O PR e a homenagem a Melo Antunes
Há quem nunca tenha sentido a carência da liberdade enquanto tratava da vidinha e não precisasse de outros livros para além dos da especialidade. Há quem tivesse deixado um Governo fazer a guerra, injusta e criminosa, sem um lamento, sem revolta e sem correr qualquer risco.
Essa foi a regra e não a excepção, mas os medrosos ou indiferentes não seguiram uma carreira política.
Cavaco foi ministro, líder partidário, primeiro-ministro e presidente da República. Deve à democracia o que nunca teria em ditadura e comporta-se como se fosse a democracia a ter uma dívida para com ele.
Como primeiro-ministro deu a dois pides uma pensão que recusou a Salgueiro Maia, e o país, esquecido, confiou-lhe o voto e fez dele o mais alto representante da República.
Como PR foi o responsável pela trapalhada do caso das escutas, a mais grave insinuação contra um Governo que, nesse caso, foi alheio à alegada patifaria e alvo da intriga.
Agora foi o triste episódio da homenagem a Melo Antunes. Poucos fizeram tanto por Portugal como esse intelectual brilhante, militar honrado e herói de Abril. O PR, com o mesmo desinteresse com que exonerou o cravo da lapela, no 25 de Abril, desculpou-se com a agenda de que não divulgou a incompatibilidade, e enredou-se numa deplorável explicação à altura do caso das escutas.
Há quem não mereça o que Abril lhe deu. É o caso do PR que sou obrigado a respeitar mas não tenho obrigação de estimar. O País merecia melhor.
Essa foi a regra e não a excepção, mas os medrosos ou indiferentes não seguiram uma carreira política.
Cavaco foi ministro, líder partidário, primeiro-ministro e presidente da República. Deve à democracia o que nunca teria em ditadura e comporta-se como se fosse a democracia a ter uma dívida para com ele.
Como primeiro-ministro deu a dois pides uma pensão que recusou a Salgueiro Maia, e o país, esquecido, confiou-lhe o voto e fez dele o mais alto representante da República.
Como PR foi o responsável pela trapalhada do caso das escutas, a mais grave insinuação contra um Governo que, nesse caso, foi alheio à alegada patifaria e alvo da intriga.
Agora foi o triste episódio da homenagem a Melo Antunes. Poucos fizeram tanto por Portugal como esse intelectual brilhante, militar honrado e herói de Abril. O PR, com o mesmo desinteresse com que exonerou o cravo da lapela, no 25 de Abril, desculpou-se com a agenda de que não divulgou a incompatibilidade, e enredou-se numa deplorável explicação à altura do caso das escutas.
Há quem não mereça o que Abril lhe deu. É o caso do PR que sou obrigado a respeitar mas não tenho obrigação de estimar. O País merecia melhor.
Ponte Europa / Sorumbático
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