A novíssima tragédia espanhola….


Un ajuste de 65.000 millones

• 01 Subida del tipo reducido del IVA del 8% al 10%

• 02 Subida del tipo general del IVA del 18% al 21%

• 03 Subida de los impuestos especiales-medioambientales

• 04 Supresión de la deducción por vivienda

• 05 Supresión paga extra a funcionarios y menos días libres

• 06 Reducción prestación de desempleo desde el séptimo mes

• 07 Reforma de las pensiones

• 08 Se reduce un 30% el número de concejales

• 09 Recorte de 600 millones en el gasto de los ministerios

• 10 Recorte del 20% en subvenciones a partidos y sindicatos

[Caixa de El País link]


O devastador e austero ‘ajuste’ anunciado hoje nas Cortes por Mariano Rajoy é uma autêntica ‘bet in the dark’. Isto é, começou mais um drama na Zona Euro.
De ajuste em ajuste – negando-se sempre a reconhecê-lo – e na rota de uma galopante desagregação social, Rajoy, ameaça o futuro dos espanhóis.

Este peculiar modelo de ‘troika sem troika’ será a nova invenção do último Conselho Europeu. Sabemos que não existem credores filantrópicos e, muito menos, usurários pródigos. Suspeitávamos que a recapitalização da banca espanhola não seria de mão beijada (‘de borla’). Mas o anúncio de hoje, dadas as terríveis e previsíveis consequências recai, na sobre uma cruel realidade, i. e., sobre um País a viver com uma taxa de desemprego a rondar os 25%, fruto de uma profunda recessão (que sairá intensificada com estes ‘cortes’), merecia ser mais transparente e melhor discutida com (todos) os partidos e parceiros sociais.

Hoje, o Governo espanhol acelerou, descontroladamente, a 'crispação social' apostando na intensificação da crise.
Troika sem troika’ não pode contar com o pára-choques de um ‘memorando de entendimento’, nascido como temos observado em diversas situações (cada vez mais!) entre a oposição, a imposição e o espectro do default, funcionando à posteriori como um rígido contrato vinculador de maiorias político-partidárias 'prisioneiras' do resgate (financeiro e económico) e construídas à sua volta. Espanha é um novo e encapotado modelo de 'assistência externa'. Entrou pela calada e tomou conta de tudo! 
Em Espanha a Direita julga-se auto-suficiente e comporta-se como tal. Todavia, ninguém com bom senso (político) deve desrespeitar a ‘memória histórica’. Afinal, o distanciamento de 1936 não é, historicamente, tão longo ou tão aberrante. A ‘elite agrária’ do passado deu lugar ao ‘escol bancário’ que ameaça tudo e todos no início deste século. Os restantes ingredientes estão no terreno.

Esperemos que, com urgência, apareçam forças (políticas) esclarecidas e responsáveis capazes de evitar o pior.

Comentários

Em Espanha,quem governa é Partido Popular,mas eu pergunto:-É o Populo, el Pueblo que governa?!
José Cravinho:

Muitos dos que governam são nostálgicos do franquismo.

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