O Governo e os trabalhadores
Não percebi ainda o que poderá ter levado este Governo, para além da sanha neoliberal, a deixar desprotegidos os trabalhadores. Só a triste postura do último secretário-geral da UGT, apostado decerto na liquidação da central sindical, preferindo a desonra à defesa do cada vez menor número de associados, me deixa mais perplexo.
Esqueçamos a cumplicidade do Sr. Carlos Silva com o patronato e pensemos apenas na desvairada ofensiva deste governo, desta maioria e do seu notário, em Belém, contra os direitos dos trabalhadores e na displicência com que os entregaram aos humores das entidades patronais e aos baldões da sorte.
Deixo o testemunho pessoal numa multinacional que pediu aos trabalhadores sugestões para melhorar as condições laborais. Fui eleito líder do grupo que estudou o plano de reformas já existente e deu contributos para a sua melhoria. A empresa assumiu todos os custos para consulta de técnicos de seguros, mediadores e seguradoras para a eventual transferência dos seguros de todos os trabalhadores. Facultou todos os vencimentos, desde o do diretor-geral aos dos funcionários mais modestos.
Para o que aqui interessa, sem quebra de sigilo a que valores éticos me podiam obrigar, o seguro permitia, aos 65 anos, 0,5% por cada ano de trabalho e tendo como referência o último ordenado (vencimento mensal X 14/12].
A Empresa tinha, no início de cada ano, um fundo correspondente a 1/12 do ordenado atualizado por cada ano de trabalho. Quando havia despedimentos a Empresa costumava pagar dois meses de remuneração por cada ano de trabalho ou fração. Na prática dava 1, o outro ficava para futuros descontos de outros trabalhadores.
Com a liberalização dos despedimentos e a caminho do fim dos contratos coletivos não têm as empresas de criar quaisquer fundos para despedir. Foi uma oferta deste Governo a todos os empregadores e a oferta às multinacionais de mais lucros a repatriar.
A agenda deste governo, desta maioria e deste PR foi profundamente nefasta para o País e para os trabalhadores.
Esqueçamos a cumplicidade do Sr. Carlos Silva com o patronato e pensemos apenas na desvairada ofensiva deste governo, desta maioria e do seu notário, em Belém, contra os direitos dos trabalhadores e na displicência com que os entregaram aos humores das entidades patronais e aos baldões da sorte.
Deixo o testemunho pessoal numa multinacional que pediu aos trabalhadores sugestões para melhorar as condições laborais. Fui eleito líder do grupo que estudou o plano de reformas já existente e deu contributos para a sua melhoria. A empresa assumiu todos os custos para consulta de técnicos de seguros, mediadores e seguradoras para a eventual transferência dos seguros de todos os trabalhadores. Facultou todos os vencimentos, desde o do diretor-geral aos dos funcionários mais modestos.
Para o que aqui interessa, sem quebra de sigilo a que valores éticos me podiam obrigar, o seguro permitia, aos 65 anos, 0,5% por cada ano de trabalho e tendo como referência o último ordenado (vencimento mensal X 14/12].
A Empresa tinha, no início de cada ano, um fundo correspondente a 1/12 do ordenado atualizado por cada ano de trabalho. Quando havia despedimentos a Empresa costumava pagar dois meses de remuneração por cada ano de trabalho ou fração. Na prática dava 1, o outro ficava para futuros descontos de outros trabalhadores.
Com a liberalização dos despedimentos e a caminho do fim dos contratos coletivos não têm as empresas de criar quaisquer fundos para despedir. Foi uma oferta deste Governo a todos os empregadores e a oferta às multinacionais de mais lucros a repatriar.
A agenda deste governo, desta maioria e deste PR foi profundamente nefasta para o País e para os trabalhadores.
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