Um PM autista, surreal e ressentido

Passos Coelho, na sua infinita ignorância e no seu dilatado ressentimento, não adivinha que os ataques ao Tribunal Constitucional são uma dupla ofensa de quem não tem ética nem sentido de Estado.

Por cada chumbo do TC, em vez de arrepiar caminho, insiste em tornar-se um marginal.

Ofende os Tribunais que nas universidades que frequentou, a da Mocidade do PSD e a Universidade Lusíada, não lhe ensinaram a respeitar, e ofende o PR que suscitou a apreciação da constitucionalidade como lhe competia, mesmo que a contragosto, dos diplomas que, na sua incultura, insiste em julgar que são declarados inconstitucionais por questões de humor dos juízes.

Depois aceita que um fedelho, que o substitui na presidência da Mocidade do PSD, se atire à CRP como Santiago aos mouros, num desafio grotesco e pedante de quem não sabe que a atual Constituição foi votada pelo então PPD, de pé, com aplausos unânimes que juntou aos do PS e do PCP.

A escola cívica do PSD, por este caminho, transforma-se numa casa de alterne.

Comentários

e-pá! disse…
O que se passou na dita 'Universidade de Verão do PSD' é medonho.
Um responsável partidário - exercendo um alto cargo da República - a incendiar (vamos socorrer-nos de uma figura sazonal) perante os pupilos a Lei Fundamental do País.
Os portugueses tiveram ocasião de apreciar Castelo de Vide transformada na madrassa do neo-liberalismo lusitano onde o novo documento revelado e revelador deverá ser, p. exº., o 'consenso de Washington'...
É-Pá:

A tua foi a melhor definição da «Universidade de Verão do PSD» que tive oportunidade de ver.

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