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A mostrar mensagens de junho, 2019

Notas Soltas – junho/2019

Reino Unido – A errática política externa de Trump, chantagista e ameaçadora, é um perigo global. Os insultos a Sadiq Kahn, mayor de Londres, foram tão graves como os elogios a Nigel Farage e Boris Johson, pela ingerência na política interna britânica. Marques Mendes – O Conselheiro de Estado designado pelo PR é decerto intriguista por conta própria, mas a reiterada ingerência na vida partidária deixa a suspeita de que possa ser o eco de Belém, pouco saudável para a democracia. PR – Entre a visão messiânica de si próprio e o devaneio peronista, o prognóstico que o inveterado comentador político fez sobre a Direita portuguesa e a eventual crise interna foi infeliz. Procedeu neste caso, como em outros, com manifesta leviandade. Agustina Bessa-Luís – A grande escritora regionalista, conservadora e irreverente, era uma referência nacional, mas, na morte, a pungência das declarações foi um exagero de quem não teve coragem de lhe propor, sequer, o nome para a nova ponte sobre o

Toca o telefone a toda a hora….

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O telefone – um invento com quase século e meio – passou a ser um meio de comunicação fundamental para estabelecer, desenvolver e consolidar relações sociais, afetivas, pessoais e empresariais. Uma das inovações do telefone foi acrescentar uma inebriante facilidade e rapidez ao sistema comunicativo nas relações humanas (em todos os campos). Existem vários exemplos destas situações sendo um dos mais expressivos o sucedido em plena ‘guerra fria’ quando a distensão político-militar passou, também, pelo ‘telefone vermelho’ que ligava Washington a Moscovo e que ficou conhecida como a ‘hotline’. As comunicações telefónicas tiveram outros diversificados usos, desde o mais inocentes aos mais sofisticados. Nos anos 60 e 70 em conformidade com as púdicas e severas restrições sociais impregnadas de moralismos hipócritas era comum o ‘namoro telefónico’ e este meio serviu amplamente ‘causas afetivas’ indo dos idílicos amores aos mais frustrantes desamores. O advento dos telemóveis

Medidas anticorrupção e poder judicial

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O Público de 26 ct. dedicou as páginas 8 e 9 ao tema ‘corrupção’ e, em título destacado, lia-se: «Passou um ano e Portugal nada fez nas medidas anticorrupção». Sendo este, aliás o tom dos canais televisivos, emissoras de rádio e redes sociais, quem leu apenas o título ficou convicto de que o Governo é alheio ao combate que mina o seu prestígio e corrói a democracia. Ora, é substancialmente diferente o que se lê nas duas páginas concluídas com o artigo referente a Portugal, de Leonete Botelho, intitulado “O terceiro País do mundo onde menos se acredita no Governo», subliminarmente relacionado com a corrupção.  “Das 15 medidas que o Greco [Grupo de Estados Contra a Corrupção] recomendou há vários anos para prevenir a corrupção de deputados, juízes e procuradores, Portugal terminou 2018 como estava em 2017”. (...) “Nenhuma das seis recomendações sobre juízes foi aplicada e das quatro sobre procuradores apenas uma o foi parcialmente”. O Greco recomenda alteração dos conselhos resp

Chegou o verão

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Nem todas as beatas são igualmente perigosas, umas produzem incêndios e outras orações pias.

A frase

– «Se o Ministério Público não tiver autonomia face aos outros poderes do Estado, como vem, aliás, na Constituição, não consegue levar a julgamento quem devia levar». (Joana Marques Vidal – ex-PGR) – Assim, quem decide?

Carlos César: eleições à porta e inefáveis 'tiques politiqueiros'…

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Carlos César , presidente o grupo parlamentar do PS, nas últimas jornadas parlamentares, resolveu desembestar uma série de impropérios sobre aquilo que foi a ‘geringonça’ ou sobre o seu utilitarismo sob a perspetiva partidária para alimentar o desejo escondido de uma maioria absoluta. A dita ‘geringonça’ funcionou como um modelo de coligação serviu para agitar águas lá fora, cavalgando aquilo que foi considerado um modelo inovador e, cá dentro, o que é mais importante impediu a direita de governar – o que não é pouco. Não gosto de repetir uma conceção muito explorada pela direita de que foi o PSD o vencedor das eleições de Outubro de 2015. Na verdade, esta asserção é abusiva porque existe uma diferença substancial entre um partido dito vencedor e aquilo que se verificou, isto é, o mais votado. Ficaria bem ao deputado Carlos César quando constata que ‘ o Bloco não manda no parlamento nem no país’ link que tivesse a noção que essa constatação, dita de maneira acintosa, é ex

