As eleições de hoje -- A democracia continua
O PS ganhou as eleições e governará durante os anos que convierem aos adversários, até ser derrubado quando for oportuno. Os comentadores habituais vão provar, durante a noite, que o PS perdeu as eleições, ao contrário do PSD que tinha ganhado as anteriores, e não se fala mais disso. Argumentarão que não teve a maioria absoluta, como se tivesse sido previsível.
O CDS, mirrado e reduzido à sua insignificância, mostrou que mantém o eleitorado do costume e perdeu os deputados que Paulo Portas impôs a Passos Coelho nas últimas legislativas. Vão ser vários os abutres a disputar-lhe os despojos, enquanto no PSD se perfilam sucessores de Rui Rio que a comunicação social do costume bem ajudou na reta final, quando não tinha hipóteses, mas vai vender barata a pele.
À esquerda do PS mantiveram-se as previsões. O PAN terá expressiva vitória, enquanto os pequenos partidos vão ser esquecidos com exceção do Livre, que merece a estreia na AR e a IL abertamente liberal, sem ser fascista, e, quiçá, o Chega, claramente fascista.
Avizinham-se tempos difíceis e Marcelo, sem uma maioria coerente, é o único vencedor das eleições, mantendo a sua influência e a capacidade de reconduzir a direita ao poder.
Não vejo possibilidade de se repetir o apoio do PCP e BE ao PS sem cedências que o PS não pode fazer. É pena, mas fica o exemplo da legislatura que provou ser arco do poder o que a AR decide, e António Costa será recordado pela decisão histórica de não aceitar que haja partidos proscritos.
Tancos e Sócrates, Tancos e os próximos incêndios, Tancos e os incêndios de Pedrógão, Tancos e a descoberta do Papagaio-Mor, Tancos e outros escândalos guardados virão aí.
As feridas da campanha eleitoral entre os partidos de esquerda estão demasiado vivas. Segue-se o ruído!
O CDS, mirrado e reduzido à sua insignificância, mostrou que mantém o eleitorado do costume e perdeu os deputados que Paulo Portas impôs a Passos Coelho nas últimas legislativas. Vão ser vários os abutres a disputar-lhe os despojos, enquanto no PSD se perfilam sucessores de Rui Rio que a comunicação social do costume bem ajudou na reta final, quando não tinha hipóteses, mas vai vender barata a pele.
À esquerda do PS mantiveram-se as previsões. O PAN terá expressiva vitória, enquanto os pequenos partidos vão ser esquecidos com exceção do Livre, que merece a estreia na AR e a IL abertamente liberal, sem ser fascista, e, quiçá, o Chega, claramente fascista.
Avizinham-se tempos difíceis e Marcelo, sem uma maioria coerente, é o único vencedor das eleições, mantendo a sua influência e a capacidade de reconduzir a direita ao poder.
Não vejo possibilidade de se repetir o apoio do PCP e BE ao PS sem cedências que o PS não pode fazer. É pena, mas fica o exemplo da legislatura que provou ser arco do poder o que a AR decide, e António Costa será recordado pela decisão histórica de não aceitar que haja partidos proscritos.
Tancos e Sócrates, Tancos e os próximos incêndios, Tancos e os incêndios de Pedrógão, Tancos e a descoberta do Papagaio-Mor, Tancos e outros escândalos guardados virão aí.
As feridas da campanha eleitoral entre os partidos de esquerda estão demasiado vivas. Segue-se o ruído!
Comentários
Deve funcionar como um alerta para todos os que consideravam o regime saído do 25 de Abril estava imune às derivas populistas da extrema-Direita, que varrem a Europa.
Não estava e o perigo do alastrar da mancha agrava-se.