Momento de poesia
Canção do cabreiro
Cabreiro sou, cabras guardo.
Ando a monte o dia inteiro.
Coube-me em sorte este fardo,
Guardar cabras, ser cabreiro…
Gastei a vida em esperanças,
Que nunca pude alcançar:
Ser pastor de ovelhas mansas,
Em vez de cabras guardar!
Há verdes, viçosos pastos,
Nas beiradas das courelas.
Mas cabras, andam nos matos
E o cabreiro atrás delas.
Nas tardes quentes de Agosto,
Nem o repouso do bardo!
Que de sol-nado a sol-posto,
Cabreiro sou, cabras guardo.
Armando Moradas Ferreira
Cabreiro sou, cabras guardo.
Ando a monte o dia inteiro.
Coube-me em sorte este fardo,
Guardar cabras, ser cabreiro…
Gastei a vida em esperanças,
Que nunca pude alcançar:
Ser pastor de ovelhas mansas,
Em vez de cabras guardar!
Há verdes, viçosos pastos,
Nas beiradas das courelas.
Mas cabras, andam nos matos
E o cabreiro atrás delas.
Nas tardes quentes de Agosto,
Nem o repouso do bardo!
Que de sol-nado a sol-posto,
Cabreiro sou, cabras guardo.
Armando Moradas Ferreira
Comentários
Oh! quanto eu não daria por ver este poema musicado e cantado por uma voz portuguesa e cristalina: Mariza, Dulce Pontes, Cristina Branco...
Soubesse eu música, pudesse eu cantar!