A Grécia, o Syriza e a União Europeia
A memória dos povos é curta e poucos se lembram do político austríaco de extrema-direita, Joerg Haider, que em 1999 se tornou candidato a chanceler pelo Partido da Liberdade da Áustria, um partido xenófobo, homofóbico e antissemita.
A União Europeia teve em António Guterres, então presidente do Conselho Europeu, o denodado lutador que obrigou a Áustria a cancelar a nomeação do político extremista.
O jovem e perigoso Haider havia de morrer com excesso de álcool e de velocidade num acidente de viação, tendo-lhe sucedido o colaborador dileto que, afinal, era seu amante, motivo por que foi logo demitido.
Deixemos a sordidez dos moralistas e os acasos da História. Se a memória me não trai, foi a primeira vez que a União Europeia tomou uma posição musculada contra um país que ameaçou levar a extrema-direita ao poder, curiosamente a pátria de Hitler e de Kurt Waldheim, onde o último chegou a presidente do País e a Secretário-geral da ONU, com um desconhecido passado nazi.
Depois, vários partidos de extrema-direita partilharam o poder na União Europeia sem que o sobressalto cívico contra Haider se repetisse ou a obstinação de Guterres tivesse seguidores, inclusive no início da recente destabilização da Ucrânia.
Agora que o Syriza, um partido grego de extrema-esquerda, que não é xenófobo, racista ou antissemita, nem sequer antieuropeu, ameaça chegar ao poder de forma democrática, aparece a chantagem e mobilizam-se invulgares meios contra a liberdade dos gregos, ao mesmo tempo que se negam os tratados e se condiciona o sentido do voto grego.
Um democrata não compreende que os países que aceitam as vitórias da extrema-direita se amedrontem e comportem de forma totalitária perante a eventual vitória do Syriza que não compromete a democracia formal nem a alternância do poder.
A UE e o seu dissimulado diretório, já fizeram de mim, um social-democrata, apoiante do Syrisa, não por solidariedade com o ideário do partido mas por compromisso com as eleições livres e democráticas onde quer que tenham lugar.
A União Europeia teve em António Guterres, então presidente do Conselho Europeu, o denodado lutador que obrigou a Áustria a cancelar a nomeação do político extremista.
O jovem e perigoso Haider havia de morrer com excesso de álcool e de velocidade num acidente de viação, tendo-lhe sucedido o colaborador dileto que, afinal, era seu amante, motivo por que foi logo demitido.
Deixemos a sordidez dos moralistas e os acasos da História. Se a memória me não trai, foi a primeira vez que a União Europeia tomou uma posição musculada contra um país que ameaçou levar a extrema-direita ao poder, curiosamente a pátria de Hitler e de Kurt Waldheim, onde o último chegou a presidente do País e a Secretário-geral da ONU, com um desconhecido passado nazi.
Depois, vários partidos de extrema-direita partilharam o poder na União Europeia sem que o sobressalto cívico contra Haider se repetisse ou a obstinação de Guterres tivesse seguidores, inclusive no início da recente destabilização da Ucrânia.
Agora que o Syriza, um partido grego de extrema-esquerda, que não é xenófobo, racista ou antissemita, nem sequer antieuropeu, ameaça chegar ao poder de forma democrática, aparece a chantagem e mobilizam-se invulgares meios contra a liberdade dos gregos, ao mesmo tempo que se negam os tratados e se condiciona o sentido do voto grego.
Um democrata não compreende que os países que aceitam as vitórias da extrema-direita se amedrontem e comportem de forma totalitária perante a eventual vitória do Syriza que não compromete a democracia formal nem a alternância do poder.
A UE e o seu dissimulado diretório, já fizeram de mim, um social-democrata, apoiante do Syrisa, não por solidariedade com o ideário do partido mas por compromisso com as eleições livres e democráticas onde quer que tenham lugar.
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