Alegorias: musicais, presidenciais e eleitorais...
…
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem…
Chico Buarque de Holanda, in “A Banda”.
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem…
Chico Buarque de Holanda, in “A Banda”.
Esta é uma música [MPB] próxima da geração de 60, aquela em que Helena de Matos gosta de zurzir, para tentar justificar o que – hoje – é absolutamente injustificável.
Falharam a vida, meninos! [Público, 30.12.2010] foi a frase lapidar repescada de “Os Maias” que Helena de Matos usou – em recente artigo - para "apoucar" uma geração que viveu conturbados tempos, nomeadamente, no nosso País: o combate pelas liberdades [luta contra a ditadura] e a guerra colonial, só para citar dois tocantes marcos que não podem deixar de ser considerados relevantes. De lado fica, um País para além de oprimido, subdesenvolvido, todo o contexto mundial de que envolveu essa geração: desde os blocos político-militares que dividiram o Mundo, à guerra do Vietnam, passando pela exemplar luta pelos direitos cívicos, ao Maio 68, ao “rock and roll”, ao movimento hippy, à derrocada dos yuppies , etc.
Esta foi a “banda” que calcorreou o Mundo… que nem todos ouviram, nem todos entenderam e muitos não acertaram o passo com o ritmo da música.
Esta é, por inerência do “determinismo etário”, a geração actualmente no poder. Uma geração em “fim de ciclo” já desadaptada em muitos sectores da vida pública e de algum modo desfasada da participação plena na sociedade civil. Uma geração demodé e, em largos sectores, em conflito com a evolução das “tendências” sociais e culturais do Mundo actual…
Todavia, é dentro desta geração que os portugueses vão ser confrontados a escolher, neste frio e chuvoso Janeiro, o próximo presidente da República.
Os violinos de cordas esticadas, tensas, afinados, continuam "expressamente" em campanha e a tocar...
Falharam a vida, meninos! [Público, 30.12.2010] foi a frase lapidar repescada de “Os Maias” que Helena de Matos usou – em recente artigo - para "apoucar" uma geração que viveu conturbados tempos, nomeadamente, no nosso País: o combate pelas liberdades [luta contra a ditadura] e a guerra colonial, só para citar dois tocantes marcos que não podem deixar de ser considerados relevantes. De lado fica, um País para além de oprimido, subdesenvolvido, todo o contexto mundial de que envolveu essa geração: desde os blocos político-militares que dividiram o Mundo, à guerra do Vietnam, passando pela exemplar luta pelos direitos cívicos, ao Maio 68, ao “rock and roll”, ao movimento hippy, à derrocada dos yuppies , etc.
Esta foi a “banda” que calcorreou o Mundo… que nem todos ouviram, nem todos entenderam e muitos não acertaram o passo com o ritmo da música.
Esta é, por inerência do “determinismo etário”, a geração actualmente no poder. Uma geração em “fim de ciclo” já desadaptada em muitos sectores da vida pública e de algum modo desfasada da participação plena na sociedade civil. Uma geração demodé e, em largos sectores, em conflito com a evolução das “tendências” sociais e culturais do Mundo actual…
Todavia, é dentro desta geração que os portugueses vão ser confrontados a escolher, neste frio e chuvoso Janeiro, o próximo presidente da República.
Os violinos de cordas esticadas, tensas, afinados, continuam "expressamente" em campanha e a tocar...
Mas, ...
O homem que contava dinheiro… emudeceu!
O faroleiro que contava a vantagem… deixou de contabilizar!
E a banda prossegue, orquestrada, a "dar-nos música", despida [... de qualquer tabu].
O faroleiro que contava a vantagem… deixou de contabilizar!
E a banda prossegue, orquestrada, a "dar-nos música", despida [... de qualquer tabu].
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