Ponte Europa – 3.º Aniversário
Faz hoje três anos que o André Pereira escreveu o primeiro post.O Ponte Europa tem sido o espaço de intervenção cívica onde plasmo a minha visão do mundo, opino sobre a realidade quotidiana e exponho claramente as minhas convicções.
É com satisfação que observo a fidelização de leitores que, divergindo ou não dos meus pontos de vista, são íntegros no carácter e na gramática, polidos na forma e ilustrados no saber. Agradeço-lhes o imprescindível estímulo.
Não disfarço as minhas simpatias e antipatias e não me julgo detentor da verdade única. Limito-me a exercer um direito de cidadania que alguns leitores toleram mal, sobretudo estalinistas que julgam, ainda, que o Sol nasce na Sibéria, e outros, da escola salazarista, nostálgicos do passado, despeitados e ressentidos, a sonhar amanhãs de regresso.
O estado lastimável a que a oposição de direita se deixou chegar, sem programa, sem fé e sem ideias, é responsável pelo clima de crispação de quem não tem futuro e, incapaz de propor alternativas, recorre à calúnia, ao insulto e à intimidação para fazer a catarse da sua enorme frustração.
Ainda não vi reaccionários a fazerem o elogio dos heróis da direita nem dos esforçados líderes que lutam pela hegemonia no PSD, Santana e Meneses. Talvez se envergonhem dos dirigentes que têm.
Não penso moderar os comentários nem censurá-los. Deixo os anónimos que insultam num comentário para, no seguinte, apoiarem o anterior, continuarem a debitar o fel que os envenena. Bastam os leitores amantes da liberdade e com gosto da tertúlia para que o Ponte Europa seja o lugar de encontro de democratas de várias sensibilidades que fruem o prazer da conversa à mesa de um café virtual.
Espero permanecer o mais assíduo anfitrião dos viajantes que vêm ao Ponte Europa sem deixar de contar com maior ajuda do André Pereira e a excelente colaboração do Rui Cascão na análise política dos acontecimentos da região balcânica e noutros temas.
O Ponte Europa faz hoje três anos. Continuará enquanto eu e os leitores gostarmos de nos encontrar.
Comentários
Obrigado Carlos Esperança!
Dizia o António, nos velhos tempos do NY, que estavas cada vez mais Barroco e menos Esperança. Estava errado; tu agora és definitivamente esperança.com
É um prazer ler a tua produção, a oportunidade dos teus acutilantes e saborosos comentários mesmo se uma vez por outra pareçam eivados dum certo fundamentalismo anti-clerical anti-militar e anti-fascista. Mas isso só prova que és e sempre foste igual a ti próprio!
Continua, por muitos e bons anos, a fazer a manutenção da Ponte que cá virei atravessá-la sempre que puder.
O Ponte Europa é serviço público!
De liberdade, democracia, cidadania e gramática!
Um abraço par ti e parabéns a todos os que fazem o PE
Um dos melhores blogs que tenho o prazer de visitar e de vez em quando, dar a minha opinião!!
É certo que, nas poucas vezes que vagueio pelo Ponte Europa, tropeço nas divergências que temos, profundas quantas vezes, sobre o mundo e a vida. Mas não nos afastam, essas divergências, por assentarem no traço de união que é o substrato de integridade que mutuamente nos reconhecemos.
É certo que, por vezes, mais me parece volitares acima das nuvens, um tanto à margem das coisas terrenas. Mas nem por isso deixo de te saber com os pés no solo do planeta.
É certo que, de onde em onde, me deixas espantado com a defesa que fazes do que julgo indefensável. Mas nem por isso menosprezo a tua opinião; e sei que respeitas a minha.
Reconheço em ti um adversário de opinião abalizada, mas capaz de a alterar, não obstante, quando se te faz luz. E vale, sobretudo, a lhaneza sem subterfúgios com que expões o teu pensamento, ninguém podendo, com verdade, impugnar a tua honorabilidade de cidadão empenhado no teu país, que é também meu.
Meu caro Esperança: só não te invejo porque também me considero tolerante e dialogante – assim me julgo, correndo embora o risco fácil do julgamento em causa própria; quanto ao mais sei que pedes meças.
Ao teu Ponte Europa deixo um abraço, que é como quem diz, dou-te um abraço de parabéns.
Luís Veiga
Apesar das diferenças, tenho de reconhecer que o espírito democrático imperou, acabaram os "apagões" dos comentários...também por isso, os meus parabéns.
Um abraço,
Não desejo uma longa vida ao blog porque estou certo que a vai ter, não fosse Portugal o país que é.
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Força! Não há que parar.
Parabéns pelo monumento á liberdade de expressão