Notas soltas – abril/2016
Pena de Morte – Para além da crueldade, as análises de ADN mostraram que nos EUA, pelo menos um em cada 25 condenados à morte era, na realidade, inocente. Desde 1973, mais de 300 inocentes foram mortos… com respeito absoluto pelo processo penal!
Paulo Portas – O novo vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa aceitou, eticamente irrepreensível, um cargo. Curiosa é a condição de “Vice” que parece irrevogável em quem digere tão mal o lugar de nº. 2 a que está eternamente condenado.
Polónia – Depois do papa João Paulo II, de santidade duvidosa, do herói da democracia, Lech Valesa, ex-informador da polícia soviética, elegeu um PR que proibiu o divórcio e promove uma política xenófoba e racista que assusta a União Europeia.
Papéis do Panamá – O exótico nome exibe 11,5 milhões de ficheiros de uma indústria global de sociedades de advogados, empresas fiduciárias e grandes bancos, que vendem o sigilo financeiro a burlões, traficantes de droga, políticos, milionários e celebridades.
Amnistia Internacional – Em 2015 foram executadas 1634 pessoas, mais 573 do que em 2014, o maior número desde 1989. A Arábia Saudita, o Irão e o Paquistão somaram 89% de todas as execuções, tirando a China. À crueldade do seu deus, juntam a insânia do clero.
Angola – As pesadas penas de prisão aplicadas ao luso-angolano Luaty Beirão e outros 16 oposicionista, por “atos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores”, não dignificam o regime angolano e recordam os Tribunais Plenários da ditadura salazarista.
Boko Haram – O grupo terrorista islâmico, que aterroriza Camarões, Chade e Nigéria, faz 20% dos ataques suicidas com crianças raptadas. Três quartos dessas crianças são meninas, muitas vezes drogadas, que se oferecem, para fugir às violações.
Brasil – A presidente Dilma Roussef, sem qualquer indício de corrupção, foi vítima dos inimigos políticos, de juízes parciais e apelos sediciosos da comunicação social. Não foi julgada, foi imolada num golpe de Estado contra a democracia.
PR – O brilhante discurso de Estrasburgo, no Parlamento Europeu, e a forma como foi recebido, enobrecem Portugal, em contraste com os protestos e cartazes que acolheram o antecessor. Do mesmo quadrante político, diferem na cultura e sentido de Estado.
ONU – António Guterres, enorme referência ética, cívica e intelectual, é referido como o melhor candidato a secretário-geral, mas a preferência previamente acordada por uma mulher, e do leste europeu, tornam difícil a sua eleição. E a falta que faz à ONU!
Turquia – Em vias de se tornar um campo de concentração para refugiados, com verbas que permitem sonhar com um califado, o presidente Erdogan não limita os atropelos aos direitos humanos no seu País, exige restrições à liberdade de expressão na Alemanha.
Vaticano – A França, ao desistir de indigitar Laurent Stefanini, diplomata com notável percurso, após 15 meses de silêncio da Cúria, discriminou um cidadão por causa da sua orientação sexual, traiu a laicidade e ajoelhou-se perante as sotainas.
BCE – Quando o Banco Central Europeu proíbe o ministério das Finanças de divulgar a correspondência à AR, sobre o Banif, e o governador do BP ao Governo, urge perguntar se a democracia existe e se o respeito pela soberania nacional e os seus órgãos subsiste.
Reino Unido – A eventual implosão da União Europeia, de resultados imprevisíveis, já levou Obama a advertir os ingleses do perigo da vitória secessionista, para si próprios e para a UE, hipótese para que têm contribuído o PPE e os seus burocratas, em Bruxelas.
Aquecimento global – Enquanto se dissipam as dúvidas sobre o desastre que afetará as próximas gerações, o Acordo de Paris é o esforço aflito para salvar o Planeta, ameaçado pela poluição, explosão demográfica e insistência no modelo económico.
Acordo comercial – A assinatura do acordo de livre comércio entre a Europa e EUA, Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (APT), pode ser bom, mas é de recear o secretismo e a falta de escrutínio dos países que inclui. Assim, não!
25 de Abril – O regresso da Associação 25 de Abril à Assembleia da República é sinal de despoluição dos órgãos de soberania que esqueceram o respeito e gratidão devido aos que reconduziram Portugal à democracia e à dignidade. Viva o 25 de Abril! Sempre.
Almeida – Na histórica vila, o 25 de Abril que este ano reuniu 85 pessoas no tradicional almoço popular comemorativo, continua a ser celebrado dignamente pela edilidade onde é justo sublinhar a pedagogia democrática que tem sabido exercer.
Ismail Kahraman – O presidente do Parlamento turco propôs nova Constituição para substituir a de 1982 e poder banir o laicismo. A democracia está ameaçada por Erdogan no país onde a Nato apoiou o “muçulmano moderado”.
Instituto Nacional de Estatística – O número de nascimentos em Portugal inverteu em 2015 a curva descendente e mais de metade dos bebés nascidos eram, pela primeira vez, de pais que não estavam casados. Desvaneceu-se o conceito de “família”.
Lília Bernardes – Faleceu, aos 60 anos, a jornalista que foi a voz crítica dos desmandos de Alberto João Jardim, na Madeira. Paradigma de integridade, coragem e compromisso com a informação, não a intimidou o poder, venceu-a a doença. Deixa o seu exemplo.
