No centenário da batalha de La Lys (9 de abril de 1918)
Há 100 anos, dos milhares de soldados portugueses mortos na 1.ª Grande Guerra (1914/18), pereceram cerca de quatro centenas, na batalha de La Lys, um desastre militar com numeroso desaparecidos, estropiados e milhares de capturados.
O número de mortos foi invulgarmente exagerado por adversários da República, numa época em que o colonialismo era aceite como legítimo e em que o Reino Unido se dispunha a oferecer à Alemanha as colónias portuguesas. Então, era a “esquerda” que as defendia e a “direita” que se opunha à guerra que permitiria, e permitiu, a continuidade do Império colonial, com o sacrifício de milhares de jovens.
A maioria dos mortos portugueses ocorreu no norte de Moçambique e no sul de Angola, mas a batalha de La Lys ficou como símbolo do desastre de uma tropa mal treinada e equipada, e do martírio da 2.ª divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP).
A homenagem prestada pelo PR e pelo PM aos soldados que sofreram horrores é um ato que devia envolver o País. Quem ainda se lembra de soldados gaseados e estropiados, conhece o sofrimento dos que voltaram e dos que lá ficaram, e não pode ser indiferente à tragédia que, há um século, viveu o País, e menosprezar a justiça da deslocação do PR e do PM ao país onde tombaram ao lado dos Aliados.
Os monumentos ao “soldado desconhecido” que existem no país, são, aliás, uma justa homenagem aos anónimos combatentes da guerra, que no dia de hoje se homenageiam na evocação simbólica da batalha de La Lys.
É dever dos portugueses conhecer o passado e recordá-lo, mas não se pode reescrever a História e cair em exageros como este, a que Marcelo, culto e informado, deu azo:
“O PR lembrou os mortos em La Lys como “o maior luto militar” desde Alcácer Quibir.”
Os cerca de 400 mortos, de La Lys, há 100 anos, foram uma tragédia, mas não se podem comparar com os 7481 mortos, injusta, inútil e criminosamente sacrificados na guerra colonial extemporânea, durante a ditadura fascista.
Marcelo tem tendência para exageros. A hipérbole é uma ofensa aos que restamos dos 510.134 militares da guerra colonial, com fraturas expostas e feridas internas.
O número de mortos foi invulgarmente exagerado por adversários da República, numa época em que o colonialismo era aceite como legítimo e em que o Reino Unido se dispunha a oferecer à Alemanha as colónias portuguesas. Então, era a “esquerda” que as defendia e a “direita” que se opunha à guerra que permitiria, e permitiu, a continuidade do Império colonial, com o sacrifício de milhares de jovens.
A maioria dos mortos portugueses ocorreu no norte de Moçambique e no sul de Angola, mas a batalha de La Lys ficou como símbolo do desastre de uma tropa mal treinada e equipada, e do martírio da 2.ª divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP).
A homenagem prestada pelo PR e pelo PM aos soldados que sofreram horrores é um ato que devia envolver o País. Quem ainda se lembra de soldados gaseados e estropiados, conhece o sofrimento dos que voltaram e dos que lá ficaram, e não pode ser indiferente à tragédia que, há um século, viveu o País, e menosprezar a justiça da deslocação do PR e do PM ao país onde tombaram ao lado dos Aliados.
Os monumentos ao “soldado desconhecido” que existem no país, são, aliás, uma justa homenagem aos anónimos combatentes da guerra, que no dia de hoje se homenageiam na evocação simbólica da batalha de La Lys.
É dever dos portugueses conhecer o passado e recordá-lo, mas não se pode reescrever a História e cair em exageros como este, a que Marcelo, culto e informado, deu azo:
“O PR lembrou os mortos em La Lys como “o maior luto militar” desde Alcácer Quibir.”
Os cerca de 400 mortos, de La Lys, há 100 anos, foram uma tragédia, mas não se podem comparar com os 7481 mortos, injusta, inútil e criminosamente sacrificados na guerra colonial extemporânea, durante a ditadura fascista.
Marcelo tem tendência para exageros. A hipérbole é uma ofensa aos que restamos dos 510.134 militares da guerra colonial, com fraturas expostas e feridas internas.
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