Laicismo e laicidade

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É frequente encontrar beatos embrutecidos pela fé, e crentes moldados pelas Igrejas, que dizem ser a favor da laicidade e contra o laicismo. Há quem o faça de boa fé e quem use um artifício semântico para iludir a discussão. Normalmente, os que defendem a laicidade e condenam o laicismo são os que apoiam a laicidade quando são minoritários e reprovam um tratamento igual, para o que designam diferente, quando estão em maioria. Laicismo é o nome de uma doutrina do séc. XVI que pretende para os leigos o direito de governar a Igreja, mas, hoje, diz-se da doutrina que tende a emancipar as instituições do seu carácter religioso. Foi esta a evolução semiológica da palavra. O Laicismo defende a exclusão da influência religiosa no Estado, na cultura e na educação e tende a libertar as instituições estatais do carácter religioso. Expandiu-se na Revolução Francesa e deve-se-lhe a separação entre a Igreja e o Estado. O laicismo facilita a irreligiosidade, mesmo a anti-religiosidade, mas nã

São Josemaria – 44.º aniversário do seu passamento

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Há 44 anos esqueceu-se de respirar o indefetível apoiante do genocida Francisco Franco e fundador do Opus Dei. Apoiou a política de João Paulo II, responsável pela falência fraudulenta do banco Ambrosiano, e a criação de centenas de santos espanhóis, todos mártires do mesmo lado da guerra civil. Ao serviço de Deus e do fascismo, acompanhou as tropas sediciosas a Madrid, e os seus fiéis, a quem indicou o Caminho, levaram à falência os impérios Matesa e Rumasa, para maior glória da prelatura e benefício dos desígnios do Monsenhor. Os contributos pecuniários obtiveram a imunidade da seita, que passou a ter como única obediência o Papa, e o diploma da santidade, a ser conferido post mortem, depois de dois milagres certificados, um para a beatificação e outro para a santidade, como é uso. Foram-lhe creditados 3 milagres, não se pense que foi protegido, o primeiro no ramo da oncologia, a uma freira, prima de um ministro de Franco, que morreu curada. O bem-aventurado, mal refeito da d

Na praia

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Cinquenta centímetros de areia separam a liberdade e a opressão, os direitos humanos e as teocracias, a igualdade entre sexos e a submissão que um profeta analfabeto exigiu.

Nova Lei de Bases da Saúde versus a Excepção e a Regra…

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A revisão da Lei de Bases da Saúde encalhou nas PPP. Afirma-se de modo tonitruante que a gestão das unidades do SNS é pública mas … acrescenta-se inevitavelmente um ‘mas’. Assim, a gestão será pública excetuando casos supletivos e, remata-se, de modo temporário link . Todos conhecemos o significado em política de excecionalidade, supletivo e temporário. Supletivo é o que complementa e este vago (de vacuidade) espaço estará sempre presente nas funções do Estado, isto é, não existe possibilidade prática de uma resposta cabal (porque a sociedade é dinâmica e todos os dias cria novas necessidades). Deste modo o supletivo pode representar a velha expressão latina ad eternum e onde se encaixam todo o tipo de alterações capazes de contornar (abastardar) o princípio geral - a gestão pública - sob vários prismas colaterais sejam interpretativos, supletivos, integradores, limitativos e até diretivos. Temporário é outra conceção aparentemente ligada ao carácter supletivo de qualq

Maomé ausentou-se de Istambul e abandonou o califa Erdogan

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O PR turco é um político muçulmano que, com a complacência dos aliados da NATO, iniciou o processo de re-islamização, alterou a Constituição e destruiu a herança laica de Kemal Atatürk. Alinhado com os Irmãos Muçulmanos, o autoritarismo levou-o a perseguir os opositores e a condicionar as eleições que a integração na NATO ainda não lhe permitiu dispensar. No país com mais jornalistas presos e 55 mil presos políticos, com 150 mil funcionários públicos demitidos, incluindo juízes e militares, Erdogan apelou ao nacionalismo contra o povo curdo e transformou o escrutínio autárquico de 31 de março num referendo a favor ou contra ele. A vitória da oposição, nas principais cidades, constituiu a humilhação política e derrota pessoal do PR, especialmente relevante pela falta de transparência e “falta de ambiente livre e justo”, que observadores independentes da União Europeia denunciaram. Doeu-lhe especialmente a derrota em Istambul, onde o seu candidato foi derrotado por menos de 0,2%

