As adiadas eleições britânicas…
O acto eleitoral de ontem, no Reino Unido, consagrou a vitória, sem maioria absoluta, dos conservadores e mostra – em termos políticos - um lento e agonizante recuo da Esquerda europeia em todas as frentes.
De momento, em termos governativos, na UE, (ainda) vai restando – por quanto tempo? – a Península Ibérica…
A surpresa, se existiu, foi o relativo insucesso dos demo-liberais, apesar de uma excelente campanha do seu líder Nick Clegg.
De momento, em termos governativos, na UE, (ainda) vai restando – por quanto tempo? – a Península Ibérica…
A surpresa, se existiu, foi o relativo insucesso dos demo-liberais, apesar de uma excelente campanha do seu líder Nick Clegg.
O tradicional bipartidarismo, apesar de ameaçar desmoronar-se, continua a sobreviver.
A situação política e económica do Reino Unido deverá permanecer - durante algum tempo - indefinida, quando as condições económicas e financeiras são adversas.
De facto, o Reino Unido, apesar de estar fora da mira das agências de rating, está confrontados com um quadro “pouco famoso”: um deficit orçamental à volta dos 12% e uma dívida pública > 80% do PIB.
No campo político - apesar das particularidades do "sistema britânico" - dificilmente Gordon Brown ou David Cameron, disporão de condições para governar com estabilidade. Apesar do predomínio do bipartidarismo ambos estão dependentes e disputam o apoio (sempre condicionado) dos demo-liberais e/ou dos pequenos partidos.
Nenhuma destas (eventuais) soluções é politicamente estável. A não existência de uma maioria parlamentar é - no Reino Unido – fatídica, para não dizer desastrosa.
Assim, ontem, o eleitorado britânico terá adiado a solução política para enfrentar os difíceis tempos que se avizinham para o País. Qualquer esquema governativo que resulte destas eleições – e o "sistema britânico" tem várias nuances - será sempre precário e só persistirá até estarem criadas condições políticas para o Governo em exercício (qualquer que seja) convocar os cidadãos para um novo acto eleitoral.
Deste modo, as eleições britânicas deixam como marca residual uma visível e notória contracção da Esquerda, no seio da Europa.
Uma realidade que carece ser analisada e discutida. Não deverá tornar-se necessário o toque de mais "campainhas de alarme"…
A situação política e económica do Reino Unido deverá permanecer - durante algum tempo - indefinida, quando as condições económicas e financeiras são adversas.
De facto, o Reino Unido, apesar de estar fora da mira das agências de rating, está confrontados com um quadro “pouco famoso”: um deficit orçamental à volta dos 12% e uma dívida pública > 80% do PIB.
No campo político - apesar das particularidades do "sistema britânico" - dificilmente Gordon Brown ou David Cameron, disporão de condições para governar com estabilidade. Apesar do predomínio do bipartidarismo ambos estão dependentes e disputam o apoio (sempre condicionado) dos demo-liberais e/ou dos pequenos partidos.
Nenhuma destas (eventuais) soluções é politicamente estável. A não existência de uma maioria parlamentar é - no Reino Unido – fatídica, para não dizer desastrosa.
Assim, ontem, o eleitorado britânico terá adiado a solução política para enfrentar os difíceis tempos que se avizinham para o País. Qualquer esquema governativo que resulte destas eleições – e o "sistema britânico" tem várias nuances - será sempre precário e só persistirá até estarem criadas condições políticas para o Governo em exercício (qualquer que seja) convocar os cidadãos para um novo acto eleitoral.
Deste modo, as eleições britânicas deixam como marca residual uma visível e notória contracção da Esquerda, no seio da Europa.
Uma realidade que carece ser analisada e discutida. Não deverá tornar-se necessário o toque de mais "campainhas de alarme"…
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