Europa: a nova crise que se anuncia ….
O povo grego vive, depois das eleições de há 1 semana, momentos de 'stress' directamente resultantes do exercício das suas inalienáveis competências democráticas, i. e., decorrentes da soberana manifestação de vontade popular. A questão sobre a soberania levantada por estas eleições é bastante relevante. Primeiro, este conceito encontra-se, na UE limitado pela integração dos estados decorrentes de diversos Tratados, Convénios e Memorandos que têm sido assinados desde o já distante Tratado de Roma (1957). Não existindo, nem de facto nem de jure, uma Federação o alcance destes Tratados é necessariamente limitado. Todavia, o mais pertinente, será analisar a pretensa ‘relativização da soberania’ esgrimida por grande parte dos Governos europeus, de modo mais acutilante pelos países do Norte da Europa, que insistem na tecla do cumprimento dos acordos assumidos no passado por Governos que antecederam no exercício do poder. A relativização da soberania aparece assim ligada