdício, a exigência profissional nos serviços de saúde e educação, damos voz ao cidadão (aos pais, às associações de doentes), coloca-se a prestação de qualidade e sem discriminações como o centro da política.
Pode haver erros, podem alguns Ministros ter mais dificuldades em fazer passar a mensagem, mas não tenho dúvidas de que a união entre Menezes e a CGTP é o melhor garante de que as políticas deste Governo visam melhorar e reforçar o Estado social.
Comentários
Homens de esquerda? Criticam uma organização de esquerda? E Menezes aliado da CGTP? E que diz o Sócrates.
Parece-me uma cultura política de sarjeta com formação permanente americana. Qualquer dos partidos americanos está à extrema-direita do mais retrógrado reaccionário português.
Presente no discurso desta esquerda «progressista» ao serviço do progresso e desenvolvimento do neoliberalismo está também o espírito anti-sindical: os sindicatos são as novas forças de bloqueio. São os representantes dos verdadeiros «privilegiados» da sociedade, e que esta esquerda sem preconceitos ideológicos (eufemismo para vazio ideológico) entende ser seu dever combater.
Reconheça-se que esta «esquerda» é de facto nova: tão nova e original que se apropria de um discurso e de conceitos (e preconceitos) sempre associados à direita liberal. Por isso, ser da nova «esquerda progressista» é ser da velha direita neoliberal. Não se estranhe, pois, a dificuldade de Menezes em fazer oposição e em se afirmar, nem os recentes elogios do Santana ao sócretino: há convergência ideológica entre o PSD e o neo-PS, o que não há é convergência de interesses partidários (como é óbvio). O seu penúltimo parágrafo é bem revelador do que eu estou a dizer, já que qualquer neoliberal defensor do Estado mínimo o subscreveria - basta substituir a expressão «esquerda progressista» por «direita liberal».
A desmantelação do Estado Social foi iniciada pelos sócretinos, e por isso podem reclamar, em mais uma sessão de propaganda semelhante à da assinatura do Tratado Europeu, que estão a fazer história. A eventual machadada final dada pelo PSD não precisa de ser muito forte, pois a resistência à destruição do estado Social já está a ser combatida pela «esquerda» moderna e «progressista». O trabalho mais difícil já estará feito.
Em suma, o único erro (ou melhor, equívoco) na comunicação (ou melhor, propaganda) do sócretinos é a sua afirmação de que são de esquerda - já para não dizer socialistas. Mas como manipular é enganar as pessoas não se pode falar propriamente de erros. As pessoas é que começam a acordar do embuste sócretino, e isto está a irritar e a assustar os Vitais Moreiras e os seus papagaios de serviço.
PS: Este é um blogue também «dedicado» ao que se passa em Coimbra, não é? O «Ponte Europa» não tem nada a dizer àcerca da manifestação de ontem à noite dos cerca de 2500 professores (perdão, comunistas, ultra-ortodoxos, imobilistas, privilegiados e preconceituosos)?
É isso tudo.
"Eles" (a direita dos interesses) andam por aí disfarçados para tomar conta do bolo... coligados, pasme-se, com uma "esquerda" gasta e enquistada no estalinismo feito da constante politica da terra queimada - para que não fique pedra sobre pedra.
É triste mas em verdade, em Fevereiro de 2008 a esquerda estalinista anda de braço dado com a direita neo-liberal - hoje, sem vergonha na face são eles os "desmanteladores" oficiais do Esatdo Social.
Não, não estou de luto... estou na luta contra esta aberração.
Admito que se sinta obrigado a defender
esta politica dita de esquerda do actual PS, mas acusar a CGTP de aliança com a direita lembra aquela estória do "Quem não é por mim é contra mim".
Confesso que não esperava um texto destes no PONTE EUROPA
Cumprimentos do Zédalmeida