Alberto João Jardim (AJJ) e o Presidente da República
O velho sátrapa madeirense, um salazarista que nunca se converteu à democracia, e que procurou limitá-la no espaço onde ficou à solta na excessiva autonomia, continua, após a saída de cena, a ser um boçal sem freio.
Querendo o PR honrá-lo, a pretexto de um prémio atribuído ao
ex-autarca, manifestou a intenção de ser ele próprio a entregar-lho na deslocação
para assinalar o 45.º aniversário da Assembleia Regional.
Surpreendentemente, já com o PR na Madeira, AJJ alegou estar
de férias, e a cerimónia teve de ser adiada. Nunca um PR foi humilhado no
espaço nacional de forma tão soez, nem uma afronta de tal dimensão mereceu
tanto silêncio.
As televisões não convocaram os comentadores do costume, os
psicólogos não foram chamados a diagnosticar os sintomas do primata, e os
média, habituados a condenar o ofendido e a ignorar a ofensa, pouparam o PR e optaram
por desvalorizar o incidente.
Ao dar um coice a Marcelo, o execrável cidadão não o
ofendeu, quem se avilta é o agressor e não a vítima, mas injuriou o órgão de
soberania e todos os portugueses.
Em campanha eleitoral autárquica numa das freguesias do
Funchal, em desafio ao poder nacional, ainda ampliou a afronta: “Nunca tivemos,
na história da autonomia, uma dupla tão ferreamente antiautonomia como este
primeiro-ministro e este presidente da República.” [sic]
Depois de Cavaco ter abandonado a cerimónia de posse do
segundo mandato deste PR, sem o cumprimentar, pensava-se que a rudeza de
maneiras não teria sucessor. Tínhamos esquecido do que era capaz o abrutalhado
cacique insular.
Os portugueses invejam-lhe o fígado que destilou hectolitros
de poncha, mas deploram o chantagista que incita a Região contra os órgãos de
soberania nacionais.
Comentários
O reformado AJJ não pode interromper as férias para se dignar a receber a honra das mãos do PR? Pois bem, este deveria virar as costas ao sátrapa madeirense...
Assembleia Legislativa e o dito obediente ficou-se pelo hotel !
Eduardo Gastão Ramos
O coronel que esbofeteou Jardim usou a única linguagem que o energúmeno percebe.
Vasco Lourenço mandou arquivar a queixa de Jardim... na retrete.