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A mostrar mensagens de maio, 2005

Notas soltas: Maio/2005

1.o de Maio – O entusiasmo e a força das comemorações empalidecem com a ameaça neoliberal, o furor do individualismo e a chaga do desemprego a alastrar. Timor – A detenção e agressão a dois portugueses na residência do bispo de Díli e o julgamento popular por manifestantes católicos são o início de uma teocracia e um vigoroso ataque aos mais elementares princípios do Estado de direito. PSD – Marques Mendes, ao vetar as candidaturas de Isaltino Morais e Valentim Loureiro às câmaras de Oeiras e Gondomar, respectivamente, comprometeu a liderança mas deu uma lição de ética a outros partidos. Tem ainda um acto de higiene cívica à sua frente – afastar Alberto João Jardim. Inglaterra – A reincidente vitória de Tony Blair mostra que os ingleses têm um ressentimento maior aos conservadores do que à invasão do Iraque, mas não há desculpa para um bom governante ter embarcado numa aventura idiota e criminosa. USA – A condecoração atribuída a Paulo Portas, na sequência da compra de duas fragat

Ponte Europa

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O «Ponte Europa» nasceu no dia 25 de Fevereiro com o entusiasmo do Mário Ruivo e um artigo de André Pereira. Transformou-se no produto honesto de um grupo heterogéneo de pessoas de esquerda que se esforça por defender princípios e discutir ideias. É um blogue regional que olha as margens do Mondego e não se queda no horizonte visual da cidade em que quase todos vivemos. O «Ponte Europa» pode ser, se nós quisermos, o ponto de encontro de democratas de vários matizes cujo objectivo principal é a defesa da democracia e da ética republicana, sem deixarmos de defender causas e pessoas de esquerda que se identifiquem com o socialismo democrático. Em face do gráfico das visitas contabilizadas às 18h00 do dia 31 de Maio, podemos dizer que é um êxito. Para prolongá-lo no tempo, defendê-lo dos adversários e, sobretudo, protegê-lo dos inimigos, vai exigir dos que quiserem continuar esta caminhada muita dedicação e perseverança. Têm a palavra os colaboradores. Carlos Esperança

Pinóquio

"A madeira na qual se esculpiu Pinóquio é a própria humanidade." ( Benedetto Croce)

IVA

Rodrigues, Carla , Parente, Paulo e d'Uva, Teresa Bago (Novembro, 2002) SUMÁRIO: Em 2002 procedeu-se ao aumento da taxa normal do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em 2 pontos percentuais, como uma das medidas de emergência necessárias para a consolidação orçamental, incluídas no Orçamento Rectificativo. Subjacente a esta decisão poderá estar o facto do IVA ser simultaneamente um imposto de tratamento administrativo relativamente simples e com elevado peso nas receitas fiscais. No presente estudo são analisados os efeitos distributivos desta medida, considerando as cargas fiscais do IVA em relação à despesa, ao rendimento total e ao rendimento monetário. Os dados utilizados resultam do Inquérito aos Orçamentos Familiares de 2000, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística. Considerando a carga fiscal em relação à despesa, o IVA é um imposto progressivo com um impacto na carga fiscal tanto maior quanto maior é o nível de rendimento dos agregados familiares. Porém, con

Teorias orçamentais

Public Debt Neutraly and Private Consumption some Evidence from the Euro Area Afonso, António ( ISEG ) ou ( IGCP )(Junho, 1999, versão inglesa) SUMÁRIO: A neutralidade da dívida pública e a questão da Equivalência Ricardiana têm sido um dos assuntos mais frequentemente abordados e investigados pela moderna macroeconomia. Segundo a análise macroeconómica convencional, a dívida pública tem efeitos sobre a economia pois os consumidores encaram a dívida pública como riqueza líquida. Então, quanto maior for a dívida pública mais ricos se sentem os consumidores e mais tendem a consumir. Este texto resulta de uma leitura da literatura sobre a neutralidade da dívida pública e respectivas implicações para o consumo privado. O texto apresenta ainda os resultados de cálculos efectuados para a área do Euro os quais parecem lançar algumas dúvidas sobre a validade da hipótese Ricardiana para este conjunto de países

Criatividade noticiosa

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O que pode fazer uma cultura diferente pela criatividade noticiosa. Carlos Esperança (Clique na imagem para aumentá-la)

Santana Lopes dixit

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«Esta democracia – em que não faz mal esconder a verdade para ganhar as eleições (...) não é a democracia com que sonhei». Pedro Santana Lopes, Diário de Notícias , 29-05-05, citado pelo «Público» de 30-05-05. (Diz-se, pg. 8) Nota: Eis um exercício tardio de autocrítica, de quem anunciou o fim da austeridade, e uma crítica vigorosa ao Orçamento de Estado elaborado por Bagão Félix.

Andam por aí

Olhamos à volta e vemo-lo(a)s!! Andam por aí. Com características culturais e até físicas que marcam a diferença, no já mosaico português! Oriundos donde o sol se põe longínquo ou próximo. Por terra, por mar e por ar... Vêm fugidos: da insuficiência dos recursos naturais, da falta e da insegurança de emprego, da ausência de horizontes para si e para os seus; de um desajustamento entre o sistema político e a aceitação ao mesmo; da participação em conflitos armados; do receio da perda de privilégios ou de património... enfim, da Liberdade de se sentirem cidadãos! Vêm ao encontro: de uma língua difícil mas quente; de um código de valores e organização social diferentes... enfim, de Portugal! Apesar do desemprego, do déficit, do aborto, da Constituição Europeia, do aumento da reforma para 65 anos, da greve do dia 17/06, e...e... ainda somos um país com a nobreza do gesto de receber de braços abertos! Bem- Vindos Imigrantes!! Vêm e trocam: experiências; histórias; ideias, capacidade t

Professores

Novamente os erros no concurso de professores! 20 milhões de euros foi quanto custou ao Estado e aos contribuintes, os erros de colocação de professores em 2003/04. Devido sobretudo aos horários zero e reforço do horário semanal! “40 milhões de euros” ocultos (que os nossos governantes por vezes se esquecem) foi quanto custou ou custará a curto, médio ou longo prazo a docentes, alunos, pais e à comunidade em geral!

