Portugal necessita de muitas coisas que - ao contrario do anunciado pelos velhos do Restelo - a sociedade (civil, militar, religiosa, etc.) tem capacidade, num clima de abertura e democrático, para produzir e realizar o bem-estar de todos. Há, todavia, uma coisa que é perfeitamente dispensável. Não necessitamos da recidivante pacovice de alguns cuja boçalidade e incultura acabou por traumatizar e inibir os cidadãos. Revelou-se inábil até para fingir que tem 'preocupações sociais'... Suponho que a natalidade em Portugal diminuiu por variadas razões - uma delas a possibilidade de planeamento familiar - mas a 'tirada' de Cavaco levanta um outra hipótese que suspeito não terá sido inventariada. Os portugueses e as portuguesas contiveram-se na proliferação da espécie (e do agregado familiar) pelo pavor da desgraçada sombra que o ex-inquilino de Belém projectava sobre o futuro dos cidadãos... Cavaco devia saber que não pode vestir as vestes de um profeta quando na despedida de funções só soube augurar desgraças para torpedear o sistema democrático. Já que estamos a falar de procriação convém recordar que a sua maior maestria revelou-se na profética disseminação de desgraças.
«Agora, com pena o digo, não tenho qualquer dúvida que [Marcelo Rebelo de Sousa] vai ficar na História como o pior presidente de todos». (Lida no blogue Causa Nossa, Vital Moreira)
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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Há, todavia, uma coisa que é perfeitamente dispensável.
Não necessitamos da recidivante pacovice de alguns cuja boçalidade e incultura acabou por traumatizar e inibir os cidadãos. Revelou-se inábil até para fingir que tem 'preocupações sociais'...
Suponho que a natalidade em Portugal diminuiu por variadas razões - uma delas a possibilidade de planeamento familiar - mas a 'tirada' de Cavaco levanta um outra hipótese que suspeito não terá sido inventariada.
Os portugueses e as portuguesas contiveram-se na proliferação da espécie (e do agregado familiar) pelo pavor da desgraçada sombra que o ex-inquilino de Belém projectava sobre o futuro dos cidadãos...
Cavaco devia saber que não pode vestir as vestes de um profeta quando na despedida de funções só soube augurar desgraças para torpedear o sistema democrático.
Já que estamos a falar de procriação convém recordar que a sua maior maestria revelou-se na profética disseminação de desgraças.