PR, PM e maioria
Afirmar que temos o pior PR, o pior Governo e a pior maioria, depois da ditadura, é um truísmo banal tautologicamente demonstrado. Que a cumplicidade os tornou resilientes é um facto incontroverso. Que a longevidade do Governo e da maioria prejudica o País, é uma evidência que o PR, por motivos desconhecidos, ignora.
O Governo deixou de olhar para o País, o que, à partida, não é pior, mas não desiste de desmantelar o Estado e de descrever de forma idílica a desgraça a que nos conduz e que o PR corrobora. Talvez esteja aí, nas empresas por privatizar, a necessidade de alargar a legislatura até ao último dia que a CRP permite.
Depois de quatro longos e dolorosos anos deste Governo, o terramoto provocado pelo capitalismo financeiro internacional teve em Portugal, não um amortecedor social que o minorasse, mas um acelerador que lhe ampliou as sequelas. Este Governo validado pelo voto e ungido pelo PR, o diligente notário de todas as tropelias do executivo, tornou-se a comissão liquidatária do estado social.
Ignoram-se os desempregados, os emigrantes forçados, os famintos que se arrastam nas ruas ou se escondem, envergonhados, em casa. Os grandes escândalos de banqueiros do regime são abafados pelo ruído mediático de escândalos políticos, reais ou oportunos, e afastados da opinião pública.
Depois deste Governo, deste PR e desta maioria, qualquer português rudimentarmente alfabetizado se há de julgar legitimado para concorrer aos mais altos postos do Estado. A fasquia desceu tão baixo que o juízo dos eleitores se embotou e as exigências éticas se perderam.
Resta ao Governo de turno, com a indulgência do PR, denegrir os partidos da oposição e fazer crer que são todos iguais. A decadência ética bateu no fundo.
O Governo deixou de olhar para o País, o que, à partida, não é pior, mas não desiste de desmantelar o Estado e de descrever de forma idílica a desgraça a que nos conduz e que o PR corrobora. Talvez esteja aí, nas empresas por privatizar, a necessidade de alargar a legislatura até ao último dia que a CRP permite.
Depois de quatro longos e dolorosos anos deste Governo, o terramoto provocado pelo capitalismo financeiro internacional teve em Portugal, não um amortecedor social que o minorasse, mas um acelerador que lhe ampliou as sequelas. Este Governo validado pelo voto e ungido pelo PR, o diligente notário de todas as tropelias do executivo, tornou-se a comissão liquidatária do estado social.
Ignoram-se os desempregados, os emigrantes forçados, os famintos que se arrastam nas ruas ou se escondem, envergonhados, em casa. Os grandes escândalos de banqueiros do regime são abafados pelo ruído mediático de escândalos políticos, reais ou oportunos, e afastados da opinião pública.
Depois deste Governo, deste PR e desta maioria, qualquer português rudimentarmente alfabetizado se há de julgar legitimado para concorrer aos mais altos postos do Estado. A fasquia desceu tão baixo que o juízo dos eleitores se embotou e as exigências éticas se perderam.
Resta ao Governo de turno, com a indulgência do PR, denegrir os partidos da oposição e fazer crer que são todos iguais. A decadência ética bateu no fundo.
Comentários
É um povo que elege e gosta de Cavaco Silva, talvez porque lá no fundo se acha parecido com o dito.
Vamos ver o que vai acontecer nas próximas legislativas.
Bem haja
Não vai ser fácil para os portugueses submersos na fatídica trilogia de uma maioria, um governo e um presidente, fazer valer a vontade de uma mudança.
A grande mistificação vai ser apresentar o 'status quo' como uma solução segura, tranquila e cautelar. Na verdade, o programa cautelar que o Governo dispensou no fim formal da intervenção externa directa, vai ser reavivado nas próximas legislativas.
O Governo vai apresentar-se como sendo a tal 'cautela'. Resta aos portugueses transformar essa 'cautela', num bilhete de lotaria não premiado...