Trump e o Irão ou o adiamento do projeto do conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton,

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É preciso ser demasiado ingénuo ou excessivamente tolo para acreditar que Trump teria cancelado o ataque ao Irão porque morreriam 150 pessoas, e é demasiado perigoso ficar tranquilo com a capacidade do imprevisível PR da maior potência mundial para decidir a invasão de um país, com catastróficas consequências globais. É tão pueril a desculpa de Trump para suspender a agressão como idiota a fanfarronice do ayatollah Khamenei a acusá-lo de salvar um avião dos EUA com 35 pessoas a bordo. A acreditar na informação ou contrainformação, esteve tudo preparado para a tragédia e nada assegurado para que não venha a acontecer. Imaginar uma tal agressão em curso e suspensa porque, entretanto, Trump perguntou quantas pessoas iam morrer, é juntar um pesadelo com a mais idiota das desculpas. Pela primeira vez na história dos EUA, Trump tem a rara faculdade de não distinguir os aliados dos adversários, tratando-os a todos como inimigos, ameaçando uns e outros e impondo condições a todos. Compo

Não é motivo de satisfação

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A semelhança com a realidade não é coincidência

Boris Johnson – O Trump britânico

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Quando o nacionalismo se instala, abre a porta ao populismo, e o fascismo, seja qual for o disfarce, acabará por chegar. A dificuldade de as pessoas se sentirem cidadãos do Mundo e a facilidade de se identificarem com a sua tribo debilitam o combate pela paz e justiça social, que deviam ser desígnios universais, para se tornar a luta de filantropos e utopistas. Apanhe-se um indivíduo sem escrúpulos, mentiroso e narcisista, e goste-se dele porque hilaria; dê-se-lhe atenção, por hábito; abandone-se o sentido crítico, por preguiça; e acabará a ter o voto de quem se há de arrepender. Boris Jonhson é o mais perfeito clone de Donald Trump, física e intelectualmente, com os mesmos tiques histriónico e falta de ética. Foi um dos mais entusiastas partidários do Brexit, onde repetiu à exaustão que o RU pagava 400 milhões de euros semanais para ser membro da UE, sem referir as vantagens, quando o cheque era inferior a um terço, e repetia o que podia ser feito com o dinheiro que dizia e não

Marcelo e o ‘rei’ (que) vai nu…

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A ‘entronização’ de Marcelo na Costa do Marfim (foto) levanta uma série de questões marginais que estão para além do gesto em si mesmo, bem típico da cultura tradicional africana, de obsequiar convidados e destacar ‘gente grande’. Interessará em primeiro lugar determinar quais os interesses nacionais na ex-colónia francesa em África. Estes não serão cruciais para a nossa política externa, estarão bem longe disso, já que a prioridade parece bem evidente, isto é, será o aprofundamento da CPLP e não a África francófona. A visita de Marcelo enquadra-se num périplo africano que se compreende em relação a Cabo Verde mas cuja extravasão ao continente africano deve ter algum fundo estratégico. Costa do Marfim representa uma remanescência sobrenadante à volta de uma ‘saída colonial’ congregada numa obtusa ‘Africa francófona’, feita através de um regime paternalista, nascido sob os auspícios do ex-presidente Houphouët-Boigny e em consonância com outro celebrado dirigente africano - Leopo

Os palpites e intrigas de Marques Mendes (MM)

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Ao contrário de Marques Mendes, não costumo pronunciar-me sobre processos judiciais em curso nem enxovalhar presos. Prezo demasiado a liberdade, e não aceito usar para quem está privado dela a ironia ou o sarcasmo sobre a sua situação. Mingua-me a coragem para combater quem já está constituído arguido ou se encontra em julgamento e, depois de preso, ainda me sinto mais constrangido. Eis porque passei a desprezar Marques Mendes, o mais bem remunerado comentador ao serviço da Direita e o paquete de Belém cujas encomendas os jornais e as redes sociais ampliam. Claro que tem direito à opinião própria e à pedida, à sua intriga e à dos rivais de Rui Rio, líder que se imola por mérito próprio, sem precisar de adversários. Frequentou aulas de ética com o ex-vice-presidente do PSD, Joaquim Coimbra, que o empregou em uma ou várias das suas numerosas empresas, e doutorou-se nos princípios éticos com que foi gerido, por um seu colega de governo, o BPN. Os ensinamentos do homem mais sério