Parece que o espírito da Tomada da Bastilha se revelou ontem, com forte intensidade.

Como este BLOG é plural, republicano e democrático, venho dizer que estou feliz com o NÃO esmagador dos franceses. É altura de pensar a Europa, mas envolvendo os cidadãos. A não ser assim, um dia destes temos guerrilhas dentro da Europa e consequentemente a Guerra. A História ajuda a perceber isso. Isto não significa o fim da Europa. A Europa tem de dar é passos mais curtos, como já fez nos avanços e recuos dos primeiros tempos. Quarta-feira espero o mesmo dos holandeses.

A França disse NÃO

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A esquerda mais utópica e a direita mais arqueológica uniram-se numa conspiração contra a Europa. Não é apenas um projecto de paz, desenvolvimento e tolerância que se interrompe. É a própria França que se isola. A Constituição recusada pelos franceses não é um texto suficientemente virtuoso para que possa agradar a gregos e troianos mas era o compromisso possível para a sobrevivência de um projecto cujas potencialidades estavam longe de esgotadas. Esta arreliadora travagem pode ser ainda o início de um novo arranque mas, em princípio, é o fim de um sonho que começou a morrer em Paris, a que se segue a Holanda e que o Reino Unido verá com satisfação maioritária. Para a Turquia pode ser o princípio do fim de uma experiência bem conseguida de democratização em curso e da supremacia do poder de Estado sobre a influência clerical. A Europa pode continuar com uma só moeda, com a livre circulação de pessoas, mercadorias e serviços, mas não terá um projecto para ombrear com os EUA e outras pot

Luís Nobre Guedes

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Corre por aí que o antigo ministro do Ambiente, destacado militante do CDS/PP, tem grandes afinidades com o novo Papa Bento XVI. Ambos gostam muito do Espírito Santo. Carlos Esperança

A Senhora do Monte (Crónica)

Nas aldeias da Beira Alta era hábito rezar, pelas intenções plenárias de cada mês, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, ir ao confesso e à eucaristia e, assim, alcançar as indulgências exigidas para a salvação da alma. Podia parecer injusto pôr garotos a rezar por pecados dos adultos, mas já se sabia que outros garotos o fariam quando adultos se tornassem esses para apreciar os pecados. Ficavam as rezas para as mulheres, que sempre as fariam, para os que ainda não sabiam pecar e para os que, sabendo, já não podiam. Era assim, há meio século, e disso não se livrou a criança que fui. Além das devoções locais outras havia que se cumpriam em paróquias próximas, que os transportes não permitiam lonjuras, com dia certo e local aprazado. A Senhora do Monte era um desses destinos. Guardo da infância o gosto por romarias. Os santos domiciliavam-se no alto dos montes para ficarem a meio caminho entre os devotos que lhes pediam e o céu que os atendia. Eram mensageiros dedicado

Bom dia, França

O NÃO francês vai ganhar. Confesso que me sinto desiludido. Uma boa parte da esquerda vai votar com a pior direita, a de Le Pen. Enfim, os povos são soberanos. Temos de nos confrontar com um futuro mais sombrio. A França faz perder à Europa a grande oportunidade de se tornar uma potência mundial. A paz e a segurança serão mais precárias. A economia só tem a perder. Até logo, companheiros do SIM. Vamos assistir à explosão de alegria dos partidários do NÃO - uns porque esperam uma Constituição melhor, outros porque odeiam qualquer Constituição Europeia. Os primeiros não sabem se terão uma segunda oportunidade e os últimos desejam que a não tenham.

O começo de uma ditadura

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Salazar Faz hoje 79 anos que um golpe militar deu origem, em Portugal, a uma das mais longas ditaduras mundiais do século passado. Há um misto de medo e de vergonha quando se recorda a figura sinistra do ditador. Aqui fica uma das mais tenebrosa e enigmáticas figuras de um Portugal beato, rural e analfabeto – Oliveira Salazar. Não é, naturalmente, uma homenagem. É um exorcismo. Para que nunca mais se repitam as torturas, o degredo, as prisões políticas, os Tribunais Plenários, o exílio, as denúncias e as perseguições. Para que os espancamentos e a brutalidade das polícias sejam erradicadas. Para que o medo, a fome e a guerra sejam apenas uma dolorosa recordação dos mais velhos. Carlos Esperança

Autonomia madeirense

Numa atitude que só pode ser considerada como provocação e desafio ao Governo, Alberto João Jardim concedeu ponte no dia de hoje e informou que, este ano, haverá mais 890 novos funcionários, um acréscimo de 11% em relação a 2004. Todos somos responsáveis pelos desmandos a que chegou o Governo Regional da Madeira. Agora a pergunta é: Até quando?

PONTE EUROPA

Os colaboradores do «Ponte Europa» desejam manter abertas as caixas de comentários dos artigos publicados. É uma forma de interacção com os leitores que nos enriquece. Quem critica presta um serviço a quem escreve e contribui para a necessária reflexão e eventual autocrítica. São, pois, bem-vindas as críticas. O «Ponte Europa», não sendo um blogue monolítico, tem uma orientação claramente de esquerda, moderada e tolerante. Combate a direita mas defendê-la-ia se a sua legitimidade fosse posta em causa, porque o maniqueísmo não é nosso apanágio, não acreditamos em verdades absolutas e defendemos o pluralismo sem ambiguidades. Não poderão surpreender-se os nossos leitores se eventualmente houver benevolência para os partidos de esquerda e menor tolerância para os da direita. Não somos de facto simpatizantes dos partidos da coligação, de triste memória, que ocupou o poder até há pouco. No que me diz respeito, não enjeito algum facciosismo em relação à área política em que me insiro. Não so

Delegação da Cultura do Centro

A ser verdade que o cargo já está decido, venho dizer que é pena não se terem lembrado de ANTÓNIO VILHENA. Este cidadão tem todas as condições para exercer tal função. É pena que se não faça justiça.

Vamos combater a crise 2

Recebi um email onde se falava da "crise". Desse email retirei uma passagem que quero partilhar convosco, porque não sei se será verdade. Será isto verdade? (...) Nem tudo vai mal nesta nossa República (Pelo menos para alguns) Com as eleições legislativas de 20/Fevereiro, metade dos 230 deputados não foram eleitos. Os que saíram regressaram às suas anteriores actividades. Sem, contudo saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam as funções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei (deles) a um subsídio que dizem de reintegração: - um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo. Desta maneira um deputado que o tenha sido durante um ano recebe dois salários (6.898 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários (68.980 euros). Feitas as contas e os deputados que saíram o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros. No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma (mesmo que

Falta de memória ou de vergonha?

Vários economistas do PSD e do CDS, não podendo negar a situação catastrófica do défice público nem as previsões do Banco de Portugal, que apontam para 6,83% do PIB, aproveitaram para ridicularizar a inclusão de duas casas decimais na previsão. Esqueceram-se de que em Setembro de 2003 Manuela Ferreira Leite corrigiu a previsão anterior do défice para 2,944%.

Desfaçatez

Ontem, na RTP-1, no programa «Prós e Contras», Eduardo Catroga atribuiu a responsabilidade do défice aos Governos de Guterres. Ninguém explicou como foi possível à coligação PSD/CDS ter herdado um défice na casa dos 4%, ter vendido património, congelado vencimentos e deixar uma herança a rondar os 7%. Bagão Félix, a quem um competente gestor ainda disse que se ele fizesse um orçamento para a Empresa que lidera, tão irreal e demagógico como o último Orçamento de Estado, seria imediatamente despedido, nada explicou a esse respeito. Mas Bagão Félix, perante a crise aprofundada pelo Governo da coligação de direita de que fez parte, ainda encontrou forma de fazer uma advertência ao actual Governo. Preveniu do perigo para as finanças públicas que pode resultar da legalização do aborto. Aquele homem está mais talhado para sacristão do que para governante.

António Guterres

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António Guterres foi nomeado por Kofi Annan Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, de um leque de oito candidatos. Como disse Freitas do Amaral: «todos eram excelentes mas António Guterres era o melhor». A notícia dada sobre a hora por Nuno Moita, aqui no « Ponte Europa » merece alguns comentários: Em primeiro lugar é uma vitória pessoal de um político de excepcional gabarito e de enorme sensibilidade social. Para os socialistas é um motivo de orgulho por verem reconhecido internacionalmente o valor de quem foi um dos mais bem preparados primeiros-ministros de Portugal, desde sempre, e um notável presidente da Internacional Socialista. Para os portugueses é um estímulo para o seu amor-próprio. Para os refugiados é um motivo de esperança por terem um cidadão com as qualidades do nomeado para resolver os dramas pungentes que percorrem o mundo e envergonham a humanidade. Para Portugal é efectivamente uma perda. Carlos Esperança

Afinal, a culpa é nossa!!!

José Sócrates manifestou-se chocado quando teve conhecimento da real dimensão do défice! Jorge Coelho, em representação do PS, de pronto saltou "em cima" do PSD acusando-o de irresponsabilidade e de deixar o país numa situação catastrófica. O PSD logo respondeu que a culpa é de António Guterres (que já há três anos qu não manda nada em Portugal) e que se não fosse o PSD de Durão estaríamos bem pior. Bagão Félix, interpelado, refutou responsabilidades, pois só lá esteve três meses e mal teve tempo para preencher o totobola; já Manuela Ferreira Leite, ao mesmo tempo que se diz curiosa para ver como é que vai ser agora, afirma que se não fossem as políticas de austeridade por ela impostas, a situação seria incontrolável; e ironiza que a criticavam tanto por ela só falar no défice, mas agora ninguém fala de outra coisa. (Ainda não ouvi ninguém dizer que a culpa era do Cavaco!! estamos à espera ...!!) PS e PSD (des)responsabilizam-se mutuamente. Mas afinal de quem é a culpa? pergu

GUTERRES

“António Guterres é o novo alto comissário da ONU para os refugiados “ 24.05.2005 - 15h39 PUBLICO.PT Parabéns António Guterres. A escolha não só prestigia o político como engrandece o País.

O DÉFICE

"Vítor Constâncio: agravamento do défice provocado por gastos excessivos do Estado 23.05.2005 - 17h15 PUBLICO.PT O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, disse hoje, em conferência de imprensa, que a derrapagem orçamental de 6,83 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou a dever-se à desorçamentação na saúde, salários dos funcionários públicos, Instituto de Estradas de Portugal, segurança social e Caixa Geral de Aposentações. O Serviço Nacional de Saúde apresenta um défice previsível de mais 1512 milhões de euros, "que não estavam orçamentados", referiu Vítor Constâncio.Os fundos para os serviços dos funcionários públicos, relativos aos salários e às progressões automáticas das carreiras, indicam uma insuficiência de 360 milhões de euros que terão de ser repostos pelo actual Governo. Mais 458 milhões de euros dizem respeito ao buraco do Instituto de Estradas de Portugal; 599 milhões de euros são atribuídos à segurança social; e 228,3 milhões representam

Apelo à discussão

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Carlos Felício

Benfica

É Águia, é Garra, é Querer! É BENFICA! Parabéns pela vitória no Campeonato da 1ª Liga! Parabéns por seres uma grande instituição, que transporta para todo o mundo o nome do nosso Portugal! Parabéns por, ao longo dos anos, teres conseguido cativar jovens e menos jovens, para a prática desportiva e usufruto de um espaço que também é de lazer!

No interesse de Coimbra

Caro edil da minha terra: Dr. Carlos Encarnação, Escreves um texto eleitoral (vide Jornal As Beiras de 23/05/05), tendo em vista cativar os conimbricences. Fazes bem! É teu direito. Também teu dever. Pois escolheste para ti, a actividade de trabalhar para as populações, quer seja na Assembleia da República ou na Autarquia. Na primeira, pouco ou nada nos informaste do que por lá fizeste. Desculpa-me se me engano, mas vá se lá saber porquê! Bem, não é da Assembleia que te quero falar, mas sim do teu trabalho na Autarquia. Este não deixa de ser benéfico para Coimbra, mesmo quando utilizas os feitos, as conquistas e as lutas de alguém que te precedeu, para agora mostrares ao eleitorado obra feita! Pois bem, simpático edil... sim, és simpático. Mas se mal te pergunto, por que razão te esqueceste de referir que a “ponte para lugar nenhum, o hospital para ninguém, a estrada sem fim, a esquadra sem dotação orçamental, a obra sem terreno”... não vale a pena ser mais explícita e dar exemplos mai

Tempos do Café Martinho (Crónica)

Não sei se resultaria hoje o truque que há quase quatro décadas era de uma eficácia surpreendente. À saída do metropolitano, no Rossio, previamente combinados, alguns jovens parávamos entre os transeuntes e perscrutávamos fixamente um qualquer ponto no horizonte. Pouco depois, enquanto nos raspávamos, ficavam dezenas, mesmo centenas, de mirones a olhar sem saber para onde nem descobrir porquê, a atrapalhar a circulação e a atrasar o regresso a casa. Era um gozo dos diabos, que arreliava a polícia e danava quem tinha pressa. Depois era o encontro no Café Martinho, sem nunca aludirmos ao facto, não fosse o diabo ou a polícia descobrir. Começámos a encontrar-nos no mês de Maio de 1966, ao fim da tarde e após o jantar. Descíamos à cave onde, à chegada, havia palavras cruzadas para resolver no Diário de Lisboa, antes de nos envolvermos em intermináveis conversas sobre a guerra que nos afligia e a tragédia do regime que teimava em sobreviver. Na mesa ao lado dois senhores – mais tarde saberí

A Democracia, os Partidos e o Mar

“As correntes democráticas, ao longo da história, fazem lembrar a rebentação contínua das ondas. Quebram sempre no momento em que se enrolam e se abatem com fragor. Mas renascem sempre. O espectáculo que oferecem contém ao mesmo tempo factores de encorajamento e de desespero. Logo que a democracia atinge um certo estádio do seu desenvolvimento, inicia-se um processo de degeneração, adopta um espírito aristocrático, em parte adquire também formas aristocráticas e torna-se idêntica À quilo que em tempos procurara combater. È então que do seu próprio seio se levantam as vozes que a acusam dos privilégios oligárquicos. Mas depois de um período de combates gloriosos e de um período de participação cinzenta na dominação, também estes antigos acusadores acabam por se dissolver na classe dominante. E contudo, contra eles levantam-se uma vez mais novos combatentes pela liberdade empunhando a bandeira da democracia. E não encontra fim este drama que ferozmente se desenrola entre o incansável ide

A casa e a prisão

Uma pequena estória... Um dia, um jovem acompanhado de uma amiga, procura uma imobiliária com o objectivo de comprar casa. Rapidamente, o dono da imobiliária, faz um dos seus funcionários assessorar a intenção do jovem. Combinam, entretanto, ir ver um apartamento (o jovem, a amiga e o funcionário). Chegados ao local, a amiga, alerta o jovem para o facto do funcionário ter entre os dedos indicador e polegar, tatuada uma face de dominó com cinco pontos, explicando-lhe que significava que esteve preso ( o ponto do meio seria o homem e os restantes, quatro paredes). O jovem de imediato ligou ao pai para lhe contar o sucedido, este último, aconselhou o filho a ir-se embora, pois iria ser enganado. Se você fosse o jovem, o que faria: a) Seguia o conselho do pai, porque uma vez desviante toda a vida desviado b) Deixava o ex- presidiário terminar o seu trabalho c) Deixava o funcionário terminar o seu trabalho d) Chamava a polícia, porque aquele homem esteve na prisão e nunca de lá dev

Constituição europeia.

Como já aqui disse vou votar “Não” no referendo à constituição europeia. Na altura apontei algumas razões, felizmente Pacheco Pereira lançou um blog onde o meu “não” encontra outro sentido e se não confunde com outros. O meu “Não”, é pela Europa, para que pense sobre o seu destino, que consolide os sucessivos alargamentos e que encontre os seus cidadões. Vejam: http://sitiodonao.weblog.com.pt/

O desemprego em Coimbra

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Todos sabemos que um presidente da Câmara pouco pode fazer pelo emprego no seu concelho, mas todos nos lembramos de que Carlos Encarnação fez a sua anterior campanha a dizer que queria para Coimbra «mais e melhor emprego». É o que se vê. Carlos Esperança

Parabéns, Mário Ruivo

CENTRO DISTRITAL - Mário Ruivo volta à Segurança Social Mário Ruivo, que exerceu funções de director do Centro Distrital de Coimbra da Segurança Social no último Governo de António Guterres, regressa ao cargo a partir de segunda–feira, sucedendo a Oliveira Alves, que liderou o Centro nos últimos três anos. Fonte: Diário as Beiras de 21-05-2005

Terrorismo religioso

O «Diário as Beiras» não pode assumir a responsabilidade pelos despautérios dos seus colaboradores. Não acusarei, pois, o simpático diário de cúmplice na campanha de terrorismo que grassa em certos meios. É até um sinal de pluralismo que pode provocar justa repulsa pelas posições defendidas. Em 19 de Maio, o pio colaborador Joaquim Cardozo Duarte (JCD) faz a apologia dos dislates do padre Domingos de Oliveira que na paróquia de Lordelo do Ouro, no Porto, vocifera contra o preservativo e o aborto. No seu artigo «Aborto e infanticídio» afirma: «O que o padre Domingos disse está certo e mais não é do que aplicar a uma situação concreta o que o Evangelho da Vida, a Encíclica de 1995 de João Paulo II, propõe, sobre a inviolabilidade da vida humana, desde o momento da concepção até à morte natural» [sic]. Acontece que o padre que mereceu a total concordância de JCD afirmou textualmente: «matar uma criança no seio materno ainda é mais grave do que matar uma menina de 5 anos». Para cúmulo, tão

