A lei de Murphy, a Europa e o mundo
Nunca estivemos tão próximos de tudo o que podia correr mal correr efetivamente pior, e da pior maneira possível.
A primavera árabe tornou-se o mais sombrio dos invernos cujas ondas de choque ainda não deixaram de transformar o Mediterrâneo em cemitério e a UE num espaço incapaz de lidar com a imigração.
A instabilidade bancária, os problemas económicos, as dívidas soberanas, as rivalidades entre Estados, o medo e a ineficiência da defesa comum, são a via para uma capitulação da UE perante nacionalismos xenófobos, populistas e demagógicos.
A pulsão suicida acelerou-se com o Brexit, e os partidos de extrema-direita germinam e crescem a uma velocidade meteórica. Na Polónia e na Hungria já são poder, e noutros países a direita democrática abdicou da sua matriz ou viu ressurgir a antidemocrática.
O nacionalismo conquista populações desesperadas e desperta aspirações autonomistas ou secessionistas. Espanha, França, Bélgica e Itália são alguns exemplos de países que não podem garantir as atuais fronteiras numa União Europeia que perde capacidade de integração, enquanto a Turquia e a Rússia reforçam o seu nacionalismo contra a UE.
Sem inclusão política, social, económica, fiscal e militar, a que as populações da UE se opõem cada vez mais, quem travará Putin para, à semelhança do pretexto que lhe deram na Geórgia e na Crimeia, intervir na Letónia, para resgatar os 30 a 40% de russos que ali vivem sem cidadania? Ou Erdogan de massacrar os curdos e partir para o seu projeto de substituir o ISIS pela hegemonia turca da Irmandade Muçulmana?
A hipótese de Trump nos EUA e a certeza de uma apaixonada de submarinos nucleares na Grã-Bretanha, com Marine Le Pen na única potência nuclear que sobra na UE, Putin na Federação russa e Erdogan na Turquia, estão criadas as condições para a tempestade perfeita na Europa.
É difícil fazer o diagnóstico sobre o contexto europeu atual, se se assemelha mais ao que precedeu a guerra de 1914/18 ou a de 1939/45.
Vamos sentir saudades de Obama e de Angela Merkel.
A primavera árabe tornou-se o mais sombrio dos invernos cujas ondas de choque ainda não deixaram de transformar o Mediterrâneo em cemitério e a UE num espaço incapaz de lidar com a imigração.
A instabilidade bancária, os problemas económicos, as dívidas soberanas, as rivalidades entre Estados, o medo e a ineficiência da defesa comum, são a via para uma capitulação da UE perante nacionalismos xenófobos, populistas e demagógicos.
A pulsão suicida acelerou-se com o Brexit, e os partidos de extrema-direita germinam e crescem a uma velocidade meteórica. Na Polónia e na Hungria já são poder, e noutros países a direita democrática abdicou da sua matriz ou viu ressurgir a antidemocrática.
O nacionalismo conquista populações desesperadas e desperta aspirações autonomistas ou secessionistas. Espanha, França, Bélgica e Itália são alguns exemplos de países que não podem garantir as atuais fronteiras numa União Europeia que perde capacidade de integração, enquanto a Turquia e a Rússia reforçam o seu nacionalismo contra a UE.
Sem inclusão política, social, económica, fiscal e militar, a que as populações da UE se opõem cada vez mais, quem travará Putin para, à semelhança do pretexto que lhe deram na Geórgia e na Crimeia, intervir na Letónia, para resgatar os 30 a 40% de russos que ali vivem sem cidadania? Ou Erdogan de massacrar os curdos e partir para o seu projeto de substituir o ISIS pela hegemonia turca da Irmandade Muçulmana?
A hipótese de Trump nos EUA e a certeza de uma apaixonada de submarinos nucleares na Grã-Bretanha, com Marine Le Pen na única potência nuclear que sobra na UE, Putin na Federação russa e Erdogan na Turquia, estão criadas as condições para a tempestade perfeita na Europa.
É difícil fazer o diagnóstico sobre o contexto europeu atual, se se assemelha mais ao que precedeu a guerra de 1914/18 ou a de 1939/45.
Vamos sentir saudades de Obama e de Angela Merkel.
Ponte Europa / Sorumbático
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