Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
A Comunidade Europeia que se ponha a pau com os apoios...
Hoje, ela é usada no Médio Oriente, com a oposição da Rússia, mas o beneplácito dos EUA. A finalidade é a mesma, só os interesses comerciais é que mudaram.
Normalmente, no Médio Oriente a balcanização dá origem a uma variante: a "libanização". Isto é, fazem-se cohabitar no mesmo Estado várias facções armadas correspondendo a várias opções político-militares.
Ficamos, armados até aos dentes, à beira da guerra.
E aguardamos essa evolução não só no Kosovo, mas nas situações similares - mediterrânicas, nos Urais e no Caucaso.
Os EUA vão apoiar tudo isto "de longe", do outro lado do Atlantico.
A "batata" quente vai rebentar no quintal da UE.
Durão Barroso não goza de independência política suficiente face aos americanos para lidar este problema com equilíbrio e na intransigente defesa dos interesses europeus.
Neste particular momento, mais próximos de Moscovo do que de Washington.
Mais uma vez a Europa não soube tratar da casa e deixou que os americanos a viessem incendiar.
Não me canso de afirmar, que pese embora algumas criticas que possam ser imputadas aos regimes em termos de politica interna, o eixo Rússia, Irão, Venezuela é o único que se opõe ao imperialismo e à ocupação militar levada a cabo pelo Mister Danger Bush.
relativamente à intervenção no Kosovo, foram as potências europeias que mendigaram a adesão americana a uma intervenção militar e não o contrário. Entre o não intervencionismo do consulado Clinton e a inépcia europeia na gestão da crise bósnia (lembremos-nos de Srbrenica), tornou-se a nuvem por Juno e utilizou-se uma caçadeira para matar uma formiga.
A Europa pode muito bem resolver os seus problemas: