As faces ocultas da política...
Ontem realizou-se mais um dos habituais debates parlamentares. O tema era Economia, cuja actualidade é indiscutível nestes tempos de insidioso arranque de retoma.
Declarações como as proferidas pelo FMI sobre um eventual – ou inevitável – aumento da carga fiscal para equilibrar o deficit orçamental, que a crise financeira voltou a descontrolar, necessitam de ser explicadas aos portugueses.
Há – continua a haver – um clima de preocupação e de ansiedade sobre os tempos futuros, partilhado por muitos portugueses, nomeadamente para aqueles que, nestes conturbados dias, perderam os empregos e vivem um período de desespero.
As Oposições não o permitiram. A discussão incidiu sobre querelas judiciais e cultivou a chicana política.
Discutiu-se conteúdos de escutas, violações do segredo de justiça e o seu aproveitamento político, o posicionamento do Poder Judicial perante a política que se quer isento e independente, etc.
O PS deixou-se arrastar pela estratégia das Oposições e mostrou-se incapaz de impor a agenda pré-definida para o debate.
A troca de palavras entre os parlamentares e o Governo rondou as margens do insulto, como por exemplo, o “ataque “ brigão, a raiar o estilo caceteiro, de Aguiar Branco a Sócrates.
Compreende-se a “desorientação” do PSD, um partido que nas últimas eleições Legislaturas saiu decapitado na sua liderança, sem vislumbrar perspectivas de resolução de uma profunda crise interna (suicidária, segundo Pinto Balsemão) e, portanto, sujeito a derivas políticas que, por vezes, o empurram para os piores caminhos.
O BE alinhou nesta chicana política orquestrada pelo PSD. Repisou as declarações do Ministro da Economia sobre “espionagem política” e não se eximiu de recuar ao caso TVI/PT…
O CDS, vive preocupado com o caso BPN, passando ao lado dos outros escândalos financeiros. Na verdade, está obcecado em conseguir a demissão do Governador do Banco de Portugal.
O PCP, perante tanta confusão e dispersão, apagou-se…
Nada, ou muito pouco, se discutiu sobre economia excepto esparsas referências a um orçamento suplementar e a uma eventual usurpação de poderes pela AR de competências do Governo. Na verdade, compete ao Governo elaborar o OGE e à AR discuti-lo, introduzir emendas e votá-lo. Mas, como é lógico, nem Governo aceita (este ou outro) enviar um OGE ao Parlamento e sair de lá com outro com a chancela das Oposições. Nesse caso, deixaria de haver separação de poderes e a governação passaria para a AR…
O problema português recai sobre o conceito negociar, dialogar, procurar consensos. Para muita gente, estas práticas são autênticas claudicações. Há o temor que esta via negocial seja interpretada, pelos diferentes eleitorados, como vacilações e hesitações.
Fogem desta via de concertação das diferenças derivando para a “política de sarjeta” e, nessa fuga, vão conquistando a descrença dos cidadãos. Mais nada.
No entanto, o actual quadro político resultante das últimas Legislativas só tem uma saída: a negocial.
Do triste espectáculo ontem oferecido pelos partidos com representação parlamentar só podem ter nascido nos cidadãos mais preocupações e mais ansiedade.
A política tornou-se opaca, espessa e nebulosa. Para não dizer que entrou por caminhos onde o interesse nacional está, manifestamente, oculto.
A esperança está embotada, o futuro comprometido, os desempregados desesperados, a fome prolifera….
É este o resultado!
Declarações como as proferidas pelo FMI sobre um eventual – ou inevitável – aumento da carga fiscal para equilibrar o deficit orçamental, que a crise financeira voltou a descontrolar, necessitam de ser explicadas aos portugueses.
Há – continua a haver – um clima de preocupação e de ansiedade sobre os tempos futuros, partilhado por muitos portugueses, nomeadamente para aqueles que, nestes conturbados dias, perderam os empregos e vivem um período de desespero.
As Oposições não o permitiram. A discussão incidiu sobre querelas judiciais e cultivou a chicana política.
Discutiu-se conteúdos de escutas, violações do segredo de justiça e o seu aproveitamento político, o posicionamento do Poder Judicial perante a política que se quer isento e independente, etc.
O PS deixou-se arrastar pela estratégia das Oposições e mostrou-se incapaz de impor a agenda pré-definida para o debate.
A troca de palavras entre os parlamentares e o Governo rondou as margens do insulto, como por exemplo, o “ataque “ brigão, a raiar o estilo caceteiro, de Aguiar Branco a Sócrates.
Compreende-se a “desorientação” do PSD, um partido que nas últimas eleições Legislaturas saiu decapitado na sua liderança, sem vislumbrar perspectivas de resolução de uma profunda crise interna (suicidária, segundo Pinto Balsemão) e, portanto, sujeito a derivas políticas que, por vezes, o empurram para os piores caminhos.
O BE alinhou nesta chicana política orquestrada pelo PSD. Repisou as declarações do Ministro da Economia sobre “espionagem política” e não se eximiu de recuar ao caso TVI/PT…
O CDS, vive preocupado com o caso BPN, passando ao lado dos outros escândalos financeiros. Na verdade, está obcecado em conseguir a demissão do Governador do Banco de Portugal.
O PCP, perante tanta confusão e dispersão, apagou-se…
Nada, ou muito pouco, se discutiu sobre economia excepto esparsas referências a um orçamento suplementar e a uma eventual usurpação de poderes pela AR de competências do Governo. Na verdade, compete ao Governo elaborar o OGE e à AR discuti-lo, introduzir emendas e votá-lo. Mas, como é lógico, nem Governo aceita (este ou outro) enviar um OGE ao Parlamento e sair de lá com outro com a chancela das Oposições. Nesse caso, deixaria de haver separação de poderes e a governação passaria para a AR…
O problema português recai sobre o conceito negociar, dialogar, procurar consensos. Para muita gente, estas práticas são autênticas claudicações. Há o temor que esta via negocial seja interpretada, pelos diferentes eleitorados, como vacilações e hesitações.
Fogem desta via de concertação das diferenças derivando para a “política de sarjeta” e, nessa fuga, vão conquistando a descrença dos cidadãos. Mais nada.
No entanto, o actual quadro político resultante das últimas Legislativas só tem uma saída: a negocial.
Do triste espectáculo ontem oferecido pelos partidos com representação parlamentar só podem ter nascido nos cidadãos mais preocupações e mais ansiedade.
A política tornou-se opaca, espessa e nebulosa. Para não dizer que entrou por caminhos onde o interesse nacional está, manifestamente, oculto.
A esperança está embotada, o futuro comprometido, os desempregados desesperados, a fome prolifera….
É este o resultado!
Comentários
PORTUGAL NÃO TEM FUTURO, GOVERNADO
POR GANGUES FAMILIARES QUE OUTRA COISA ERA DE ESPERAR?
FUNDO..........