São Josemaria – 50.º aniversário do seu passamento
Há 50 anos faleceu monsenhor Josemaria Escrivá, indefetível apoiante do genocida Francisco Franco e fundador do Opus Dei, apoiante dos negócios políticos de João Paulo II, que levaram à falência fraudulenta do banco Ambrosiano e à criação de centenas de santos em Espanha, todos mártires do mesmo lado da guerra civil.
Teve uma vida ao serviço de Deus e do fascismo, acompanhou
as tropas sediciosas a Madrid, e os seus devotos, a quem indicou o caminho,
levaram à falência os impérios Matesa e Rumasa, para maior glória da prelatura
e benefício dos desígnios do Monsenhor.
Mal refeito da defunção, fez três milagres, mais um do que necessário
para a santidade. O primeiro foi no ramo da oncologia, a uma freira, prima de
um ministro de Franco, que morreu curada. Está nos altares e deixou um exército
de prosélitos, apto a enfrentar o Islão e a subsidiar o Vaticano, onde, depois
de dois pontífices amigos, o Espírito Santo iluminou mal os cardeais do
consistório e lhes negou o terceiro.
Fundador de uma das mais reacionárias seitas católicas,
usava o cilício como prova de amor ao deus que defendeu o generalíssimo, a
monarquia, o catolicismo e o garrote, em Espanha.
O 25 de Abril, em Portugal, abalou-o na fé e na saúde. As
eleições livres de 1975 só o deixaram viver mais dois meses. Também Franco,
ditador até ao último sacramento, morreria menos de 5 meses depois do ora
santo, bem confessado, melhor comungado e excelentemente ungido e cerimoniado,
com o povo de rastos e a cumprir de joelhos as suas últimas vontades, quanto ao
regime de Espanha e ao destino do cadáver.
Apostila - Este texto foi escrito há sete anos, e não escreveria outro melhor para celebrar 50 anos da gloriosa defunção do taumaturgo.

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