FINANCIAMENTO DOS PARTIDOS

[o Financiamento dos partidos] é o pecado original da democracia Portuguesa”- Pedro Norton- Visão 19/05/05. Concordo com a opinião, defendo, aliás, que o Estado devia entregar aos partidos subvenções anuais significativas e suficientes para que não houvesse necessidade dos partidos recorrem ao financiamento privado (quer de pessoas colectivas , quer de pessoas singulares), o qual deveria ser proibido. Nos últimos anos têm sido dados passos no sentido de tornar o financiamento dos partidos mais apertado, e mais fácil de controlar, mas devemos ir mais além e isso passa pela “sustentação” dos partidos políticos , enquanto garantes do sistema democrático, pelo Estado. Esta é um medida essencial para minorar os efeitos negativos do chamado “lobbying” empresarial e impedir o surgimento de situações ”nebulosas” em torno dos partidos e, por consequência , em torno do regime democrático. E nem estou a falar desta temática só pelos sobreiros. Nuno Moita da Costa

Humor lusitano

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(Foto aérea. Autor não identificado) O edifício «Casa da Música», de grande arrojo arquitectónico e uma enorme mais valia para a cidade do Porto, já foi apelidado de «CORETO». Carlos Esperança

Leonor Beleza tem razão

Leonor Beleza defendeu anteontem a «total separação das águas entre gestão política e a administração pública, que deve ser profissional e não partidarizada». Pessoalmente acho que tem inteira razão e que não podemos continuar com a vergonha das nomeações políticas, inclusive para cargos intermédios. É necessário e urgente que se recupere o pudor republicano. Lamento que Durão Barroso tivesse extinto os concursos criados por António Guterres e que se atingissem níveis insuportáveis de compadrio cuja culminância se verificou no santanismo. Paulo Portas e os amigos a quem distribuiu pastas ministeriais ficarão na história como o paradigma do que não se pode fazer do aparelho de Estado. Quando Leonor Beleza e Marcelo endossaram o PSD a Durão Barroso deviam tê-lo advertido para os prejuízos que tal comportamento causaria ao País. Mas, vale mais tarde do que nunca.

Encarnação regressa a Lisboa?

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J. B. César/Fotos de Coimbra Carlos Encarnação, pio edil de Coimbra, cuja decisão mais emblemática foi a mudança de nome à Ponte Europa, vai certamente renunciar à recandidatura à presidência da Câmara. Compreende-se o desconforto de quem se candidatou há quase quatro anos prometendo mais e melhor emprego e de quem se propunha fazer melhor do que Manuel Machado. Agora que se gorou a promessa recente, feita com toda a solenidade, de fazer depender a sua candidatura da «resolução da questão do metro», só tem uma forma de salvar a face e de não dar explicações sobre a Empresa que geriu o processo – pedir desculpa aos munícipes e regressar à anterior actividade. Carlos Esperança

Agradecimento

Parece trágico, mas não deixa de ser fascinante. Proponho que se reescreva a peça, à medida que se vão (re)produzindo os episódios. Temos que lhe dar um final de comédia. A ideia pode ser simples: de acordo com a teoria literária do géneros decorrente da Poética de Aristóteles, o drama sub-divide-se em tragédia e comédia. Simplificando, mal e depressa: A tragédia começa bem e acaba mal A comédia começa mal e acaba bem. Com um teste americano de cruzes sobre um qualquer conjunto de obras literárias de qualquer época, bate sempre certo. Os protagonistas estão fadados ao destino que lhes é ditado pelos autores dramáticos. Os heróis da vida real, quando o são ou procuram ser , escolhem e moldam os respectivos destinos. Os heróis, frequentemente são loucos e, geralmente, reconhecidos apenas postumamente. O final do Sec. XX ensinou-nos que os pobres ao escolherem a táctica da guerrilha, alcançaram vitórias sobre exércitos muito mais poderosos, que se moviam pelo modo clássico /convencional.

Vemo-nos por aí (2)

Mário Ruivo foi o fundador deste blogue. Deve-se-lhe o entusiasmo e a dedicação para que atingisse o actual nível de notoriedade e importância. O Ponte Europa é a continuação do «Veritas» e um lugar de encontro de pessoas de esquerda, moderadas, e que gostam de política. Mas é ainda, e sobretudo, um lugar de quem não renuncia à cidadania e se compromete na defesa da liberdade. Há 31 anos terminou o pesadelo de uma das mais longas ditaduras do mundo. Hoje, gozamos de direitos, liberdades e garantias que só o Estado de direito assegura. Mas não nos resignamos apenas ao exercício cívico do voto. Gostamos de intervir. O Mário Ruivo defende esses valores e bate-se por eles. Não pensou que a nossa opção por ter abertas as caixas de comentários dos artigos se transformasse na oportunidade cobarde de fazer insultos a coberto do anonimato. E ele foi a vítima predilecta de comportamentos crapulosos. Não apagou os insultos e bastava um clique. Resolveu sair. Diz que vai andar por aí. Espero que v

Guterres

António Guterres pode vir a ser o próximo Alto Comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR). No meu entendimento, e ao contrário da maioria das opiniões que tenho lido, Guterres está a apostar no seu curriculum. Dos biliões de seres humanos que ocupam este planeta, 5 podem almejar ocupar um lugar de relevo internacional (OK, já sei que só algumas dezenas de milhar é que poderiam ter algumas hipóteses). Para um país que se envaidece com o 2º lugar no campeonato europeu de futebol, com a presença em três finais europeias de futebol consecutivas e com um português na presidência da Comissão Europeia (e eu faço parte desse grupo de "vaidosos"), ter um português na "final five" de um prestigiado cargo internacional deve contribuir para o reforço desse reconhecimento internacional de que nos orgulhamos. Pode muito bem o escolhido para ACNUR ser o Francês, o Tunisino, o Dinamarquês ou o Australiano. Nada disso tira valor ao Português que já obteve apoios internacionais de

Vemo-nos por aí

Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo combolas de golfe. A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estavacheio. Todos estiveram de acordo em dizer que "sim". O professor tomou então uma caixa de fósforos e a vazou dentro do frasco de maionese. Osfósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram aresponder que "Sim". Logo, o professor pegou uma caixa de areia e a vazou dentro do frasco. Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o prof.questionou novamente se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um "Sim" retumbante. O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre aareia. Os estudantes riram-se nesta ocasião. Quando os risos terminaram, o professor comentou: Quero q

A hora de Vítor Constâncio!

