Portugal necessita de muitas coisas que - ao contrario do anunciado pelos velhos do Restelo - a sociedade (civil, militar, religiosa, etc.) tem capacidade, num clima de abertura e democrático, para produzir e realizar o bem-estar de todos. Há, todavia, uma coisa que é perfeitamente dispensável. Não necessitamos da recidivante pacovice de alguns cuja boçalidade e incultura acabou por traumatizar e inibir os cidadãos. Revelou-se inábil até para fingir que tem 'preocupações sociais'... Suponho que a natalidade em Portugal diminuiu por variadas razões - uma delas a possibilidade de planeamento familiar - mas a 'tirada' de Cavaco levanta um outra hipótese que suspeito não terá sido inventariada. Os portugueses e as portuguesas contiveram-se na proliferação da espécie (e do agregado familiar) pelo pavor da desgraçada sombra que o ex-inquilino de Belém projectava sobre o futuro dos cidadãos... Cavaco devia saber que não pode vestir as vestes de um profeta quando na despedida de funções só soube augurar desgraças para torpedear o sistema democrático. Já que estamos a falar de procriação convém recordar que a sua maior maestria revelou-se na profética disseminação de desgraças.
Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
“Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso, mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados...” “A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.” “Neste almoço ouvi vários discursos, que o Governador Civil intitulou de simples brindes. Peço desculpa, mas foram autênticos discursos.” “A Aeronáutica, como várias vezes disse, é um complemento da navegação marítima, pois com o progresso da técnica e a rapidez da vida de hoje, era necessário por vezes chegar mais depressa.” “O caminho certo é o que Portugal está seguindo; e mesmo que assim não fosse não há motivo para nos arrependermos ou para arrepiar caminho” [1964] “Eu devo dizer que as incompreensões e as críticas – e quando me refiro ás críticas refiro-me àquelas que não sã...
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Há, todavia, uma coisa que é perfeitamente dispensável.
Não necessitamos da recidivante pacovice de alguns cuja boçalidade e incultura acabou por traumatizar e inibir os cidadãos. Revelou-se inábil até para fingir que tem 'preocupações sociais'...
Suponho que a natalidade em Portugal diminuiu por variadas razões - uma delas a possibilidade de planeamento familiar - mas a 'tirada' de Cavaco levanta um outra hipótese que suspeito não terá sido inventariada.
Os portugueses e as portuguesas contiveram-se na proliferação da espécie (e do agregado familiar) pelo pavor da desgraçada sombra que o ex-inquilino de Belém projectava sobre o futuro dos cidadãos...
Cavaco devia saber que não pode vestir as vestes de um profeta quando na despedida de funções só soube augurar desgraças para torpedear o sistema democrático.
Já que estamos a falar de procriação convém recordar que a sua maior maestria revelou-se na profética disseminação de desgraças.