Timor - Factos & documentos
- Em conferência de imprensa o General Taur Matan Ruak disse em 12 Fev.:
1. As F-FDTL são unicamente responsáveis pela segurança do perímetro da residência do Sr. Presidente da República
2. As Forças responsáveis pela segurança pessoal do Sr. Presidente da República são a UNPOL e a PNTL
3. Face ao elevado número de Forças Internacionais presentes em Timor-Leste, e em particular na área da capital, como foi possível que viaturas transportando elementos armados tenham circulado e executado uma aproximação às residências dos Srs. Presidente da República e Primeiro-ministro, sem terem sido detectados?
4. A incapacidade demonstrada pelas Forças Internacionais, primeiras responsáveis pela segurança em Timor-Leste, em prever, reagir e anular este tipo de acontecimentos, lembra-se que apesar de possível e ser altamente recomendável, nenhuma perseguição imediata foi encetada para deter os autores dos ataques.
5. A necessidade de ser conduzida uma completa investigação internacional para o apuramento de todos os factos trágicos ocorridos que chocaram o pais e que visaram os pilares do nosso estado democrático. Imperioso se torna igualmente a dedução das respectivas responsabilidades inerentes.
Quartel-general em Taci Tolu, 12 de Fevereiro de 2008
O Chefe de Estado Maior General das Forcas Armadas, Brigadeiro General Taur Matan Ruak
1. As F-FDTL são unicamente responsáveis pela segurança do perímetro da residência do Sr. Presidente da República
2. As Forças responsáveis pela segurança pessoal do Sr. Presidente da República são a UNPOL e a PNTL
3. Face ao elevado número de Forças Internacionais presentes em Timor-Leste, e em particular na área da capital, como foi possível que viaturas transportando elementos armados tenham circulado e executado uma aproximação às residências dos Srs. Presidente da República e Primeiro-ministro, sem terem sido detectados?
4. A incapacidade demonstrada pelas Forças Internacionais, primeiras responsáveis pela segurança em Timor-Leste, em prever, reagir e anular este tipo de acontecimentos, lembra-se que apesar de possível e ser altamente recomendável, nenhuma perseguição imediata foi encetada para deter os autores dos ataques.
5. A necessidade de ser conduzida uma completa investigação internacional para o apuramento de todos os factos trágicos ocorridos que chocaram o pais e que visaram os pilares do nosso estado democrático. Imperioso se torna igualmente a dedução das respectivas responsabilidades inerentes.
Quartel-general em Taci Tolu, 12 de Fevereiro de 2008
O Chefe de Estado Maior General das Forcas Armadas, Brigadeiro General Taur Matan Ruak
Comentários
- sem documentos;
- sem novos factos;
- mas, com algumas interrogações.
Não conhecendo em pormenor a topografia e o dispositivo operacional montado em Dili (Timor-Leste), o comunicado co Gen. Matan Ruak, mostra algumas debilidades:
O ponto 1 e 3 parecem contraditórios. Isto é, sendo as Falintil-Forças Defesa Timor-Leste (F-FDTL) as responsáveis pela segurança do perímetro da residência de Ramos Horta, as facilidades de circulação de elementos armados verificadas na sua proximidade devem ser imputadas a quem?
- Às F-FDTL, como é óbvio!
Por outro lado, a segurança pessoal do PR está confinada à Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e à UNPOL.
Sem querer levantar questões Ramos-Horta vinha considerando "inaceitáveis" as falhas no policiamento imputadas à UNPOL.
Por outro lado, a opinião do PR de TL sobre a PNTL, logo após as eleições, foi:
"Vários membros da PNTL estão envolvidos em actos criminosos. Podemos, assim, constatar que a indisciplina é ainda muito grande dentro da corporação. Mas não haverá impunidade".
- Parece que houve!
o Ponto 5. do comunicado de Matan Ruak é melindroso e penso que completamente fora do julgamento e da competência da hierarquia militar. Uma "investigação internacional para o apuramento de todos os factos trágicos ocorridos..." deve ser decidida no quadro dos poderes dos orgãos políticos e de acordo com os preceitos constitucionais. Não é a pedido pessoal, nem para atribuir credibilidade. A credibilidade do regime timorense tem de ser construída em situações dificeis como a actual.
Finalmente, queria chamar a atenção para o "aviso" do general Taur Matan Ruak,
Comandante das Forças Armadas Timorenses (F-FDTL), que acerca da chegada de novos reforços militares australianos disse esperar que:
"não sejam um cancro ou uma úlcera".
Na sua globalidade o Comunicado do general Taur Matan Ruak é, de certo modo, o espelho da confusão que reina em Dili, e presumo, em todo o território.