A hora de Vítor Constâncio! Ao ver o Governador do Banco de Portugal sair de Belém, pensei se não estará o ex-Secretário-Geral do Partido Socialista – em tempos afastado por Sampaio! – a caminho de exercer o lugar primeiro da hierarquia do Estado na nossa querida República Portuguesa! Constâncio teve um trajecto impecável enquanto ex-Secretário-Geral. Ocupando posições chave termos da sua trajectória profissional, aparece hoje como um homem altamente respeitado, senhor de um perfil de imparcialidade e independência face aos partidos políticos e às correntes de opinião na sociedade portuguesa. Homem de cultura e princípios humanistas, homem para quem a ideia-chave serão sempre os cidadãos, as portuguesas e os portugueses, e não uma abstracta ideia de competitividade, ao estilo neo-liberal, que tem trazido regressão a todos os níveis ao nosso país. Constâncio pode bem ser a “surpresa” da esquerda de que Sócrates falou. Em Janeiro de 2006, após umas autárquicas equilibradas, em que nem o

Sporting

Sporting! És uma força da natureza, verde como a esperança que brilha nos teus olhos de leão! Com a tua coragem e garra, vais quebrar o gelo que vem de longe... Força Sporting! Força Portugal! Força Ricardo, supera a tua performance no Portugal-Inglaterra/Euro 2004 e marca tu também, golos!

SIDA

O Ministro da Saúde, Correia de Campos, num Encontro Internacional da Saúde, em Genebra, (Vide Jornal Correio da Manhã de 18/10/05), referiu a importância da prevenção e sensibilização das populações, para a problemática da Sida. Num país que conta já com 1515 casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (até Junho de 2004, segundo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge), é necessário prevenir comportamentos de risco e reforçar a importância do combate à estigmatização e discriminação daqueles que já são portadores!

Eleições presidenciais

A cobardia cívica de alguns e o oportunismo de outros vão deixando que se interiorize na opinião pública a vitória de Cavaco Silva como inevitável. Impede-me o respeito pelo cargo presidencial e, inclusive, pelo cidadão Cavaco Silva, usar a linguagem arruaceira e as ofensas gratuitas que são apanágio da direita miguelista e trauliteira que, odiando Cavaco, se servem dele como vingança contra a esquerda. Dois terços do eleitorado votaram contra uma direita sem princípios, sem rumo e sem tino. A maioria do eleitorado não consente que os derrotados de há pouco exerçam a desforra por que anseiam. São bem difíceis os tempos para confrontos que têm prazos constitucionais definidos e um período de nojo a observar. Há no PS cidadãos de inquestionável valor intelectual e reconhecido mérito. Há na esquerda quem possa desempenhar bem as funções de PR e garantir ao actual Governo um mínimo de tranquilidade para os tempos difíceis que aí estão, que contribua para galvanizar um povo que a «apagada e

Vamos combater a crise...

Paulo Moita de Macedo, o Director-Geral dos Impostos, nomeado pela então ministra Manuela Ferreira Leite, e que aufere 23.840 euros por mês ainda lá continua?

Finalmente!!!

Não é que tenha lá grande importância, mas finalmente aprendi a escrever para esta coisa!! Que se há-de fazer?! infoanalfabetos!! mas o Mário lá teve a paciência de me explicar. A partir de agora vou tentar contribuir um bocadinho para a discussão. Dar talvez a oportunidade a uns "palermóides" que mandam umas bocas, escondidos por detrás "das linhas digitais", para zurzirem também na minha pessoa. Há quem diga até que eu tenho as costas largas ...

Então isso vai ou não?

Depois de ler o Góis Companheiro fica-me a impressão que há lá qualquer coisa que me faz pensar que o PSD está, nervosamente, preso em qualquer lado!

Já tínhamos ouvido falar

Góis - “Concelho de risco” preparado para o fogo, lia-se nas Beiras O governador apelou também às populações para “que rejeitem todas as tentações de Verão” que possam originar incêndios florestais.

Há CIC?

Se dúvidas havia elas ficaram esclarecidas com a notícia de que este ano não há CIC. As razões têm a ver com problemas de financiamento da autarquia e com provas de atletismo. A Cidade é que fica a pensar se já não há quem corra ou se é preciso correr com eles.

Portagens indevidas nas auto-estradas

Para quem quiser exercer o direito de petição aqui fica o endereço. http://www.petitiononline.com/portagem/petition.html

Sobremesa da Vitória

Ingredientes 1kg de fé 900g de motivação 900g de mobilização 900g estratégia 900g organização 900g ousadia 900g de ataque 900g de sorrisos 900g de trabalho 900g de coragem 500g de medo 900g união Preparação Reduza a puré o medo, junte-lhe a fé e leve a lume a 1000 graus por 5 meses. Acrescente-lhe a motivação e a estratégia e mexa bem até a mobilização e a união parecerem consistentes. Não retire do lume para não arrefecer. Bata energeticamente a coragem até ficar firme e leve também ao lume até prender. Envolva os sorrisos e reserve. Entretanto, forre a forma em trabalho com uma película aderente de fé e coloque tudo no forno sempre aquecido. Termine decorando com rosas frescas e sirva sempre com o ataque em qualquer momento, com um sorriso. P.S. Não se esqueça da organização necessária para elaboração desta sobremesa.

