Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Primeiro era aquele projecto do Parque Mayer do Frank Gehry. Depois uns atrás de outros, cada um, mais megalómano e mais irrealizável, do que o anterior.
Eis, que finalmente a atenção recaíu sobre o Pavilhão do Futuro da Expo '98.
Hoje, o Pavilhão é apresentado como se fosse um barracão em decadência, do tipo das construções do Casal Ventoso, e a sociedade do Casino deu rios de euros por tão degradado espaço. Depois gastou outros milhões de €'s em melhoramentos.
Finalmente tornou-se dona de um reabilitdo espaço que enquanto público era lixo, feito com o erário público como toda a gente se lembrará, depois do retundo fracasso do auto-finaciamento.
Era para ser doutra maneira, mas como não consegiu pagar a si próprio - pagamos todos e, no final, o Mega Ferreira foi transferido aos ombros para o Centro Cultural de Belém.
Escapou à sina do Parke Mayer - preterido para Casino - e que se embrulhou com o Bragaparques, acabando por fazer caír a Câmara de Lisboa, pejada de arguidos e de investigações no MP.
Da maneira que o Dr. Telmo Correia foi hoje explicar à RPT1 o processo do casino.
Só temos de agradecer as alterações à Lei do Jogo, que passaram em todo o lado - Santana Lopes, governava - e nos livrou daquele "monstro" que nos inquinava a vida.
Com isso não favoreceu uma entidade privada. Eles já tinham gasto tanto pilim, pelo que foi uma misera compensação pelos prejuízos.
As cartas que lhe foram dirigidas eram superfulas, já que só historiavam o processo que Telmo Correia conhecia por contactos pessoais.
As soluções subreptícias que apontavam eram, por assim dizer, as saídas airosas de compromissos antigos.
Desta entrevista, ficou a dúvida se a alteração à Lei do Jogo foi discutida em plenário de Conselho de Ministros e o seu agendamento e votação consta da acta desta reunião, ou se tudo se passou à sorrelfa.
Um dia haveremos de saber.
Para já, acho que lhe devemos os mais rasgados elogios pela libertação que promoveu do património público a favor de entidades privadas.
Nós portugueses devemos-lhe o elogio político do seu neo-liberalismo (quem acreditar) e Stanley-Ho, agradece.
E, depois nunca mais haverá outra Expo'98 - em Lisboa, Frank Gehry deu-nos com os pés desgraçando o Parke Mayer, pelo que o Casino à beira do Tejo está bem como um antro de diversão e não um sisudo edificio público.
Podia o Joe Berardo por lá uma exposição, não era? E começavam outros problemas.
No fim de tudo, o "gang do Casino", foi capaz de ter salvo a Pátria de atrozes horrores.
Chama-se a atenção do PR para o próximo 10 de Junho.
Ou incluir este facto transcendental no antecipado processo de beatificação da Irmã Lúcia...
O Povo sempre disse, na sua infinita sabedoria, que há males que vêm por bem. Não será assim?
Embora o provérbio seja português Stanley-Ho é que deve saber...
Vejam bem que existe um que eu conheço, que continua a afirmar que é Engenheiro!!!!!!
uiiiiiiiiiiiiii