Vocação separatista do velho autocrata

Jardim defendeu Estado federado na Madeira em 80

Com a cumplicidade de altas figuras do Estado e a incúria dos órgãos de soberania foi possível, ao arrepio da vontade dos portugueses, entregar a Madeira a um presidente vitalício enquanto a regionalização do País continua adiada.

Os que pretendem bloquear a acção governativa com o recurso a referendos têm aqui um tema que devia ser posto à consideração dos portugueses: os limites das autonomias dos Açores e da Madeira.

O futuro avizinha-se conflituoso e Portugal não admitirá a chantagem, a má-criação e os insultos que o sofrível cidadão e medíocre governante continua a destilar.

O PR tem o dever de fazer respeitar a Constituição e obrigar ao cumprimento das leis. Não pode propor o diálogo entre o Governo de Portugal e o da Região Autónoma quando é o cumprimento das leis que está em causa.

Desrespeitar a lei não é um problema político, é um caso de polícia.

Comentários

e-pá! disse…
O pensamento político de AJJ sobre o futuro da Madeira tem sido - honra lhe seja feita - relativamente claro. Desde os instáveis tempos políticos do pós-25 de Abril (imediatos) o seu objectivo último, tem sido a independência. A autonomia foi sem pre (para AJJ) uma etapa transitória.
Tanto mais longa, enquanto foi possível, captar o máximo de dividendos da República, empenhar ao máximo a Região (excendo-o, inclusivé), com o claro propósito de nunca satisfazer as dívidas. Nunca pensou em termos de solidariedade nacional. Tal facto ficou absolutamente claro quando não apoiou a regionalização no "Continente". A sua concepção regional ou, se quisermos, autonómica, sempre foi egoísta e interesseira. Para conservar esse estatuto enveredou pela via da truculência verbal e da boçalidade de ideais - hoje sua imagem de marca.
Esta via está gasta. Como ele próprio notou, Portugal mudou, ou se quisermos ser mais abrangentes, o Mundo mudou.
Sabendo que o caminho que escolheu não lhe confere os desejados privilégios, nem por mais eleições regionais que provoque lhe abre novos horizontes, não será de espantar que mude de agulha. Que vá ao armário buscar esqueletos exibidos em 1980, sob um diáfono manto de um insular federalismo no contexto português.
Apesar da pouca credibilidade pessoal do personagem, AJJ tem um forte capital democrático derivado do voto popular e, portanto, resta-nos aceitar o repto, pensá-lo, discuti-lo, não em termos de nacionalismos passadistas, mas num contexto de solidariedade nacional.

É, portanto, um caso político, nunca um caso de polícia.

Todos, os portugueses onde quer que vivam, devem assumir as suas responsabilidades e tirarem as devidas ilações. Não devem ser permanentemente permitidas ou toleradas as gratituidades palavrosas, as irresponsabilidades políticas e muito menos as chantagens financeiras.
Já chega! A corda foi demasiado esticada...
Anónimo disse…
Daaasssss.....
Nem como as férias?!?
templario disse…
DE. FERNANDO MARQUES - SINTRA
De facto, somos muito pequenini-
nhos.

João Jardim tem defendido
bem o povo da madeira e é para
mim um português como outro qual-
quer.

Considero-o um bom mandatário do
povo que o elege. É um bom polí-
tico, leva a política a sério e
com responsabilidade.

Não o considero separatista. Des-
de sempre foi atacado pelo PCP e
PS, partidos que na Madeira não
têm quadros à altura para gerirem
os madeirenses.

Nós todos ainda padecemos forte-
mente deuma cultura colonialista
e não sabemos, no continente re-
lacionarmo-nos com uma região au-
tónoma, que o deve ser e, quanto
a mim com mais poderes ainda.

O PS sempre teve dificuldade em
lidar com questões relacionadas
com o colonialismo, mas não só
o PS.

Eu votaria em João Jardim para
Primeiro Ministro de Portugal.
Anónimo disse…
Eu tabém votaria AJJ para fazer canga com aquele que nem o Lusíadas sabe ler, o ......, o Coiso!
Anónimo disse…
"Jardim defendeu Estado federado na Madeira em 80"

Pela mesma altura Sócrates foi do PSD. So what?!?
Anónimo disse…
templario:

Os únicos colonialistas que conheci foram os salazaristas, que não mereceram críticas de AJJ.
templario disse…
RESPOSTA A COMENTÁRIO DE
CARLOS ESPERANÇA.

Não faça essa arrumação da menta-
lidade e cultura colonialista,
porque cai num engano grande. Nem
faça conotações de AJJ com Salazar
com o objectivo de o denegrir.Su-
giro que deixe de analisar os po-
líticos portugueses da actualida-
de de que discorda, relacionando-
-os com Salazar.

Sim. Porque se o fizer de forma
séria e rigorosa irá deparar-se
com imensas surpresas e em todos
os quadrantes políticos sem ex-
cepção.

AJJ defende o seu povo, que o tem
elegido; tem-no defendido conse-
guindo que os sectores ultramon-
tanos da Madeira estejam reduzi-
dos ao papel de ladriscar. AJJ
não tem, parece, substituto à
sua altura. Irá ver depois como
a Madeira vai ser governada,pelo
mais reaccionário que V. possa
imaginar.

Porque será que todos os governos
do país provocam conflitos com
AJJ? Não é por ser palavroso, ou
V. está convencido que é por isso
ou por receber muito dinheiro do
continente? Receberá?

AJJ conseguiu melhorias para a
vida dos madeirenses e faz gala
disso, porque sabe que só assim
se ganham eleições.

Que fez V. ou eu em relação aos
governos que esbanjaram milhões
e milhões no continente em obras
de fachada, em alterações de orça-
mentos para mais, em milhões da
UE que foram abocanhados por uma
corja de oportunistas com a com-
placência dos governos, em nego-
ciatas política/futebol, etc.etc.,
etc., etc..

Não compara porque eles aparecem
na TV a falar em democracia, que
defendem o povo contra a direita,
contra o fachismo, contra a eco-
nomia liberal, em tudo aquilo
que os possa conotar com o povo.

Claro que muitos até são isso.

Mas o que interessa é o resultado.

Não vê que quando daqui atacam
AJJ é para escamotearem o que ele
tem de melhor, que é ser honesto
com o seu povo? Querem aprensen-
tá-lo como ditador e separatista.

Não vê que isso é mentira?

AJJ, para mim que não sou madei-
rense, mas sou português tem si-
do dos melhores políticos portu-
gueses do tempo democrático.

Quanto à sua verborreia, a de
AJJ, palavreado é barato...

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