A imprensa canalha da direita
José Elias, militante e ex-autarca do CDS, na antiga
junta de São José e pai do assessor do CDS na Assembleia Municipal,
infiltrou-se na arruada do PS e acusou o PM, e líder do PS, de ignorar o País e
de "ter gozado merecidas férias enquanto morriam pessoas na tragédia dos
incêndios, em junho de 2017", mentira confirmada.
- "Isso é mentira (...) no dia 18 de junho eu
estava lá. Mentiroso provocador", respondeu António Costa, irritado com a
provada mentira, no último dia de campanha das eleições legislativas, que
decorreram ontem, com os resultados conhecidos.
Rui Rio acusou o líder do PS de não gostar de ouvir o
que não lhe agrada, enquanto ele também ouviu mentiras sobre a sua presidência
da Câmara do Porto, sem reagir. Por sua vez, Paulo Rangel disse que Costa devia
um pedido de desculpas ao homem, e o CDS condenou o PS e negou que a “discussão
entre Costa e o seu antigo autarca tivesse qualquer articulação com o partido”.
O Jornal de Negócios, que certamente sabia da campanha
da direita com os cartazes e a mentira que o ex-autarca do CDS foi ali repetir entre
simpatizantes do PS, para provocar o líder, colocou, no dia de reflexão, o
seguinte título:
A transformação do agressor em agredido lembra a
anedota que se contava da ditadura:
Um leão evadiu-se do Jardim Zoológico de Lisboa e estava
a cidade aterrada quando um mancebo cheio de força e audácia enfrentou o leão
e, num abraço poderoso, o asfixiou.
Acorreram jornalistas e fotógrafos a entrevistar o
herói que devolveu a calma à cidade. Perguntaram-lhe se tinha gostado da
Mocidade Portuguesa, evitava-a quando podia, se pertencia à Legião Portuguesa,
nunca, se estava inscrito na União Nacional, jamais.
Não houve fotografias do jovem, apenas do leão, e na
manhã seguinte os jornais traziam em título de caixa alta:
«Jovem leão barbaramente assassinado por um
comunista».
Comentários