José Staline

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A reabilitação tentada pelo órgão oficial do PCP - o «Avante» - é um insulto a milhões de vítimas, um atropelo à verdade histórica e uma ofensa ao próprio comunismo. O revisionismo histórico é um crime que impede que os erros se transformem em vacina e permite que os facínoras se transformem em heróis. É ainda um erro, porque afasta militantes, impede a adesão de outros e, sobretudo, prejudica a convergência entre partidos de esquerda, tão necessária na luta contra o desvario de uma direita truculenta e as obsessões neoliberais que grassam por toda a parte, sacrificando a justiça e a solidariedade ao único Deus idolatrado - o lucro. Carlos Esperança

A uma vida...

Todos sabemos que vivemos numa sociedade em constante mutação, fruto da própria necessidade humana! Essa mutação, veloz e feroz transporta-nos a todos, quer queiramos quer não, sob o peso de nos excluírmos dos valores da nova era... que não se consolidam dada a velocidade da própria transformação! Frágeis, rapidamente esquecidos e recordados como se de uma antiguidade se tratassem! Solidariedade, cooperação, contrato... humanidade! Quando pensamos em "drogados", as representações sociais e os discursos falados são: marginalidade, insegurança, ilhas isoladas... JÁ! O dever de não nos roubarem, de não se aproximarem dos nosso filhos, de não nos ameaçarem com a seringa, de não nos riscarem o carro, de não os olharmos nos olhos com medo de nos sentirmos simplesmente... humanos!! Falamos sem pensar no que vai por detrás da cortina... consomem porquê? Dramas familiares, destruturação psicológica, punições e perseguições sociais, tantos e tantos outros!... Quando falamos de toxicode

A uma vida...

Todos sabemos que vivemos numa sociedade em constante mutação, fruto da própria necessidade humana! Essa mutação, veloz e feroz transporta-nos a todos, quer queiramos quer não, sob o peso de nos excluírmos dos valores da nova era... que não se consolidam dada a velocidade da própria transformação! Frágeis, rapidamente esquecidos e recordados como se de uma antiguidade se tratassem! Solidariedade, cooperação, contrato... humanidade! Quando pensamos em "drogados", as representações sociais e os discursos falados são: marginalidade, insegurança, ilhas isoladas... JÁ! O dever de não nos roubarem, de não se aproximarem dos nosso filhos, de não nos ameaçarem com a seringa, de não nos riscarem o carro, de não os olharmos nos olhos com medo de nos sentirmos simplesmente... humanos!! Falamos sem pensar no que vai por detrás da cortina... consomem porquê? Dramas familiares, destruturação psicológica, punições e perseguições sociais, tantos e tantos outros!... Quando falamos de toxicode

A jangada florida

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Desapareceram da agenda mediática referências à decisão do grupo parlamentar do PSD/Madeira que retirou a imunidade parlamentar a um deputado do PS, para ser julgado por ofensas verbais a Jardim, a quem chamou «tiranete». Ora, a imunidade serve exactamente para garantir a liberdade política sem constrangimentos. Tem para os deputados a mesma função que a inimputabilidade tem para os juizes. Mas a concepção insular de democracia e o servilismo ao líder vitalício conduziu os deputados do PSD/M a uma decisão iníqua e bizarra. Decisões destas demonstram que os órgãos de administração local são meros prolongamentos do poder pessoal e os seus titulares satélites do sátrapa autóctone, tanto mais chocantes quanto os atropelos à ordem democrática, o desrespeito reiterado aos titulares dos órgãos da soberania, a ligeireza na gestão do orçamento, as provocações e a irreverência, são a imagem de marca do presidente do Governo Regional da Madeira. A. J. J. é incapaz de se conformar com «as denomina

O tolo

Conta-se que numa pequena cidade do interior, um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas. Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas – uma grande de 50 cêntimos e outra menor, de 1 euro. Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos. "Eu sei" – respondeu o não tão tolo assim – "ela vale metade do valor,mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda." Podem tirar-se várias conclusões dessa pequena narrativa: A primeira: quem parece idiota, nem sempre é. A segunda: quais eram os verdadeiros tolos da história? A terceira: se você for demasiado ganancioso, acaba por estragar sua fonte de rendimentos. Mas a conc

Estamos livres de lobis?

Desde há muito que eu venho ouvindo dizer que as cadeias são uma escola, não de virtudes mas de más prácticas. Todos já ouvimos estórias de indivíduos que referem ter sido ali (nas cadeias) que aprenderam a assaltar carros e habitações, que foi ali que concretizaram a sua formação em Percursos Sociais Desviantes. A ideia de instalar na Penitenciária de Coimbra uma "Casa do Conhecimento" pode ser uma fórmula interessante para converter um local de maus hábitos num centro de boas vivências. O problema será se o espaço imobiliário for o de maior impacto e a "Casa do Conhecimento" o alibi.

Duas mulheres, dois gestos de heroísmo silencioso

A brutalidade da violência contra mulheres, perpetrada por tribunais islâmicos, de que a condenação à morte por lapidação, em caso de adultério, é apenas a ponta do icebergue da crueldade atávica, aparece com medonha regularidade referida na comunicação social. Entre a indignação e a revolta vêm-me à memória, vá-se lá saber porquê, dois transplantes de órgãos ocorridos nos Hospitais da Universidade de Coimbra, ambos no ano de 2001. 1 – Num qualquer dia de Abril os médicos removeram uma fracção de fígado de uma mulher saudável. Não foi divulgado o nome nem a idade. Foi apenas uma mulher com muito amor, autora de um gesto nobre, paradigma encantador a dar conteúdo à palavra Mãe. Sem hesitações. Sem medo. Determinada. Serena. Abnegada. Muito perto, noutra cama, esperava o pedaço de fígado da dádiva uma criança para quem a porção de víscera era condição de sobrevivência. No sofrimento foi possível a generosidade da mãe, na angústia a esperança da filha, na agonia a vida de uma criança. É u

Já falaste com o teu Banco?

