Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
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Primeiro era aquele projecto do Parque Mayer do Frank Gehry. Depois uns atrás de outros, cada um, mais megalómano e mais irrealizável, do que o anterior.
Eis, que finalmente a atenção recaíu sobre o Pavilhão do Futuro da Expo '98.
Hoje, o Pavilhão é apresentado como se fosse um barracão em decadência, do tipo das construções do Casal Ventoso, e a sociedade do Casino deu rios de euros por tão degradado espaço. Depois gastou outros milhões de €'s em melhoramentos.
Finalmente tornou-se dona de um reabilitdo espaço que enquanto público era lixo, feito com o erário público como toda a gente se lembrará, depois do retundo fracasso do auto-finaciamento.
Era para ser doutra maneira, mas como não consegiu pagar a si próprio - pagamos todos e, no final, o Mega Ferreira foi transferido aos ombros para o Centro Cultural de Belém.
Escapou à sina do Parke Mayer - preterido para Casino - e que se embrulhou com o Bragaparques, acabando por fazer caír a Câmara de Lisboa, pejada de arguidos e de investigações no MP.
Da maneira que o Dr. Telmo Correia foi hoje explicar à RPT1 o processo do casino.
Só temos de agradecer as alterações à Lei do Jogo, que passaram em todo o lado - Santana Lopes, governava - e nos livrou daquele "monstro" que nos inquinava a vida.
Com isso não favoreceu uma entidade privada. Eles já tinham gasto tanto pilim, pelo que foi uma misera compensação pelos prejuízos.
As cartas que lhe foram dirigidas eram superfulas, já que só historiavam o processo que Telmo Correia conhecia por contactos pessoais.
As soluções subreptícias que apontavam eram, por assim dizer, as saídas airosas de compromissos antigos.
Desta entrevista, ficou a dúvida se a alteração à Lei do Jogo foi discutida em plenário de Conselho de Ministros e o seu agendamento e votação consta da acta desta reunião, ou se tudo se passou à sorrelfa.
Um dia haveremos de saber.
Para já, acho que lhe devemos os mais rasgados elogios pela libertação que promoveu do património público a favor de entidades privadas.
Nós portugueses devemos-lhe o elogio político do seu neo-liberalismo (quem acreditar) e Stanley-Ho, agradece.
E, depois nunca mais haverá outra Expo'98 - em Lisboa, Frank Gehry deu-nos com os pés desgraçando o Parke Mayer, pelo que o Casino à beira do Tejo está bem como um antro de diversão e não um sisudo edificio público.
Podia o Joe Berardo por lá uma exposição, não era? E começavam outros problemas.
No fim de tudo, o "gang do Casino", foi capaz de ter salvo a Pátria de atrozes horrores.
Chama-se a atenção do PR para o próximo 10 de Junho.
Ou incluir este facto transcendental no antecipado processo de beatificação da Irmã Lúcia...
O Povo sempre disse, na sua infinita sabedoria, que há males que vêm por bem. Não será assim?
Embora o provérbio seja português Stanley-Ho é que deve saber...
Vejam bem que existe um que eu conheço, que continua a afirmar que é Engenheiro!!!!!!
uiiiiiiiiiiiiii