Montenegro e a SPINUMVIVA

A investigação preventiva serve de pretexto para arquivar sem escândalo e mais danos a investigação à empresa que, no mínimo, serviu para fuga ao fisco. Isto não é suposição, é o motivo que justifica a reiterada oposição de Montenegro a prestar esclarecimentos.

A investigação é fácil e rápida, basta o exame às contas e despesas fiscais da lucrativa empresa de que o ora PM não prescindiu e ainda mantém, em nome dos filhos.

Não é preciso ser perito fiscal para saber que a transformação do IRS (honorários) em IRC (lucros da empresa que pode fazer tudo) conduz a uma tributação muito inferior e que permite ainda incluir despesas pessoais, aquisição de bens, serviços e, pasme-se, pedir o reembolso do IVA dessas despesas.

A investigação nunca pode deixar de ser feita e demonstrará ainda se à fraude fiscal não se juntaram avenças sem contrapartidas, isto é, sem prestação de serviços, num ato de corrupção política a uma figura influente.

Soube-se ontem que Montenegro enviou à Entidade para a Transparência (EpT) um pedido de oposição à consulta pública das duas últimas declarações de substituição de rendimentos que submeteu à EpT. É obrigatório conhecer o teor destas declarações e das que substituiu, para verificar se não adicionou ao cadastro falsas declarações. O homem é capaz de tudo.

Independentemente da gravidade penal dos ilícitos, dificilmente se encontraria alguém, salvo na Madeira, a preferir atirar o País para eleições em vez de abandonar o cargo ou deixar investigar-se.

E o crime compensou!


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