Chile - o extremismo católico

Chile – O extremismo religioso e a IVG

Não é só no Islão que a violência sectária se faz sentir. O cristianismo, nomeadamente o protestantismo evangélico e o catolicismo continuam a condenar a mulher à manutenção de uma gravidez, em qualquer circunstância.

Uma menina de 11 anos, violada pelo padrasto, e grávida de três meses, tem o Governo, um eco da Conferência Episcopal católica, a opor-se à interrupção da gravidez a que o criminoso padrasto a condenou.

O presidente da Conferência Episcopal do Chile, Ricardo Ezzati, diz que a manutenção da gravidez da garota Belén “significa cuidar da vida”. Link

É nestas alturas que me lembro que, já depois do 25 de Abril, o PSD e o CDS votaram contra a IVG, na altura proposta a despenalização apenas para os casos de risco de vida da mãe, malformações congénitas e violação, com apenas 4 honrosas exceções do PSD.

O departamento de Ética do Colégio Médico defende que o aborto terapêutico deve ser legalizado no país “nos casos em que a vida da mãe está em perigo e que o feto seja inviável, e no caso de violação.” O presidente do referido colégio médico, equivalente em Portugal ao Colégio da Especialidade de Cirurgia da O. M., afirma que uma menina de 11 anos “corre risco, e o bebé pode nascer com deformações”.

Mas quem convence o clero reacionário e o governo assumidamente católico a evitar as consequências nefastas de uma tal gravidez?

Se os homens engravidassem, a IVG talvez fosse um sacramento da religião misógina, assim é o anátema contra a mulher, até quando a vítima é uma criança de 11 anos!

Apostila – o protestantismo evangélico e o catecismo da Igreja católica aceitam a pena de morte.

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