Momento de poesia
… E um Soneto
Sou um senhor doutor, ando de carro.
Estreio, em cada ano, dois, três fatos.
Uso modelos vários de sapatos
E acendo num cigarro outro cigarro.
Dos vícios e prazeres não me desgarro.
Detesto frequentar lugares baratos.
Às refeições agradam-me bons pratos,
Com vinho velho a transbordar no jarro.
Sou conhecido em “boites” clandestinas,
Onde se bebe whisky, com meninas
Da nossa sociedade mais selecta.
Distraem-me, aos serões, jogos de vasa.
E, altas horas, ao voltar a casa,
Fecho-me no quarto… e sou poeta.
Armando Moradas Ferreira
Sou um senhor doutor, ando de carro.
Estreio, em cada ano, dois, três fatos.
Uso modelos vários de sapatos
E acendo num cigarro outro cigarro.
Dos vícios e prazeres não me desgarro.
Detesto frequentar lugares baratos.
Às refeições agradam-me bons pratos,
Com vinho velho a transbordar no jarro.
Sou conhecido em “boites” clandestinas,
Onde se bebe whisky, com meninas
Da nossa sociedade mais selecta.
Distraem-me, aos serões, jogos de vasa.
E, altas horas, ao voltar a casa,
Fecho-me no quarto… e sou poeta.
Armando Moradas Ferreira
Comentários
Obrigado por mo teres trazido!
Nem conta uma 'verdade' pessoal, nem serve de atestado de residência.
O que diz não faz parte da história.
Inventa a história que lhe serve, para dizer o que lhe interessa.
O resto são redacções.