A Síria e o ataque a navios petroleiros

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O ataque recente a dois navios, no Golfo do Omã, quando os preços do petróleo estavam em forte queda, foram logo atribuídos ao Irão, pela Arábia Saudita e EUA. As suspeitas sobre as informações, americanas ou iranianas, para analisar o vídeo tosco divulgado por Washington não permitem conclusões definitivas, e a credibilidade da administração Trump e do príncipe-herdeiro de Riad não supera a dos aiatolas iranianos. O ataque a alvos comerciais, agravado pelo local onde ocorreu, é demasiado grave para ser minimizado, e os interesses geoestratégicos fazem da contrainformação a arma que, nestas circunstâncias, atinge a verdade e a transforma em vítima predileta. Qualquer das partes é suspeita, mas se analisarmos qual o país mais prejudicado, logo se conclui que é o Irão, aliás, vítima do violento boicote dos EUA e da renúncia unilateral de Trump ao tratado nuclear, que os aiatolas estavam a respeitar, não surpreendendo que o ataque aos petroleiros faça parte da política de preços d

2 em 1 – Ecologia e prevenção do tabagismo

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Deliberação unânime da Ordem dos Advogados do Brasil

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"O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Colégio de Presidentes de Seccionais, por deliberação unânime, manifestam perplexidade e preocupação com os fatos recentemente noticiados pela mídia, envolvendo procuradores da república e um ex-magistrado, tanto pelo fato de autoridades públicas supostamente terem sido “hackeadas”, com grave risco à segurança institucional, quanto pelo conteúdo das conversas veiculadas, que ameaçam caros alicerces do Estado Democrático de Direito. É preciso, antes de tudo, prudência. A íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido processo legal – com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente –, seja formado juízo definitivo de valor. Não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na c

O Estado de Direito e os dilemas éticos

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Interrogo-me sobre se há crimes bons e crimes maus, se devemos sacrificar os direitos, liberdades e garantias à Justiça ou impedir esta de punir crimes com provas obtidas de forma ilegal. O Estado de Direito democrático não é, ao contrário do que muitos pensam, a aspiração universal que os povos reclamam. Bastam a fome, a pobreza ou o medo para trocar uma conquista civilizacional pela esperança de uma situação melhor ou pela simples ilusão. A descoberta dos crimes praticados pelo atual ministro da Justiça do Brasil, como juiz, conluiado com procuradores venais e políticos marginais, que ora estão no poder, só foi possível graças a outros crimes, roubo de dados de telemóveis e violação da privacidade. Julian Assange permitiu descobrir crimes hediondos, mas não deixou de ele próprio se transformar em criminoso. Era importante descobrir a violência de Estado e os crimes que os países poderosos praticam, mas a forma da obtenção e, sobretudo, a abdicação da ética e o mercantilismo d

A vitória moral de Lula da Silva

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Quando um homem é mordido por uma víbora, não há quem apoie o réptil, mas se esse homem caiu num ninho de víboras e ninguém procura salvá-lo, é o género humano que se humilha pela cobardia e o torna indigno. Lula da Silva até podia ser corrupto, e mereceria o desprezo que a indignidade provoca, mas estar preso por uma associação de malfeitores emboscados nas togas e becas, é um crime que produz o vómito de quem ainda preza a liberdade e a dignidade humanas. Conspirar contra a democracia e derrubar o homem que os malfeitores escolheram para subverter a legalidade e exercer uma vingança partidária, é a baixeza ética da cáfila que nunca procurou combater a corrupção, apenas queria ter o monopólio dela. Lula da Silva, cuja inocência é hoje irrelevante face aos estragos que o justiceiro Sérgio Moro causou à Justiça, à democracia e ao Brasil, tem hoje contra o ardiloso conspirador a superioridade ética de quem foi preso por vingança, cálculo eleitoral e ódio de classe. A vergonha d