As suspeitas sobre dirigentes do CDS não devem ser motivo de satisfação nem objecto de luta partidária. São sobretudo motivos de reflexão sobre o financiamento partidário e, eventualmente, sobre a baixa qualidade de pessoas que chegam às cúpulas partidárias. Não são os eventuais ilícitos criminais que nos podem fazer desconfiar dos políticos, em geral. A promiscuidade entre o poder económico e o político devem ser objecto de ponderação, mas não podemos lançar sobre todos os políticos o labéu da infâmia. O facto de um certo número de trogloditas da direita mais cavernícola se ter babado de gozo enquanto se assassinava politicamente o líder do PS no fogo do processo Casa Pia, a que era alheio, não nos deve levar a proceder com a mesma baixeza moral e o mesmo espírito de vindicta. Os crimes comuns são do foro judicial e de interesse jornalístico. Não provam a superioridade moral dos adversários nem a incompetência do seu projecto político. O CDS de Paulo Portas foi incompetente como Gov

Défice real nos sete por cento

Não é preciso que o défice real atinja os 7% anunciados hoje pelo jornal «A Capital». Bastam os 6% que já se davam por adquiridos para que a situação não seja apenas má. É de uma catástrofe orçamental que se trata e de uma imperdoável irresponsabilidade do Governo precedente. Quando Santana Lopes disse que o fim da austeridade tinha chegado ao fim saberia do que estava a falar? O ministro Bagão Félix tinha alguma ideia da pasta que tutelava? Como podem ter deixado o País afundar-se a este ponto depois do impudico exercício de flagelação a que se dedicaram em relação ao Governo do Eng.º Guterres? Claro que nem todos os Governos têm o privilégio de ter nas Finanças um ministro com a qualidade e sensibilidade de Sousa Franco. Mas não se pode chegar à leviandade de confiar os destinos do País a Santana Lopes e as Finanças públicas a Bagão Félix. A coligação PSD/CDS delapidou o património sem conter o défice, congelou os salários da função pública sem equilibrar o Orçamento, passou o tempo

Bolonha, ECTS, Suplemento ao Diploma: palavras-chave para uma reforma do Ensino Superior

O governo “dos pequenos passos” vai fazendo o seu caminho. Agora o Ensino Superior; área em que a reforma e o debate têm estado inquinados desde há cerca de 15 anos pela questão das propinas e onde convivem, lado a lado, a inovação, a excelência e a competitividade, com a sonolência, a permissividade e um certo fascismo social típicos de uma sociedade em transição. Uma Europa com voz no Mundo, portadora de um sentido e apostada em continuar a ser vista como referência no plano internacional, carece de uma Academia plural, dinâmica, e multilingue. Bolonha – símbolo da gloriosa tradição universitária europeia – é agora uma oportunidade para rever conceitos, metodologias e estratégias de ensino. A pergunta a colocar a um Professor não deverá mais ser: “Qual o programa da cadeira?”, mas sim “como vão os seus alunos alcançar essas competências?”. Aos alunos não bastará mais dizer “Fiz a cadeira!”; é necessário que interiorizem que “Aquela cadeira permitir-me-á aprender a resolver aqueles pr

Cavaco e as presidenciais

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O carro de apoio à candidatura de Cavaco Silva já está em movimento. Um dia aparece um artigo do candidato, no outro almoça com antigos governadores civis, depois hão-de aparecer os empreendedores, os universitários e um ou outro artista, algum escritor e meia dúzia de intelectuais para dar colorido ao albergue espanhol dos seus apoiantes. Ele próprio há-de aparecer com um livro que sirva de pretexto a uma reunião social. Cavaco é um homem sério e não merece que o achincalhem por se disponibilizar para ocupar o posto cimeiro do Estado, mais pela carga emblemática do que pelo poder efectivo das funções. Se viesse a ser presidente da República era um direito legítimo do cidadão responsável e respeitável. No entanto, o problema maior são os apoios que se perfilam. Contra a sua vontade, Cavaco é a desforra com que contam os derrotados de 20 de Fevereiro, os oportunistas que ungiram Santana Lopes e os inocentes que confiaram em Durão Barroso. Os indefectíveis do antigo primeiro-ministro ded

Call me Barroso, José Manuel Barroso!

Call me Barroso, José Manuel Barroso! J.M.D.Barroso não tem tido vida fácil em Bruxelas. Escolhido em ‘petit comité’ dominado pelo Partido Popular, o primeiro-ministro que, à frente de uma coligação de direita, conseguiu a proeza de ter 1/3 dos votos expressos no seu próprio país, recebeu como prémio uma ‘Comissão de Serviço’ por 5 anos em Bruxelas, com a garantia de um regresso em ombros à sua Pátria natal – qual filho pródigo! Mas afinal havia mais um qualquer pequeno adereço: o seu velho amigo, um bilionário grego com quem lamentavelmente não passava férias há já muitos e muitos anos, finalmente conseguiu convencer o antigo colega José Manuel para uma pausa no Mediterrâneo, naturalmente acompanhado da Senhora sua esposa e seus simpáticos filhos, antes da cansativa e cinzenta ‘estadia’ em Bruxelas. Estes assuntos da ‘vida privada’ dos ‘grandes líderes’ são agora motivo de interesse não só das revistas cor-de-rosa, mas também dos chamados jornais de referência e mesmo – para grande es

Dia Internacional do Enfermeiros!

Hoje os enfermeiros de todo o mundo comemoram o seu dia! Uma das profissões mais antigas no cuidar da nossa saúde, numa relação de proximidade única! Prescrições médicas e enfermeiros de família, são algumas medidas que esta classe pretende ver concretizadas (vide Jornal Diário de Coimbra de 12/05/05). Porém, não estamos longe do tempo, em que esta reinvidicou regalias relativamente ao crescimento sócio-profissional dos auxiliares de acção médica. Este exercício, levanta-me algumas dúvidas: estas medidas (sobretudo a primeira)não tocarão na área tradionalmente dos médicos?; é apenas uma reavaliação da sua profissão face à evolução da ciência e da própria sociedade?; ou uma resposta ao desenvolvimento da profissão que os auxiliam? O que deverá o Governo fazer?