Grécia – eleições
São 18H15, hora de Lisboa, o Syriza está à espera de celebrar mais uma vitória, não por mérito próprio ou porque as promessas tivessem sido cumpridas, apenas porque a direita grega, igual à portuguesa, mentiu e acusou os outros partidos da responsabilidade que lhe cabe e esqueceu que a dívida é impagável, quando todos sabemos que o 3.º resgate foi apenas a forma de adiar o problema à espera de ajudar a direita ibérica e a grega, esta sem resultar, nos próximos atos eleitorais.
O problema grego, digo, português, digo, europeu, regressará em breve. A humilhação do povo grego, que tanto fez exultar o Governo, a maioria e o PR portugueses, foi um ato gratuito e inútil que complicou a solução do problema europeu.
O problema grego, digo, português, digo, europeu, regressará em breve. A humilhação do povo grego, que tanto fez exultar o Governo, a maioria e o PR portugueses, foi um ato gratuito e inútil que complicou a solução do problema europeu.
Comentários
Sucessivamente, desde 2010, o PASOK, a Nova Democracia falharam e agora com o Syriza, não está excluída possibilidade de voltar a acontecer o mesmo. Embora o Syrisa não esteja envolvido nos esquemas de corrupção como os partidos que tradicional (dinasticamente) têm governado a Grécia depois do fim da ditadura militar, é pertinente conceber que o problema grego não se limita a combater a corrupção.
Tão importante como isso serão os privilégios (alguns constitucionais) da Igreja Ortodoxa, dos Bancos e dos armadores.
Todavia, Bruxelas, e mais concretamente Berlim, nunca questionarão de livre vontade o modelo que autoritariamente impõem. Este deve ser considerado 'infalível' e, convém recordar, sem alternativa.
Se esta nova tentativa falhar (como parece existirem grandes possibilidades já que a receita é velha embora mais severa) resta tentar o 'Aurora Dourada'. Provavelmente será esse o plano oculto do Sr. Schauble - o homem de serviço para o problema grego.
Isto é, se a democracia sucumbir ao serôdio nacionalismo, ao autoritarismo feroz e à permanente repressão, à xenofobia, qualquer plano tem possibilidades de funcionar. A grande incompatibilidade dos planos já foram tentados é muito simplesmente a liberdade dos povos.
Se essa liberdade for encarcerada, como a Extrema-Direita tem por hábito fazer quando tem as rédeas do poder, qualquer plano poderá vir (forçosamente) a funcionar pelo menos para restritos círculos pios, oligarcas e belicistas.
Mesmo que para conseguir isso fique para trás um rasto de milhares de cadáveres e velados por uma legião de famintos...
O autoritarismo e a repressão são estados avançados da currupção e esta abunda nas chamadas democracias ocidentais.