DIA INTERNACIONAL DE COMEMORAÇÃO EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO – 76.º aniversário da libertação de Auschwitz
Em menos anos dos que já vivi, assisto à amnésia coletiva que invade a Europa, onde os herdeiros do nazi/fascismo aparecem agora, exonerada a liturgia, com os mesmos ideais que lançaram a Europa e o Mundo numa guerra que, a repetir-se, será a última.
Minimizam-se os campos de concentração do sul da Polónia,
onde o Terceiro Reich fez da morte indústria, do racismo religião, e da
crueldade o método que tolheu adversários. Há 76 anos em Auschwitz-Birkenau, os
ciganos, judeus, deficientes e homossexuais que aguardavam a morte foram libertados
com a chegada do exército soviético.
Quando quase 12% dos portugueses se esqueceram, se acaso o sabiam,
que 2,5 milhões de homens, mulheres e crianças foram gaseados ali e nos 45
campos satélites, por torcionários do Terceiro Reich e colaboracionistas
polacos, e mais 500 mil mortos à fome e de doença até à libertação dos
sobreviventes, em 27 de janeiro de 1945, temos obrigação de lho recordar.
Esquecer esse dia é ser cúmplice da mais atroz das ideologias, do mais bárbaro racismo e da maior alienação coletiva. Calar aos filhos e netos o horror dos que aí morreram nas câmaras de gás ou deixar de lembrá-los aos que já votam em partidos herdeiros da sanha racista, nacionalistas e xenófobos, é colaborar na repetição trágica da História.
Comentários
As objetivas foram o facto de as fábricas, caminhos de ferro, minas etc. estarem intactas a a trabalhar, durante a Republica de Weimar. As subjetivas, foram o sentimento de medo e repulsa que a grande maioria dos alemães sentiam pelas ideias comunistas, e a consequente vontade de "fazer a Alemanha grande de novo".
O sentimento anti judeu pode ter jogado algumas cartas, mas foram muito poucas, certamente.