Espanha – Depois do regresso à democracia, o Parlamento falhou pela primeira vez a formação de um governo. Perante a inevitabilidade de novas eleições, saber-se-á quem os eleitores castigam pela falta de entendimento partidário.
Paulo Portas – O novo vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa aceitou, eticamente irrepreensível, um cargo. Curiosa é a condição de “Vice” que parece irrevogável em quem digere tão mal o lugar de nº. 2 a que está eternamente condenado.
Polónia – Depois do papa João Paulo II, de santidade duvidosa, do herói da democracia, Lech Valesa, ex-informador da polícia soviética, elegeu um PR que proibiu o divórcio e promove uma política xenófoba e racista que assusta a União Europeia.
Papéis do Panamá – O exótico nome exibe 11,5 milhões de ficheiros de uma indústria global de sociedades de advogados, empresas fiduciárias e grandes bancos, que vendem o sigilo financeiro a burlões, traficantes de droga, políticos, milionários e celebridades.
Amnistia Internacional – Em 2015 foram executadas 1634 pessoas, mais 573 do que em 2014, o maior número desde 1989. A Arábia Saudita, o Irão e o Paquistão somaram 89% de todas as execuções, tirando a China. À crueldade do seu deus, juntam a insânia do clero.
Angola – As pesadas penas de prisão aplicadas ao luso-angolano Luaty Beirão e outros 16 oposicionista, por “atos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores”, não dignificam o regime angolano e recordam os Tribunais Plenários da ditadura salazarista.
Boko Haram – O grupo terrorista islâmico, que aterroriza Camarões, Chade e Nigéria, faz 20% dos ataques suicidas com crianças raptadas. Três quartos dessas crianças são meninas, muitas vezes drogadas, que se oferecem, para fugir às violações.
Brasil – A presidente Dilma Roussef, sem qualquer indício de corrupção, foi vítima dos inimigos políticos, de juízes parciais e apelos sediciosos da comunicação social. Não foi julgada, foi imolada num golpe de Estado contra a democracia.
PR – O brilhante discurso de Estrasburgo, no Parlamento Europeu, e a forma como foi recebido, enobrecem Portugal, em contraste com os protestos e cartazes que acolheram o antecessor. Do mesmo quadrante político, diferem na cultura e sentido de Estado.
ONU – António Guterres, enorme referência ética, cívica e intelectual, é referido como o melhor candidato a secretário-geral, mas a preferência previamente acordada por uma mulher, e do leste europeu, tornam difícil a sua eleição. E a falta que faz à ONU!
Turquia – Em vias de se tornar um campo de concentração para refugiados, com verbas que permitem sonhar com um califado, o presidente Erdogan não limita os atropelos aos direitos humanos no seu País, exige restrições à liberdade de expressão na Alemanha.
Vaticano – A França, ao desistir de indigitar Laurent Stefanini, diplomata com notável percurso, após 15 meses de silêncio da Cúria, discriminou um cidadão por causa da sua orientação sexual, traiu a laicidade e ajoelhou-se perante as sotainas.
BCE – Quando o Banco Central Europeu proíbe o ministério das Finanças de divulgar a correspondência à AR, sobre o Banif, e o governador do BP ao Governo, urge perguntar se a democracia existe e se o respeito pela soberania nacional e os seus órgãos subsiste.
Reino Unido – A eventual implosão da União Europeia, de resultados imprevisíveis, já levou Obama a advertir os ingleses do perigo da vitória secessionista, para si próprios e para a UE, hipótese para que têm contribuído o PPE e os seus burocratas, em Bruxelas.
Aquecimento global – Enquanto se dissipam as dúvidas sobre o desastre que afetará as próximas gerações, o Acordo de Paris é o esforço aflito para salvar o Planeta, ameaçado pela poluição, explosão demográfica e insistência no modelo económico.
Acordo comercial – A assinatura do acordo de livre comércio entre a Europa e EUA, Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (APT), pode ser bom, mas é de recear o secretismo e a falta de escrutínio dos países que inclui. Assim, não!
25 de Abril – O regresso da Associação 25 de Abril à Assembleia da República é sinal de despoluição dos órgãos de soberania que esqueceram o respeito e gratidão devido aos que reconduziram Portugal à democracia e à dignidade. Viva o 25 de Abril! Sempre.
Almeida – Na histórica vila, o 25 de Abril que este ano reuniu 85 pessoas no tradicional almoço popular comemorativo, continua a ser celebrado dignamente pela edilidade onde é justo sublinhar a pedagogia democrática que tem sabido exercer.
Ismail Kahraman – O presidente do Parlamento turco propôs nova Constituição para substituir a de 1982 e poder banir o laicismo. A democracia está ameaçada por Erdogan no país onde a Nato apoiou o “muçulmano moderado”.
Instituto Nacional de Estatística – O número de nascimentos em Portugal inverteu em 2015 a curva descendente e mais de metade dos bebés nascidos eram, pela primeira vez, de pais que não estavam casados. Desvaneceu-se o conceito de “família”.
Lília Bernardes – Faleceu, aos 60 anos, a jornalista que foi a voz crítica dos desmandos de Alberto João Jardim, na Madeira. Paradigma de integridade, coragem e compromisso com a informação, não a intimidou o poder, venceu-a a doença. Deixa o seu exemplo.
Espanha – Depois do regresso à democracia, o Parlamento falhou pela primeira vez a formação de um governo. Perante a inevitabilidade de novas eleições, saber-se-á quem os eleitores castigam pela falta de entendimento partidário.
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