O caso do ex-espião russo, em Londres
A notícia de que os serviços secretos do Reino Unido terão identificado vários suspeitos do envenenamento do ex-espião russo, Serguei Skripal, e da sua filha, Yulia, é uma boa novidade cuja confirmação e apuramento da verdade agrada a todos os amigos da paz.
Se vier a provar-se a responsabilidade da Rússia fica ilibada da insânia a Sr.ª May, que arrastou países da Nato em peripécias diplomáticas pouco recomendáveis, e tem agora o dever de provar que, para além da irreflexão, havia algo de substancial e não era apenas a repetição grotesca das armas químicas que Bush e Blair inventaram a Saddam Hussein para a tragédia da guerra e as dramáticas consequências que persistem.
O ónus da prova, quer no direito dos países civilizados, quer no direito internacional, é da responsabilidade de quem acusa. E não há perdão para quem inicia a guerra ou põe o mundo em sobressalto por meras conjeturas. Disparar primeiro e investigar depois é um fuzilamento provisório.
Não considero o Sr. Putin incapaz da patifaria nem a Sr.ª May de inventar a autoria, mas lamentarei sempre solidariedades apressadas e decisões políticas sem ponderação, onde os interesses estratégicos se sobrepõem à verdade dos factos.
É com interesse e enorme desejo da averiguação da verdade que aguardo o desfecho de um caso que criou o clima propício para a retaliação na Síria, situações aparentemente sem ligação.
Seria lamentável que, entre países, se repetisse o incidente do infeliz guarda da PSP, na cidade da Guarda, há mais de seis décadas, quando de manhã lhe foram mostradas seis fotos que a PJ tinha enviado de um perigoso foragido, que urgia capturar.
Nessa tarde, o Foge à Mãe levou quatro presos para a esquadra e prometia prender os dois que faltavam.
Se vier a provar-se a responsabilidade da Rússia fica ilibada da insânia a Sr.ª May, que arrastou países da Nato em peripécias diplomáticas pouco recomendáveis, e tem agora o dever de provar que, para além da irreflexão, havia algo de substancial e não era apenas a repetição grotesca das armas químicas que Bush e Blair inventaram a Saddam Hussein para a tragédia da guerra e as dramáticas consequências que persistem.
O ónus da prova, quer no direito dos países civilizados, quer no direito internacional, é da responsabilidade de quem acusa. E não há perdão para quem inicia a guerra ou põe o mundo em sobressalto por meras conjeturas. Disparar primeiro e investigar depois é um fuzilamento provisório.
Não considero o Sr. Putin incapaz da patifaria nem a Sr.ª May de inventar a autoria, mas lamentarei sempre solidariedades apressadas e decisões políticas sem ponderação, onde os interesses estratégicos se sobrepõem à verdade dos factos.
É com interesse e enorme desejo da averiguação da verdade que aguardo o desfecho de um caso que criou o clima propício para a retaliação na Síria, situações aparentemente sem ligação.
Seria lamentável que, entre países, se repetisse o incidente do infeliz guarda da PSP, na cidade da Guarda, há mais de seis décadas, quando de manhã lhe foram mostradas seis fotos que a PJ tinha enviado de um perigoso foragido, que urgia capturar.
Nessa tarde, o Foge à Mãe levou quatro presos para a esquadra e prometia prender os dois que faltavam.
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