Operações policiais – Rota Final e Tancos
A campanha eleitoral para as legislativas arrasta-se com a lama a salpicar toda a política num processo que, a seu tempo, a Justiça aclarará. O julgamento está a fazer-se na rua e nos media, com profissionais da indignação a soprarem as vuvuzelas da direita e órgãos da comunicação social, os que têm acesso a segredos de justiça a alimentarem o ruído.
Deixou de interessar quem roubou o material de guerra, importa averiguar se alguém do Governo ou da PR soube dos contornos da exótica devolução, instrumentalizando a AR para o que devia ser do estrito foro judicial.
A comunicação social do costume, a que tem acesso ao segredo de justiça, e os partidos que veem no oportunismo a possibilidade de ganharem alguns votos, não notam que é a democracia que fragilizam e as portas da extrema-direita que escancaram.
Curiosamente, este oportuno processo de há dois anos explodiu na campanha eleitoral e fez esquecer os processos de uma pretensa rede de corrupção de autarcas do PSD com a transportadora de alunos, onde o alegado cabecilha, também suspeito de participar num plano para obter fundos comunitários para financiamento de uma festa de Carnaval em 2014, juntamente com outros autarcas do PSD, viu a proposta de detenção substituída pela caução mínima, com perigo de fuga para Bruxelas, o que sucedeu para tomar posse de eurodeputado dois dias depois e obter cinco anos de imunidade parlamentar, onde Paulo Rangel não viu inconveniente e Rui Rio não quis antecipar-se aos Tribunais.
Não vi nesta campanha eleitoral referências à acusação a presumíveis beneficiários de crimes cometidos pelos autarcas do PSD, enquanto a D. Cristas ululava pela reunião da AR e o próprio Rui Rio, com um membro da sua direção no exílio dourado de Bruxelas, deixou escapar o pé para a chinela a respeito de Tancos.
Presumíveis autores de crimes de corrupção, com benefício próprio, não causam alarido, e presumíveis ocultadores dos truques para recuperação de armas, dando por adquirido que os conheciam, serviram para a campanha torpe em que nem Fernando Lima e José Manuel Fernandes seriam capazes de reincidir.
Pedrógão e a Operação Marquês já não conseguiam fazer esquecer quatro anos de boa governação, logrou-o o ruído mediático com um caso de polícia, onde parece claro que a PJ pretende a extinção da PJM.
No caso dos autarcas as acusações surgiram depois da votação para eleições europeias, no que se refere a Tancos caiu durante a campanha das legislativas.
Muitos do que ora embarcaram no coro do ruído, hão de arrepender-se de não terem guardado um pudico silêncio.
Deixou de interessar quem roubou o material de guerra, importa averiguar se alguém do Governo ou da PR soube dos contornos da exótica devolução, instrumentalizando a AR para o que devia ser do estrito foro judicial.
A comunicação social do costume, a que tem acesso ao segredo de justiça, e os partidos que veem no oportunismo a possibilidade de ganharem alguns votos, não notam que é a democracia que fragilizam e as portas da extrema-direita que escancaram.
Curiosamente, este oportuno processo de há dois anos explodiu na campanha eleitoral e fez esquecer os processos de uma pretensa rede de corrupção de autarcas do PSD com a transportadora de alunos, onde o alegado cabecilha, também suspeito de participar num plano para obter fundos comunitários para financiamento de uma festa de Carnaval em 2014, juntamente com outros autarcas do PSD, viu a proposta de detenção substituída pela caução mínima, com perigo de fuga para Bruxelas, o que sucedeu para tomar posse de eurodeputado dois dias depois e obter cinco anos de imunidade parlamentar, onde Paulo Rangel não viu inconveniente e Rui Rio não quis antecipar-se aos Tribunais.
Não vi nesta campanha eleitoral referências à acusação a presumíveis beneficiários de crimes cometidos pelos autarcas do PSD, enquanto a D. Cristas ululava pela reunião da AR e o próprio Rui Rio, com um membro da sua direção no exílio dourado de Bruxelas, deixou escapar o pé para a chinela a respeito de Tancos.
Presumíveis autores de crimes de corrupção, com benefício próprio, não causam alarido, e presumíveis ocultadores dos truques para recuperação de armas, dando por adquirido que os conheciam, serviram para a campanha torpe em que nem Fernando Lima e José Manuel Fernandes seriam capazes de reincidir.
Pedrógão e a Operação Marquês já não conseguiam fazer esquecer quatro anos de boa governação, logrou-o o ruído mediático com um caso de polícia, onde parece claro que a PJ pretende a extinção da PJM.
No caso dos autarcas as acusações surgiram depois da votação para eleições europeias, no que se refere a Tancos caiu durante a campanha das legislativas.
Muitos do que ora embarcaram no coro do ruído, hão de arrepender-se de não terem guardado um pudico silêncio.
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