Candidatura de Cavaco Silva: mais do mesmo, com outros insultos de permeio...
Hoje, Alexandre Relvas, numa declaração – sem direito a perguntas – sobre o caso Cavaco/SLN voltou a remeter os portugueses para as declarações anteriormente prestadas pelo candidato Cavaco Silva.
Declarações que, de facto, não esclareceram nada. Remeter o esclarecimento dos factos ocorridos em 2001/2003, para os registos do Tribunal Constitucional é uma autêntica manobra dilatória, já que na altura o actual recandidato à Presidência não desempenhava quaisquer funções políticas que o obrigassem a notificar o TC sobre o seu património e rendimentos…
O que continua por responder é o percurso de aquisição e venda das ditas acções da SLN. Operação financeira, realizada em 2001, e que nunca foi desmentida. Depois de esclarecido este facto poderá então o caso ser encerrado ou serem aduzidas outras ilações. À margem deste indispensável esclarecimento, nada feito!
Agora, esconder debaixo do tapete os dados solicitados e partir para o palanque para desferir um chorrilho de impropérios despropositados do tipo "ataques cobardes à honra inaceitáveis", "campanha suja", "que está a ser desonesto"[Manuel Alegre] é, de facto, confirmar que "a baixa política entrou na campanha eleitoral". Resta saber quando e por aonde.
Finalmente, querer circunscrever o caso BPN, ao apuramento dos factos antes e depois da nacionalização, será pela dimensão das fraudes tentar cobrir todo este "grandioso" escândalo financeiro com um espesso manto de nevoeiro.
Só faltou invocar o facto de Oliveira e Costa estar a ser julgado para varrer o assunto por detrás do “segredo de justiça”…
Só faltou invocar o facto de Oliveira e Costa estar a ser julgado para varrer o assunto por detrás do “segredo de justiça”…
Aliás, não se percebe qual a razão porque se remete a querela das operações financeiras Cavaco/SLN, para o esclarecimento da situação do BPN, entidade bancária que – segundo declarações públicas do candidato – nunca teve contactos. Ou teve?
Onde comprou e quem lhe pagou as acções [e as mais-valias]: a SLN ou o BPN?
Ou, em última análise, o Banco Insular [Cabo Verde]?
Ou, em última análise, o Banco Insular [Cabo Verde]?
Com este tipo de declarações da candidatura de Cavaco Silva [tipo espalha-brasas], o recandidato arrisca-se a não conseguir retirar o assunto da agenda política quotidiana…
O facto de o representante da candidatura cavaquista vir a público prestar declarações [falar "grosso"] e não admitir perguntas, diz tudo.
Já sabemos: qualquer dúvida ou está respondida no site da PR, ou jaz no Tribunal Constitucional, ou em qualquer lado…e, na realidade, em nenhures. Ou se calhar num offshore...que é o mesmo.
Já sabemos: qualquer dúvida ou está respondida no site da PR, ou jaz no Tribunal Constitucional, ou em qualquer lado…e, na realidade, em nenhures. Ou se calhar num offshore...que é o mesmo.
Alexandre Relvas deveria ter tido, hoje, presente [na comunicação] uma célebre frase de Albert Camus no seu livro “A Peste”:
“Chega sempre um momento na história em que quem se atreve a dizer que dois e dois são quatro é condenado à morte…” .
“Chega sempre um momento na história em que quem se atreve a dizer que dois e dois são quatro é condenado à morte…” .
Em política também pode ser assim!
Comentários
qualquer dúvida ou está respondida no site da PR,
ou jaz no Tribunal Constitucional,
ou em qualquer lado…e, na realidade, em nenhures.
Ou se calhar num offshore...
que é o mesmo".
É isso, se calhar num offshore...
quem sabe???...
abraço