A Suíça e os minaretes
O resultado do referendo suíço, proibindo minaretes nas mesquitas, constitui uma tripla decepção. Em primeiro lugar, não se referendam direitos individuais, protegem-se. Depois, os suíços votaram contra os minaretes. Finalmente, converteram em lei uma violação grosseira dos direitos humanos. A liberdade religiosa é um direito que implica a liberdade de cada cidadão ter a crença, descrença ou anti-crença que quiser, cabendo ao Estado democrático o dever de neutralidade.
Em suma, na Suíça os direitos humanos foram violados com a democracia a aderir ao paradigma das teocracias.
O voto contra os minaretes foi um sinal de que a intolerância já contagiou a Europa e de que o respeito pelos direitos, liberdades e garantias vai cedendo ao medo. Em vez de se vigiarem os templos onde se prega o ódio e de se punirem os pregadores, impedem-se os minaretes às mesquitas.
Há quem pense que a democracia é a aplicação da vontade das maiorias. É muito mais do que isso, inclui o respeito pelos direitos das minorias.
O referendo suíço pôs em causa a democracia e a decência. O precedente de sufragar o direito de voto das mulheres, em cantões que não o concediam, foi a confirmação da democracia coxa e de uma cidadania frouxa.
Não basta usar métodos democráticos, urge impedir que os direitos individuais sejam postos em causa. A democracia não se referenda, tal como a fé não pode atentar contra os direitos humanos nem ser vivida à margem da lei dos Estados democráticos.
Em suma, na Suíça os direitos humanos foram violados com a democracia a aderir ao paradigma das teocracias.
O voto contra os minaretes foi um sinal de que a intolerância já contagiou a Europa e de que o respeito pelos direitos, liberdades e garantias vai cedendo ao medo. Em vez de se vigiarem os templos onde se prega o ódio e de se punirem os pregadores, impedem-se os minaretes às mesquitas.
Há quem pense que a democracia é a aplicação da vontade das maiorias. É muito mais do que isso, inclui o respeito pelos direitos das minorias.
O referendo suíço pôs em causa a democracia e a decência. O precedente de sufragar o direito de voto das mulheres, em cantões que não o concediam, foi a confirmação da democracia coxa e de uma cidadania frouxa.
Não basta usar métodos democráticos, urge impedir que os direitos individuais sejam postos em causa. A democracia não se referenda, tal como a fé não pode atentar contra os direitos humanos nem ser vivida à margem da lei dos Estados democráticos.
Ponte Europa / Sorumbático
Comentários
Opinion
Swiss ban on minarets was a vote for tolerance and inclusion
The Swiss vote highlights the debate on Islam as a set of political and collectivist ideas, not a rejection of Muslims.
By Ayaan Hirsi Ali
from the December 5, 2009 edition
Washington - The recent Swiss referendum that bans construction of minarets has caused controversy across the world. There are two ways to interpret the vote. First, as a rejection of political Islam, not a rejection of Muslims. In this sense it was a vote for tolerance and inclusion, which political Islam rejects. Second, the vote was a revelation of the big gap between how the Swiss people and the Swiss elite judge political Islam.
[...]
Ler o resto aqui.
Trata-se da proibição apenas da construção de minaretes e não a proibição do culto islâmico ou de construção de locais de culto o que seria inadmissível e uma clara violação dos direitos humanos de uma minoria.
É claro que poderá ter havido "segundas intenções" por trás desta campanha pela proibição, principalmente da parte dos partidos de extrema-direita.
Por isso, sim, a proibição foi uma medida adequada.
Além disso, o Islamismo é uma religião “invasora” que, uma vez obtido suficiente poder social e depois político, acaba por impedir [com medidas retaliatórias e perseguições violentas] que outras fés façam mais barulho que ele!
Nunca vi 1 reclamação contra as 2!