A Áustria e o véu islâmico
A Áustria tem um governo que integra a extrema-direita onde a xenofobia não é apenas a imagem que lhe está associada. A política contra os imigrantes, sejam eles refugiados, a fugir à fome ou à guerra, ou outros, à procura de trabalho, não têm uma vida fácil.
O racismo e a xenofobia jamais serão virtudes democráticas, mas nem todas as medidas que um governo desta natureza tome, são igualmente condenáveis.
O Parlamento austríaco, através dos partidos que formam o governo, aprovou hoje, dia 21, a proibição do véu islâmico nas escolas do ensino primário, abrangendo as crianças do sexo feminino, entre os seis e os dez anos.
Nota-se a intenção anti-islâmica da medida, mas ela devia ser uma decisão na defesa da laicidade, incluída na proibição de símbolos religiosos no espaço da escola pública. Se a defesa da laicidade fosse a prática dos governos europeus, sempre prontos à genuflexão pia, os símbolos ostensivos de qualquer religião deviam ser retirados do espaço público, sobretudo das escolas, onde a cidadania se deve sobrepor ao comunitarismo.
Há quem pense que a proibição das vestes eclesiásticas na via pública, fora das práticas religiosas autorizada, é um atentado à liberdade individual, tal como a proibição do véu islâmico ou da burka, e não imaginam que, no último caso, por cada mulher que deseja usar esses símbolos há dezenas a quem é imposto pelos maridos, pais e irmãos.
Longe de ser o direito que se exerce, é uma provocação com que se desafia a civilização que se repudia, e que abomina a integração. Sob o pretexto do respeito pelas liberdades de cada um, é a sujeição da mulher em contexto islâmico que se perpetua. A conivência dos países de acolhimento desperta a onda de racismo que cresce na Europa, e é o húmus onde a extrema-direita medra.
Uma escola que não eduque para a igualdade entre os sexos, a cidadania e a liberdade, não cumpre a função cívica que lhe cabe.
A proibição do véu islâmico devia ser encarada por todos os países laicos como uma obrigação equivalente à frequência escolar, às vacinas e normas de higiene.
Estou bem longe do governo austríaco e tão perto do apoio à proibição de hoje!
O racismo e a xenofobia jamais serão virtudes democráticas, mas nem todas as medidas que um governo desta natureza tome, são igualmente condenáveis.
O Parlamento austríaco, através dos partidos que formam o governo, aprovou hoje, dia 21, a proibição do véu islâmico nas escolas do ensino primário, abrangendo as crianças do sexo feminino, entre os seis e os dez anos.
Nota-se a intenção anti-islâmica da medida, mas ela devia ser uma decisão na defesa da laicidade, incluída na proibição de símbolos religiosos no espaço da escola pública. Se a defesa da laicidade fosse a prática dos governos europeus, sempre prontos à genuflexão pia, os símbolos ostensivos de qualquer religião deviam ser retirados do espaço público, sobretudo das escolas, onde a cidadania se deve sobrepor ao comunitarismo.
Há quem pense que a proibição das vestes eclesiásticas na via pública, fora das práticas religiosas autorizada, é um atentado à liberdade individual, tal como a proibição do véu islâmico ou da burka, e não imaginam que, no último caso, por cada mulher que deseja usar esses símbolos há dezenas a quem é imposto pelos maridos, pais e irmãos.
Longe de ser o direito que se exerce, é uma provocação com que se desafia a civilização que se repudia, e que abomina a integração. Sob o pretexto do respeito pelas liberdades de cada um, é a sujeição da mulher em contexto islâmico que se perpetua. A conivência dos países de acolhimento desperta a onda de racismo que cresce na Europa, e é o húmus onde a extrema-direita medra.
Uma escola que não eduque para a igualdade entre os sexos, a cidadania e a liberdade, não cumpre a função cívica que lhe cabe.
A proibição do véu islâmico devia ser encarada por todos os países laicos como uma obrigação equivalente à frequência escolar, às vacinas e normas de higiene.
Estou bem longe do governo austríaco e tão perto do apoio à proibição de hoje!
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