As professoras do ensino primário e o matrimónio

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Quem não leu os santos Doutores da Igreja, nomeadamente Santo Agostinho, ignora os apetites femininos que subvertem a moral e os bons costumes. O Antigo Testamento dá sábios conselhos para que o homem perceba o atrevimento da mulher. O Estado Novo poupou-nos, das cidades às humildes aldeias, aos excessos de que eram capazes as professoras, impelidas por vaidade e pelas hormonas. Acabariam a vestir-se com afoiteza e luxúria, sem a modéstia e discrição que deviam, tentadas a usar calças, como homens, ignorando que cada sexo tem vestuário próprio, exceto o clero, que pode, e deve vestir-se com trajes femininos, com as bonitas rendas e sedas que lhe destacam a dignidade do múnus ao serviço do Divino. Salazar impediu-as do aderirem à moda diabólica da minissaia com que as mais ousadas teriam perdido a alma e ofendido os bons costumes. Nesse tempo havia respeito e a lei zelava para que quem tinha o dever de educar não cedesse às tentações mundanas e fosse objeto de escândalo. Quantas

O Sr. João Miguel Tavares e os seus dois discursos

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O Sr. Tavares não foi um erro de casting. O presidente das comemorações do 10 de Junho foi a vergonha nacional em Portalegre e o descaramento internacional em Mindelo. Na cidade de Cabo Verde, com o mesmo nome da praia do Porto onde, em 8 de julho de 1832 desembarcaram os “7.500 bravos” liberais, para libertarem Portugal dos traidores miguelistas e da sua crueldade, aterrou, em 10 de junho de 2019, não um bravo, apenas um parvo miguelista, mal documentado sobre a origem do crioulo, a perorar pior sobre as relações dos dois países, na companhia do PR e do PM. O que se diria se um arrivista destes tivesse sido indigitado pelo Governo! A ser verdade que começou a ler a redação dirigindo-se, como se lê neste ‘link’ , aos: “Senhor Presidente da República de Cabo Verde, Senhor Presidente da República Portuguesa, Senhor Primeiro-Ministro da República de Cabo Verde, Autoridades civis e militares, Minhas senhoras e meus senhores», o Sr. Tavares fez uma ofensa grosseira e imbecil, com

Associação 25 de Abril - As conversas secretas da Lava Jato

Car@s amig@s Pelo interesse do comportamento do crapuloso do juiz brasileiro que, a troco do lugar de ministro da Justiça e da promessa da indigitação para o Supremo Tribunal, foi cúmplice do golpe de Estado que levou Lula da Silva à prisão e Bolsonaro à presidência da República, deixo aqui o email que Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, mandou aos sócios. Sendo verídicas as informações, é urgente a libertação de Lula da Silva e o julgamento, por conspiração contra a Democracia, de Sérgio Moro, que insultou o sistema jurídico português, um ex-PM que ainda não foi sequer acusado e, muito menos julgado, e se permitiu dar conselhos para combater os corruptos como ele. Aqui fica o email da Associação 25 de Abril:   Car@s associad@s Felizmente que ainda se conseguem descobrir algumas manobras… Esperemos que não se limitem a atacar a forma como foram descobertas, que não as considerem inaproveitáveis precisamente por isso, que olhem essencialmente para o

A crise da Direita e o risco de aviltamento da função presidencial…

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Quando o PR - num dos seus recorrentes comentários políticos (é disso que se trata) - invoca uma eventual crise da Direita link para justificar a sua agenda pessoal (de intervenção diária e de futura candidatura) o líder do maior partido da Oposição (neste caso de Direita), Rui Rio, resolve sacudir a pressão e tenta endossar a crise ao regime (segundo se entende – democrático) link .   Em primeiro lugar, existe a necessidade de, para compreender a postura marcelista, saltar da cantilena dos afetos e das selfies para o campo político. Foi o que o PR fez quando, sob a diletante capa dos equilíbrios, proferiu, na FLAD, a sua mais recente arenga.   Na verdade, Marcelo Rebelo de Sousa quis dizer que só se sente ‘confortável’ num quadro de equilíbrio (instável) Esquerda/Direita propício para continuar, politicamente, a navegar em ‘águas turvas’. O discurso da estabilidade, recorrente, não passa de (mais) uma hipocrisia. O PR deita para segundo plano o carácter representativo d