Viva a França!
A Tomada da Bastilha foi um momento marcante da história da humanidade, o corolário das ideias do Renascimento e do Iluminismo, o início da Revolução Francesa e o ato fundador da democracia, contra Luís XVI, contra a nobreza e contra o clero.
O rei já tinha sido obrigado a admitir a autoridade da assembleia que viria a chamar-se Assembleia Nacional Constituinte. A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão estiveram na fase inicial da Revolução Francesa.
No dia 14 de julho de 1789 a Humanidade despertou para a democracia, e a cidadania tem aí o seu ato fundador. O poder divino daria lugar ao do povo, os direitos hereditários à igualdade dos cidadãos.
A Revolução Francesa não é apenas a festa do país onde teve lugar, com a Tomada da Bastilha, é património universal. Liberdade, Igualdade e Fraternidade é a divisa que, ainda hoje, é um projeto que urge aprofundar.
Viva a Revolução Francesa!
Comentários
Isto deveria dar que pensar a todos os republicanos, muito em particular tendo em conta que as sociedades mais igualitárias do planeta são as monarquias nórdicas...
Ainda assim claro, em termos de pensamento somos todos, à Direita ou à Esquerda, tirando os Fascistas, que são revanchistas anti-Iluminismo, filhos da Revolução Francesa...
Lembro-lhe ainda que seguramente não teria sido necessário executar Luís XVI e a sua família, um homem que o insuspeito Camus classificou como fraco e bom...
Partilho, sem retirar uma palavra ao escrevi, o seu comentário.
Há datas cujo simbolismo é eterno.
A Igreja católica, com a qual nada tenho a ver, não pode ser confundida com a escravatura, as Cruzadas e a Inquisição.
Obrigado pelo comentário.
Aliás, na presente polémica sobre a legitimidade do uso da palavra 'Descobrimentos', muitos se esquecem que este debate é velho e que aqueles que se colocaram do lado dos direitos dos povos indígenas foram primeiro (alguns) padres e teólogos cristãos, como Las Casas, António Vieira ou Francisco de Victoria, sendo essa causa tomada mais tarde por Iluministas como Rousseau ou Diderot.
Não me esqueço também das 'amplas liberdades' concedidas pela constituição da URSS, traduzidas porém na prática num direito consuetudinário próprio de uma sociedade feudal.
Por isso desconfio naturalmente dos revolucionários, mesmo dos bem intencionados, e dou a minha preferência à Social-Democracia Escandinava, a forma mais justa de governar os homens...